quinta-feira, abril 27, 2006

Pintura de Júlio Resende na SNBA - a não perder!

O Tigre da Malásia andou hoje por Lisboa cultural, tendo atingido o pico do seu dia na visita à Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde decorre até sábado próximo (dia 29 de Abril) uma imperdível exposição de pintura do conceituado autor português Júlio Resende. Com quadros de várias fases da sua vida, a exposição é rica em verdadeiras obras-primas de vários estilos diferentes, pelos quais o pintor foi sendo seduzido até aos dias de hoje. Aconselho uma visita urgente a este evento, que oferece uma oportunidade única de contemplar quadros da Colecção de Arte Millenium BCP e o painel que mede 40 metros de comprimento, gentilmente cedido pela Câmara Municipal do Porto, de nome "Ribeira Negra" e que pela primeira vez é exposta a sul do Douro.
Não percam, caros leitores, esta exposição única. A entrada é gratuita, sendo que no sábado haverá uma visita guiada por um entendido na matéria, começando a visita às 15:30.
Ficam aqui as indicações necessárias. Eu fui, e vou voltar!

Júlio Resende
na Colecção de Arte Millennium bcp
e Ribeira Negra

de 3 de Abril a 29 de Abril de 2006
no Salão da Sociedade Nacional de Belas-Artes
(Rua Barata Salgueiro, 36, Lisboa)
Horário:
segunda-feira a sexta-feira, das 12h00 às 20h00;
sábados: das 14h00 às 18h00.
AVC

terça-feira, abril 25, 2006

Feriado (este vem de ferida e não de féria)

Hoje, dia 25, é para mim dia de trabalho como outro qualquer. Não celebro a ferida, tento não me lembrar daquilo que felizmente não vivi e trabalho como se nada fosse. Trabalho em casa, claro, para não ter de sair à rua e deparar-me com forçadas manifestações de canhotos, aparentemente felizes com o Estado do País. No fundo, o que os alegra é o facto de terem um dia mais para a folia de um Carnaval que já foi, mas à portuguesa. Assemelha-se exactamente ao Carnaval à Portuguesa, as celebrações do 25-barra-4: os protagonistas, descascados até ao fim, vão simulando falsas alegrias entre tremideiras de frio, tentando imitar Carnavais importados de sítios mais propícios à sua práctica! A cada um, o que é devido. Portugal merece esta democracia? O que nasce torto, dificilmente se endireita! O Tigre da Malásia não tem mãos a medir no trabalho. Hoje, faço voto de silêncio. Até amanhã ou depois!
AVC

segunda-feira, abril 24, 2006

Sandokan - O Regresso

A segunda série completa do grande pirata malaio já saiu em DVD e está à venda! Quatro episódios de hora e meia cada, recheados de grandes aventuras, cheias de trama, acção e suspense... à distância de 19,95 euros! Impecavelmente bem recuperado, para já mais não digo, para não correr o risco de vos tirar o apetite... digo só que é imperdível! Embora seja suspeito dito por mim...
AVC

sábado, abril 22, 2006

Infelizmente, bocejos...

Que os Portugueses estão descontentes com a Política que por este País se faz, e por isso andam cada vez mais alheados e desinteressados, isso não é novidade. A novidade é que os políticos já nem disfarçam que eles próprios estão também desinteressados da Política! Que desgraça! De 230 deputados que literalmente enchem a Assembleia da República, só 111 compareceram na sessão de 12 de Abril, tendo as votações sido adiadas por falta de quórum.
Enfim, o sistema a cair aos bocados... será preciso tantos deputados? Reduzam, meus senhores! Já nem a mancha do inútil se dão ao luxo de fazer! É que dá muito trabalho, dizem. Aos Portugueses dá sono. E ao "Tigre da Malásia" também...
AVC

Ele está de volta...

Sandokan, o Tigre da Malásia!
Para fatiar os inimigos dos Portugueses à espadeirada!
AVC

com Nobreza, do nascimento à acção

Na humilde, mas Real, Praça de Toiros do Vidigal "estreia-se" no Toureio o Príncipe Real, D.Luís Filipe de Bragança, com uma motivação especial: seria ajudado por dois Ilustres Cavaleiros Tauromáquicos, de reputação Nacional e, até mesmo, internacional. Vitorino de Avelar Froes, exímio Cavaleiro, de coração Alfeizerense(onde tinha a sua propriedade agrícola de treino e possibilitava a vivência desta Afición a vários amigos, entre eles possibilito-me citar o meu prezado Bisavô Francisco, corajoso Moço Forcado) e Simão Luís da Veiga, de Lavre (Montemor-o-Novo). Estes dois, nomes Maiores da Tauromaquina do Reino de Portugal, desempenharam a função de Peão de Brega por um dia e, dignamente, apoiaram Sua Alteza Real para que os riscos, sempre presentes numa Corrida -só não reconhecidos por quem nunca enfrentou um Toiro ou lidou com a inconstância natural de um robusto cavalo Lusitano- não se efectivassem naquele dia. Deste modo, dois Cavaleiros Tauromáquicos, assumem um papel de "menor relevância"(em Praça e junto do Público, mas não em Arte e Técnica), possibilitando a D. Luís Filipe o Triunfo que se verificou. Não que a sua Arte fosse inexistente, pois a Pessoa Real caracterizava-se, entre outras coisas, pela «finíssima e inteligente» Personalidade, bem como pela beleza na Arte de Bem Cavalgar em toda a Cela, todavia, sem o precioso auxílio de tão dedicados e valorosos Cavaleiros, o risco e a exigência teriam sido, estou certo, mais elevados.
Simão da Veiga superou-se a si próprio nas colocações e nos quites e, apesar da dificuldade motora de Vitorino Froes, as experiências de vida e de profissão conjugaram-se, como era, de resto, de esperar, na Perfeição: o Príncipe Real coloca magnificamente cinco Ferros compridos e um curto, sem que Sua Majestade tenha permitido mais um Ferro, quando pedido em Praça por seu filho.
É, portanto, de relevar, esta lição deixada para a posteridade: independentemente do grau conferido pela valorosa carreira de cada um, ou pela proeminência que o Sangue, à nascença, lhe confere, há sempre Valores mais Altos que se levantam: neste caso, foi a Casa Real Portuguesa.
Há, ainda, contudo, a salientar, que o Toiro da Ganadaria da Casa Real era um animal de 4 anos com, diz-me a experiência e o Amigo António, mais de 400 Kg. e não um Garraio, como El-Rei havia feito suspeitar. Ao aperceber-se de tal facto, comenta o Sr. Simão da Veiga a Sua Majestade que a corpulência do toiro talvez fosse exagerada, ao que El-Rei responde: «Noblesse Oblige!».
Eis aqui o Exemplo de dois Portugueses e de uma Família Real!

P.S.- o tema pode ser aprofundado com a leitura do livro: Simão da Veiga, um nome e duas saudades, de Luís Fernando da Veiga(filho de um dos referidos Cavaleiros).

Com Respeito, TAM

sexta-feira, abril 21, 2006

A inveja europeia

Um dos grandes problemas da União Europeia, para nós Portugueses, é esta necessidade constante de nos comparar a outros países da comunidade. Fazem-no "em nome da competitividade e do progresso", assim o apregoam, esquecendo ou fazendo por esquecer que não se pode comparar realidades tão diferentes na sua base identitária. A nossa História, Geografia, Religião, sorte e engenho moldaram-nos numa cultura e num espírito que nos distingue perfeitamente de cada povo do Mundo. Aliás, cada povo tem as suas especificidades que lhe conferem uma identidade própria, se assim não fosse não seria necessário chamar-lhe de "Povo X" ou "Povo Y".



Ora, "Povo Europeu" e "Identidade Europeia" são chavões que não nos soam nada bem, por muito que suem para no-los impor. Porquê? Precisamente por nos sugerirem que a base de todos os povos europeus é tão parecida que se pode tomar por igual, para compararmos todas as decisões políticas e económicas de cada país, na senda da descoberta de um modelo único, perfeito e abstracto que sirva para todos, e tudo em nome do tal "progresso" e da "competitividade" entre países.


Este esforço racionalista de encontrar o modelo único e perfeito traz o perigo de igualarmos países diferentes, potenciando a inveja nos mais fracos e a arrogância dos mais ricos, em vez do desenvolvimento económico. Para além disso, o triste é que o erro é clássico e estupidifica quem nele acredita: não será óbvio que os modelos abstractos e perfeitos estão ultrapassados? Como diria Michael Oakeshott, o racionalismo exacerbado só vê um "melhor absoluto", que se impõe a todos! Não vê soluções que possam ser "melhores consoante cada circunstância"...

Circunstâncias diferentes não devem ser alvos de comparação! Países diferentes não podem ser assim confrontados! Identidade europeia é algo que não existe! Não devemos deixar segregar a Grandiosa Portugalidade numa ignóbil tentação europeia... Lembremo-nos que esta luzidia maçã que nos tenta foi e é polida com o sebo da artificiosa manha, escondendo um buraco, cuja minhoca habitante traz os podres da inveja e da arrogância em luta! Com indignação,

AVC

terça-feira, abril 18, 2006

XVII Governo Constitucional

O Governo da Nação parece seguir com as medidas polémicas que tem apresentado à sociedade Portuguesa. Nas ruas, apesar do descontentamento crescente, nomeadamente nas Forças de Segurança, parece manter-se o sentimento "do mal, o menos". Isto é, as medidas do Governo de Maioria, Socialista, não agradam, porém, parecem ser necessárias ao retomar do funcionamento da Estrutura Económica e para possibilitar equilibrar as Finanças Públicas(o Déficit, valor primordial para a política económica comunitária, parece ter deixado de ser uma prioridade). Desta vez, o Governo afasta-se da ideia "paranóica" dos Anteriores -Sociais Democratas- do Défice Público e surge com uma nova prioridade: extinção de organismos estatais, reestruturações e, consequentemente, despedimentos. É, pois, óbvio, que o funcionalismo público anda descontente, trémulo, e os processos pendentes arrastam-se morosamente(difundiu-se a ideia de que os Funcionários Públicos são lentos e ineficientes o que, em todo o caso, não constitui uma realidade abrangente, mas tão somente casos pontuais e verificáveis em todos os sectores da sociedade produtiva).
Como que paralelamente, surge -e muito bem- uma Política Cultural, dedicada e intransigente, que historicamente só se verificava em Conjunturas económicas prósperas. Das duas uma: ou a situação económio-financeira não é assim tão negra ou, se é, as Colecções Berardo's, os TGV's e as Ota's podem esperar(estas últimas, apesar de serem Políticas no campo dos Transportes, também só se devem desenvolver quando os aspectos essenciais à vida dos cidadãos estiverem resolvidos). A Política nos Transportes é estruturada e constitui uma aposta interessante e avultada no sector, contudo, não me parece que tenha prioridade sobre as questões, por exemplo, das Escolas do 1º Ciclo que vão encerrar e os alunos terão de frequentar outra, mais populosa e distante(que incitará, não tenhamos dúvidas, principalmente no interior rural do País, ao precoce abandono escolar). Portanto, na minha análise, as prioridades foram trocadas: eis a desilusão dos Cidadãos(dos que neles acreditaram e por isso os elegeram) perante a tomada de Poder dos Socialistas, e da Esquerda em geral, pois os seus programas de candidatura verificam-se inexecuíveis e, portanto, falaciosos.
E depois não temos uma Oposição Fide-digna: a classe Política caracteriza-se, grosso modo, por uma atitude desleixada e uma execução em conformidade, ou seja, despreocupada. Os exemplos são mais que muitos e raros são os que dignificam a Classe.
Resta aos Cidadãos, Contribuintes para o Estado, estarem atentos e, na sua maioria, descontentes.

TAM

sexta-feira, abril 14, 2006

Páscoa, a Original

«Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.» Livro do Êxodo 12, 14

A Páscoa é, indubitavelmente, uma das Celebrações mais marcantes e relevantes de toda a Cristandade. Nela se comemora a Ressureição de Jesus Cristo, vindo ao mundo para nos Salvar e que Morreu por todos nós, suportanto a Dor dos nossos Pecados e Purificando-nos, numa prova de inquestionável Amor por todos os Seus filhos.
Foi barbaramente Crucificado, tendo feito, até chegar ao calvário, o penoso caminho com a Cruz às costas, na Sexta-Feira Santa, por volta de 33 d.C., e Ressuscitou ao 3º Dia, Domingo, conforme as Sagradas Escrituras descrevem. A Páscoa( Pesach = Passagem) Celebra a Sua Vitória sobre a Morte.
A Última Ceia de Jesus com os seus Discípulos celebra-se na Quinta-feira, que precede a Sexta-Feira Santa, e a Subida para junto do Pai Celeste na Quinta-feira após o Pentecostes, a Ascensão de Cristo ou Corpus Christi.
A Páscoa é um Feriado móvel que serve de referência para outras datas, sendo calculada com base na Lua(por influência do calendário judeu, baseado na Lua). Calcula-se como sendo o primeiro Domingo(Dia do Senhor, literalmente) após a lua cheia seguinte ao Equinócio de Outono -no Hemisfério Sul- ou o Equinócio de Primavera, no Hemisfério Norte.
Agora, mais não digo do que nos diz a Bíblia, pois a Verdade e Luz, essas, só fomos realmente capazes de ver com este Exemplo: o Cordeiro de Deus que Tirou o Pecado do mundo e Morreu por nós, tendo Ressuscitado e Voltado para o Céu, onde nos Conduz e Ama como Ninguém.

Votos de uma Santa Páscoa para todos os Leitores do Curtas e Rápidas, bem como para os que para ele têm contribuído. Com Respeito, TAM

domingo, abril 02, 2006

A minha Páscoa

Não sei, e julgo que não alteraria em nada este artigo caso soubesse, o grau de religiosidade de cada um de vós, prezados leitores do Curtas e Rápidas, porém, considero que cada um de nós tem Crenças e uma Religião, que pratica mais ou menos intensamente, dependendo de vários factores. Não me afasto rigorosamente nada de vós se confessarmos uma Religião distinta, só me preocupa se não tiverem nenhuma(ou uma teoria racionalista não falaciosa que defenda essa não-crença). Pois bem, sou Católico Apostólico Romano convicto e, daqui, nada me demove. Torna-se, portanto, imperioso, nesta época, reflectir sobre os Valores transmitidos. Não vos peço que aprovem os Dez Mandamentos da Lei de Deus (se aprovarem, óptimo, fico feliz), contudo, há valores de Bem, mais globais e intemporais do que esses e, deste modo, estou certo, que não nos afastamos em discussões desde o início condenadas ao fracasso(na medida em que jamais corroboremos) e que promovem mais a tensão do que a harmonia social. Estamos na Quaresma, a viver(espero) a nossa Páscoa de forma intensa, todavia, esta intensidade deve assumir uma tónica de Bem, de Bom, de cada vez mais e melhor. Mais solidários, Melhores Amigos, de Bem com Deus, "em Bom" com a Família. Estas devem ser metas desejadas por tudos(não considerando eu que é a única meta, pois pessoas há que têm para além destas muitas outras e em graus igualmente difíceis e exigentes), independentemente do Credo de cada um.
A Páscoa não é A ALTURA, mas é uma boa altura para começar, ou continuar, a caminhada que, como se diz, faz-se caminhando. É difícil, leva-nos por caminhos tortuosos e exige-nos Vontade, Amor, Verdade, Paz, Humildade... valores actualmente raros e barreiras, não raras vezes, consideradas, à partida, de intransponíveis. No entanto, com Fé, tudo é ultrapassável: já Moisés abriu - quando parecia impossível e por isso poucos acreditaram - uma passagem no Mar Vermelho, para que o seu Povo passasse entre as águas revoltas e alcançasse a Terra Prometida, deixando para trás o tenebroso Egipto. O Racionalmente impossível revelou-se, na realidade, um obstáculo intrasponível? Não, claro que não. Vontades há Infinitamente Maiores e mais Poderosas do que as nossas.
Assim sendo, e com este exemplo Bíblico, independentemente da nossa Religião, como já disse, tentemos viver este período em harmonia, humildade, simplicidade, sinceridade, amor e solidariedade para com todos. De facto parece, ao ler, um pedido inexequível, porém, estou em crer que, com a força e a ajuda de Cristo, a missão será penosa, mas recompensadora por si só. Isto é, podemos não ganhar uma pipa de ouro, mas alcançaremos decerto a tranquilidade da consciência e a Amizade de Deus (bens infinita e incomparavelmente maiores que quaisquer outros).

Esta Missão, que deve ser aceite por todo o bom Critão, nem sempre é, tenho a certeza, tão simpática e "leve" quanto gostaríamos. Contudo, e nomeadamente com a ajuda dos nossos "Salvadores terrenos", ela vai-se tornando num fardo leve, que passa a ser encarado como uma simples rua empedrada, medieval, onde tantas vezes caímos de bicicleta e que, nem assim, deixamos de lá passar ou de a adorar. Porque a vida não é para ser vivida com tristeza, muito menos com a ideia de que a qualquer momento nos espera o penoso Calvário, devemos sorrir e contribuir para que, amanhã, o Calvário do nosso irmão lhe seja mais suportável, mesmo que isso implique maior peso para nós.
Por tudo isto, vou passar a dedicar, aqui e a partir de hoje, um texto a cada um dos Amigos que me têm facilitado a Caminhada em vários contextos e em diferentes épocas. Não que tenha sido pesada ou que possa sequer queixar-me(do meu Calvário), mas porque lhes reconheço uma atitude tão nobre quanto a que desejo para os meus filhos: a Pureza de Carácter.

Gonçalo, meu Ultra-Caro(será que posso escrever isto?), este 1º é-te dedicado porque me motivas para reflexões complexas, és uma Pessoa de Excepção e o mais Nobre que até hoje conheci. Um atento leitor do Curtas e... não me esqueci que me enviaste a sms mais sentida que já alguma vez - pelo menos nos tempos recentes- me enviaram, ao vislumbrares a minha notória, na data, indisposição mental. Um Grande Abraço, meu Grande Aristocrata.
TAM