terça-feira, novembro 28, 2006

Questão

Será que a lei do financiamento dos partidos é um atentado ao aparecimento de movimentos livres de cidadãos?
AVC

domingo, novembro 19, 2006

Emergência histórica

Estamos já no tempo do outsourcing. O outsourcing é a atitude que as grandes e médias empresas mundiais (e daqui a pouco, também as pequenas e as micro-empresas) têm ao despachar trabalhos de rotina para países de mão-de-obra barata e relativa formação profissional. Tudo o que possa ser assegurado à distância, pode ser vítima (no bom sentido) de outsourcing. Call-centers, tapetes de Arraiolos, serviços de contabilidade, burocracias, peças jornalísticas, tudo pode ser feito à distância, pela internet, video-conferência ou telefone. É uma atitude que cresce em volume e importância a olhos vistos, e é a China e a Índia que mandam nesta tendência como países que têm melhores condições para assegurar esses serviços. Os Estados Unidos e a Europa vão perdendo rapidamente serviços, e por isso empregos, que tratavam destes assuntos. Mas não têm de ter medo. Continuarão à frente do Mundo rico e poderoso se apostarem nas relações humanas. Confiando o trabalho enfadonho (mas necessário) a países com condições mais baratas, há que apostar nas relações humanas e na criatividade.
Ora, conhecem povo mais habilidoso nas relações humanas do que nós, portugueses e mediterrânicos? Haverá povo que se equipare a nós em hospitalidade? Não somos também um povo de alta tendência para a boa criatividade? Os poetas e escritores são criativos. Não nos queixamos que somos um país de poetas e escritores? Agora, bem nos podemos orgulhar. Estamos vários pontos à frente dos Estados Unidos e do resto da Europa, no que diz respeito às relações humanas. Somos um povo caloroso e naturalmente simpático e hospitaleiro. Para além disso somos criativos e temos uma Natureza propícia ao Turismo que não podemos mais estragar. Qual é o ponto do título deste post? É que, já que estamos em vantagem, usemos esse valor acrescentado que temos para nos valorizarmos. Apostemos nas relações humanas e na nossa criatividade!
AVC

Ainda Europa

Se se quer uma Europa que dê cartas no Mundo, faz sentido pensar numa outra proposta que não seja a de uns "Estados Unidos da Europa"?
AVC

quinta-feira, novembro 16, 2006

europeu

Desde quando existe «Europa», e com que significado?

TAM

quinta-feira, novembro 09, 2006

Uma questão pragmática

Quando é que nos vamos deixar de fantasias e preconceitos de "esquerdas" e "direitas" e passamos a adoptar as políticas que nos interessam para andar para a frente? Dá-me ideia que não andamos mais para a frente por estarmos tão presos a estas grilhetas que nos sufocam!
AVC

quarta-feira, novembro 01, 2006

Portugal, o que vale a pena!

Passo a transcrever um e-mail que recebi recentemente.
Para TODOS (e sublinho o TODOS) os efeitos, bem ou mal escrito, verdadeiro ou falseado, escrito ou não por aquele a quem o atribuem, deixa-nos a pensar, que mais não seja, se andamos atentos e valorizamos os pontos certos..

Cumprimentos
JGMP



"VAMOS LÁ A LEVANTAR A BANDEIRA DO ORGULHO NACIONAL, QUE JÁ CHEGA DE OLHAR SÓ PARA BAIXO

Portugal vale a pena

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia. Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática. Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.

O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive -
Portugal.

Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação.
Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo. E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).

É este o País em que também vivemos.

É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.

Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.

Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.

Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados,porque não hão-de os bons serem também seguidos?


Nicolau santos, Director - adjunto do Jornal Expresso

In Revista Exportar"