sexta-feira, janeiro 27, 2006

A história repete-se...

Edvard Munch - A onda
Quem se lembra do grupo dos "Onda Choq"? Tocavam músicas internacionais conhecidas, saloiamente traduzidas para Português. Com alguns passos de dança e juventudes à mistura, faziam um espectáculo de entretenimento que nos distraía da fraquinha qualidade da música! Faz-me lembrar a política que se faz hoje em Portugal. O grupo de hoje chama-se "Rosa Choq", e insiste em querer dar-nos música...
AVC

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Agradecimentos!

Hoje olhei para o WebStats Counter:

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18 September 2005

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É bonito! Muito obrigado, estimadíssimas leitoras e leitores! E aos outros colaboradores, que engrandecem este espaço! A todos, um agradecimento sentido e os meus melhores cumprimentos,


AVC

Tributo à Arquitectura

Em 1889, neste dia, foi inaugurada a sublime Torre Eiffel, em Paris.
Projectada por Gustave Eiffel para a Exposição Universal de 1889 e como comemoração do centésimo aniversário da Revolução Francesa de 1789 que instaurou, ainda que por pouco tempo, a República em França e foi responsável pelo assassinato(guilhotinados) de Sua Majestade, o Rei Luís XVI e sua mulher, a Rainha Maria Antonieta.
Os estudos para a contrução da primeira grande estrutura metálica da História da Arquitectura começaram em 1884 e os primeiros trabalhos em 1887. A Torre mede cerca de 317 metros de altura e pesa aproximadamente 7300 toneladas, numa estrutura composta por 18.038 partes de ferro presas por 2.500.000 rebites. Com tal dimensão conseguiu assegurar o primeiro lugar da lista de locais mais altos do Mundo até 1930, ultrapassada por um edifício(o Chrysler de Manhattan) norte-americano.
Em 1916 foi colocada uma antena que permitiu o primeiro serviço de rádio através do Atlântico. Mais tarde, em 1957, serviu como emissor para a Televisão Francesa.
Quando visitarem a Cidade-Luz, a qual recomendo, visitem este exemplar arquitectónico original não sendo, porém, aconselhável a visita ao último andar da Torre a todos aqueles que sofram de vertigens(para além da altura, quando estão ventos fortes, a Torre abana cerca de 12 cm.). TAM

Encíclica já chegou!

Chegou ontem, dia 25 de Janeiro, a muito esperada primeira Encíclica do Papa Bento XVI, com o nome "Deus Caritas est", ou por outra: "Deus é Amor". A ler com atenção, a tradução portuguesa está disponível na página do Vaticano: http://www.vatican.va
A não perder!

AVC

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Aos liberais


A tragédia de migrar e ter que deixar o solo Pátrio, tão amado...
Ou a tristeza de ficar e ver alguém partir, pela mesma razão...
É este o Fado Português, cada vez mais acentuado,
E que canta cada vez menos vinho, cada vez menos pão!
Enquanto socialistas apostarem num Estado gordo e forte...
Lamento dizer-vos, mas não nos espera outra sorte!


AVC

terça-feira, janeiro 24, 2006

É para min de bom grado que me dirigo a vós, meus companheiros e que vos digo que foi eleito o candidato que melhor se adequa a este cargo. Estamos perante um homem sério, uma força de trabalho.
E em relação aos outros candidatos: É na inacreditável como é que um homem que durante muitos anos lutou pela democracia deste País e assumiu sempre uma grande preponderância tem assim uma derrota extonteante, e falo claro do Doutor Mário Soares que a única coisa que tem de bom é a sua biblioteca que não me importava de consultar. Eu penso que está na altura de o Doutor se retirar, a morte politica também existe e temos de admitir que está na altura da retirada.
Em relação ao poeta e candidato Manuel Alegre supreendeu tudo e todos, e na minha opinião se não tivesse sido eleito o Professor Cavaco Silva gostava que fosse Manuel Alegre, que quando os socialista lhes viraram as costas ele não baixou os braços e lutou por um PORTUGAL MAIOR. Apresentou uma boa campanha enquanto Mário Soares tem uma campanha fraca e sem espírito de luta.
Jerónimo de Sousa, uma cara simpática, é um Homem de uma luta constante e que apesar de ter ideias que não me agradam de todo, é uma pessoa que nunca deixa de frisar aquilo em que acredita e isso temos de aceitar.
Francisco Louça, diz-se que os jovens começam-se a interessar por estas ideias, mas pelo amor de Deus, este homem é um utópico. Se tivessemos um Presidente da República como Francisco Louça aí sim é que o nosso País se atrasava e nunca mais chegavamos á medida da União Europeia.
Finalmente, Garcia Pereira, ja estavamos à espera (pelo menos eu estava) deste fraco resultado que mais uma vez demonstra que a força política é muito importante e que a experiência tem o seu valor. É um homem letrado consciente e cooerente mas o fraco poder que tem demonstrado não chega para ser eleito como Presidente da República.
Posso estar enganado quando digo que Cavaco Silva pode trazer novas cores para Portugal, mas temos de acreditar no seu espírito e no seu trabalho. Que tenha a força de consciencializar o Governo nas medias que toma, é esse o papel de um Presidente da República o de moderar e ajudar o Governo na melhoria do País.
TSM

domingo, janeiro 22, 2006

Rescaldo Eleitoral

Caros Concidadãos, estamos ainda a alguns, largos, minutos de terminar este dia 22 de janeiro de 2006 e já podemos reflectir sobre os resultados eleitorais.
Pois bem, o escrutínio nas 4260 freguesias de Portugal , Continental e Insular, foi desde já dado por encerrado e, por tal facto, permito-me afirmar que o candidato eleito para a mais ALta Magistratura do Estado-Nação de Portugal foi aquele que, desde o início, era dado como vencedor pré-definido, embora se esperasse uma maioria mais esmagadora, o Professor Cavaco Silva. Venceu com maioria absoluta de 50,6 % dos votos dos Portugueses, seguido, honrosamente, na minha perspectiva, do candidato mais complexo e educado da campanha eleitoral: Dr. Manuel Alegre, que obteve 20,7% dos votos. Seguiram-se os candidatos Dr. Mário Soares com 14,7%, o Sr. Jerónimo de Sousa com 8,6% dos votos, o Dr. Francisco Louçã com 5,3% dos votos e finalmente o Dr. Garcia Pereira com 0,4% dos votos.
Há várias questões que parecem interessantes para analisar, nomeadamente a fraca percentagem obtida na área do Partido Socialista(se somarmos os resultados dos candidatos Manuel Alegre e Mário Soares) que, no total, não ultrapassa os 35% da preferência dos votantes, bem como a fraca expressão obtida pela totalidade dos candidatos oriundos da Esquerda(cinco candidatos) que, somada, representa somente 49,4% das intenções de voto dos Portugueses. De todos aqueles que foram às urnas expressar aquele que constitui o mais elementar dever moral e direito cívico da Democracia Pluralista em que vivemos.
Não defendo, com isto, a (Presidência da) República como sistema político melhor e preferível para uma sociedade coesa e em harmonia, todavia, considero que estes resultados foram os menos maus para Portugal, na impossibilidade de se viver em Monarquia, essa sim, Digna.
Saudações ao Sr. Professor Cavaco Silva e votos de que, pelo menos, continue tão educado e lúcido como demonstrou ser em campanha, perante os baixíssimos ataques protagonizados por aqueles que, sem necessidade de os citar, são do conhecimento de todos.
TAM

De luto

Como votei, já aqui disse... quero só dizer que de manhã vesti-me de escuro, em claro pesar por Portugal.

AVC

sábado, janeiro 21, 2006

Balanço de campanha

A ler, no Público de ontem, a triste realidade desta campanha que tarde se dá por finda no artigo de Vasco Pulido Valente, que apresenta algumas ideias aqui já expostas no "Curtas & Rápidas" recentemente... Aliás, já não é a primeira vez que nos antecipamos a VPV. Será que o senhor nos lê? Bom, indo mais além, o incontornável Misantropo Enjaulado escreve-nos concisamente que não podemos ficar por aí, aqui:
Disfrutem do artigo interessante de VPV e principalmente do alerta que o Misantropo nos lança!
AVC

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Desconfianças

Todos os candidatos presidenciais se dizem muito preocupados com a situação económica dos portugueses, mas todos os candidatos gastam fortunas em campanhas eleitorais inúteis! Se quisessem fazer bem a Portugal, pois pegassem nos milhões de euros que gastam nas campanhas presidenciais e abrissem empresas, investindo essas "pequenas" fortunas em algo realmente produtivo e bom para Portugal! Porquê tanto dinheiro para fazer campanha por um cargo representativo? Por esta e por outras razões, eu não confio em nenhum deles.
AVC

Aproxima-se finalmente o momento...

Miguel Ângelo - O juízo final

... do juízo final!

AVC

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Não concordam?

Se Mário Soares gostasse mesmo da República (desde 1640) presidentista (porque não é presidencial) de Portugal, não atacava aquele que já se sabe que vai ganhar com larga vantagem sobre os outros... enfraquece a pessoa, enfraquece o cargo, enfraquece o sistema!

AVC

terça-feira, janeiro 17, 2006

Ainda Garcia Pereira

Caríssimos Tiago e Napoleão Bonaparte:
Garcia Pereira diz que a desigualdade de tempos de antena é-lhe prejudicial. Talvez o seja para ele, mas para os portugueses que estão cansados de tanta campanha e onde eu me incluo, é benéfica! Digo que Garcia Pereira, por razões que lhe fogem ao seu reduzido poder de influência e por razões que ele próprio desgosta, é o que está a fazer a melhor campanha (a menos má). E isso acontece precisamente porque ele não se ouve nem se faz ouvir! Ele queixa-se que tem pouco tempo de antena, mas eu queixo-me que os outros têm tempo de antena a mais! Estamos cansados de tanto circo, as propostas já foram lançadas à tempo demasiado, já muitos nem querem saber quem vai ser eleito, desde que "se despachem com isso", é-lhes igual quem se vai sentar na cadeira de Belém! Saudosos os tempos em que quem ia para Belém eram Reis, embora Magos...
O TSM diz-nos sabiamente e com fair-play para escolhermos o candidato, mas que seja um candidato à altura. Concordo e obviamente respeito as decisões de cada um. Mas a meu ver, não vejo nenhum que possa representar Portugal desprendido de quaisquer ambições pessoais monetárias ou de prestígio individual, e que normalmente são sobrepostas ao interesse nacional... mas aí dou o braço a torcer, e é uma questão de impressão pessoal que tenho de cada um, pese embora o facto de tal se dever a estarmos num sistema viciado.
A causa do voto nulo é importante, e convido os Monárquicos e outros desiludidos com o sistema presidentista a olharem uma vez mais para ela em
Nesse e em posts mais recentes, tentamos sugerir uma maneira de levar esta carta a Garcia, mas não o Pereira (que apesar de tudo é o candidato mais falado neste blog, o que só prova que somos contra-corrente!). É só procurar aqui na lista os outros posts sobre o voto nulo, porque ainda cá estão todos!
Um abraço ao TAM e ao TSM, bem como a cada um dos caríssimos leitores que nos acompanham!
AVC

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Bem meus amigos, desde já peço imensas desculpas pela minha ausência mas devido a problemas técnicos não pude partilhar os vossos posts.
Acho, com toda a certeza, que as televisões mostraram uma falta de respeito para com o candidato Garcia Pereira que até era capaz de ter um bom plano na moderação deste país, mas por nao ter a experiência necessária, não me parece estar a altura desta eleição que comporta um peso de enorme responsabilidade. O facto de não ter aparecido nas televisões fez-me logo pensar que ele estaria excluído das minhas posições acerca da Presidência da República.
Se pudese estaria nesta época inteira na candidatura de Cavaco Silva. A adesão e aquele espírito que se tem visto tem sido espectacular. Concordo com as ideias do candidato e as suas manifestações nos debates telivisivos mostraram uma calma tremenda e mais uma vez deu mostras de que é um economista exemplar.
Meus amigos façam as vossas escolhas mas num candidato a altura por favor. Votar é um dever de cada cidadão, sei que nem sempre estão a altura mas alguém tem de governar.

Um grande abraço, TSM

domingo, janeiro 15, 2006

Garcia Pereira, novamente

Caro Sandokan:
De facto, o Sr. Garcia Pereira tem aparecido pouco nas reportagens jornalísticas dedicadas às eleições Presidenciais, porém, como ele considera, disse-o ainda recentemente à Sr. Judite de Sousa, na Grande Entrevista, essa desigualdade é-lhe prejudicial. Pelo que, se pudesse, aparecia tanto ou mais que os restantes candidatos. Logo, é igual aos outros, em matéria de saturação da imagem. Talvez este efectivo afastamento dos debates televisivos que decorreram recentemente até o tenha beneficiado, na medida em que não permitiu que o candidato apoiado pelo MRPP tenha dito mal dos seus adversários políticos, nem tenha esgotado as suas ideias de candidatura, contudo, este benefício foi causado por outras razões que não a sua vontade. Por ele, quanto mais aparecesse, melhor.
Abraço, TAM

Garcia Pereira, jornalistas e as presidenciais

Vou ser polémico: a melhor campanha até agora foi a de Garcia Pereira! E por uma razão que ele certamente não gosta: é o candidato que menos aparece nas notícias. Estamos cansados de tanta campanha, será que os políticos ainda não perceberam? E a comunicação social, que devia prestar um serviço aos portugueses, só está a saturar ainda mais a nossa cabeça com o tema das presidenciais! Parece que nos trata como criancinhas e nos diz:
- Vá, só mais esta colherzinha de presidenciais, faz bem a... faz bem, pronto!
Comer e calar? Não, os portugueses não alinham nisso, felizmente! Eu, que voto nulo pelas razões que conhecem, tenho tentado seguir o desenrolar da situação com interesse, mas... já basta, por favor! Depois, no dia da contagem dos votos, os jornalistas dirão candidamente que a abstenção atingiu altos níveis. Pudera! Uma grande fatia da culpa pela abstenção alta será deles...


AVC

sábado, janeiro 14, 2006

A ansiedade vista por Munch


Edvard Munch - Ansiedade

Edvard Munch - Ansiedade

Ansiedade de almas preocupadas, mas calmas. Como se adivinhassem a desgraça que se avizinha e ao mesmo tempo tivessem a consciência de que pouco há a fazer para mudar o rumo dos acontecimentos. Conformismo. Nós, os Portugueses, pois claro. E as eleições presidenciais.

AVC

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Bom ou Mau?

A Vida não é de todo simples e, algumas vezes, faz com que nos aperçebamos de tal. Já todos temos a noção clara, julgo, que a nossa Existência é mínima, comparada com a de Alguém Infinitamente Superior a nós, o nosso Deus. No entanto, essa realidade minúscula que somos só nos permite que nos aperçebamos dela, grosso modo, nas alturas mais críticas, nas quais, portanto, deveríamos ser Mais, mais alguma coisa de bom, de bem.
Agora mesmo deparo-me com a muito próxima, numa questão de horas, ausência de um grande Amigo, que está prestes a dedicar a sua Existência a servi-Lo e a minha incapacidade de estar feliz é notória. Mas sim, sei que deveria estar a rejubilar de alegria, pois sei que é a sua vontade e a vontade d'Ele, contudo, estou com sérios problemas de aceitação. Os primeiros sentimentos que me surgem são o de perca e, de certo modo, de egoísmo, na medida em que julgo que seria mais importante ele estar junto a mim e aos nossos amigos. Só a distância, física e mental, me preenche o coração e a razão. Que infelicidade esta da naturera humana ou, pelo menos, da minha, por ser tão incapaz de aceitar vontades Maiores que as nossas.
Felicidade e orgulho ou tristeza e esquecimento? Eis a velha dicotomia Bom/Mau que demasiadas vezes me atormenta.
Na dúvida, todavia na certeza que a primeira é o caminho, dedico-te este post, velho Amigo e eterno Primo. TAM

terça-feira, janeiro 10, 2006

Sugestão de leitura

Já li alguns ensaios de Michael Oakeshott (a sua crítica ao "Rationalism in politics", "Political Education" e "On being Conservative") e o prazer de ler este autor é imenso. A sua clarividência, a sua opinião pensada, o seu inglês de fácil leitura faz dele uma agradável companhia para os tempos vazios que arranjarmos. Um mestre incontornável para quem queira estudar a fundo o pensamento político contemporâneo e que pretendo continuar a ler através do livro aqui exposto. Com tempo, arriscar-me-ei a elaborar uma breve síntese do seu pensamento. Até lá, acompanhem-me nesta leitura, vale a pena!

AVC

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Expectativas

Depois deste first round, os Cavaleiros Tiago e Aveiro preparam-se para continuar o duelo pela verdade acerca dos Estados Unidos da América: Bestiais ou Bestas?

Joseph Crawhall - An Arab Raid


Enquanto aguardamos com expectativa aquilo que virá, deliciemo-nos com o conto de Natal do Pirata e com a beleza da ilha do sonho infinito...

Não vos intriga?

AVC

domingo, janeiro 08, 2006

Um conto de Natal, como ele deve ser (atrasado, mas sempre oportuno)

Feliz Natal com muitos presentes..
Feliz? Presentes?
O Mãe, quero um super ultra telemóvel que faz com que tenhAS que contrair um crédito rápido, daqueles que te ajudam a ficar afogada em dívidas e com o futuro hipotecado, para que o MEU capricho possa ser satisfeito..
O Pai, quero o último modelo de um carro (afinal preciso mesmo para usar a carta, e TU não ME dás nada) que te faz contrair um empréstimo que hipoteca tudo o que possamos vir a ser como família no futuro.. Mas EU quero mesmo o carro, acho muito mais importante que EU possa ficar “feliz” agora e depois logo se vê o que acontece com o resto.. É tudo um monte de tretas..

Será que, por acaso, alguém se lembra do que é o Natal, o que ele verdadeiramente significa?
Vou contar-vos uma história:
Há cerca de dois mil anos, numa terra chamada Belém, nacscia um bebé, uma simples criança, pobre, com pouco mais que o amor dos Pais e uns trapos para se embrulhar..
(acham mesmo que esse bebé era pobre, com o AMOR dos Pais.. Será que precisava de muito mais que AMOR? Será que alguém precisa?)
Ora esse bebé, pobre e simples, revelou-se muito incómodo à sociedade do seu tempo. Teve Reis a persegui-lo nos primeiros meses de vida e partiu para o exílio. Já mais velho ensinava no templo, dando lições aos Doutores da Lei, embaraçando-os perante a sua sabedoria. Uns tempos depois tinha até discípulos, e dizem que fazia coisas extraordinárias, verdadeiros milagres contam, tendo mesmo chegado a arrastar multidões com ele, só para o ouvir falar!
Claro que quem é tão notório e ao mesmo tempo tão embaraçoso aos interesses instalados, não dura muito tempo sem ser atacado, e foi o que aconteceu, o nosso bebé, quando já era bem grande, nada bebé mesmo, sofreu uma tentativa de silenciamento, tentaram seca-lo.. Mesmo assim, ele resistiu, e a sua voz continuou a levar uma mensagem de solidariedade e de esperança aos mais desfavorecidos, e a todos os outros também, não é esquisito..

Hoje em dia, numa festa que seria para relembrar o que esse bebé fez por nós, nem sequer o deixamos nascer, ou melhor, ele nasce, mas secamo-lo logo..

O que conta são os presentes, e quanto mais, e mais caros melhor..
Claro que, como o dinheiro (esse estupor..) não estica, e como os meninos (às vezes bem mais velhos do que pensamos) não podem ficar sem os seus brinquedos, porque se não não são “felizes”..
A formula mágica nos tempos que correm é:

+ Dinheiro = + Consumo <=> + “felicidade”

Passo a explicar:
Quanto mais dinheiro houver, não importa qual é a fonte, mais se pode gastar, o que provoca um aumento do consumismo. Ora, supostamente, esse aumento do consumismo, traria felicidade, já que nos permite satisfazer as pseudo-necessidades que ele mesmo causa..
Vi um anuncio que dizia assim:
“Tenha de £500 a £4000 para fazer um Natal diferente!”
Eu pergunto-me, com que direito é que estas pessoas que criaram este anúncio usam o nascimento de alguém infinitamente maior que eles para promover a desgraça alheia? Sim, porque afinal de contas isto não passa de publicidade enganosa, destinada a aproveitar a falta de informação e os pontos fracos de pessoas menos esclarecidas, levando-as à sua ruína com promessas do contrário..
Como é que no Natal (e no resto do ano..) vivemos tão centrados no umbigo, tão preocupados com dar para depois podermos receber de volta?
Ironicamente dizemos viver em sociedade, mas não nos preocupamos com os vizinhos, quanto mais com qualquer pessoa que connosco se cruze na rua?
Mas quando toca a parecer mais do que somos (pela ostentação de modelos topo de gama e coisas no género, os tais que nos levam aos créditos..), não olhamos a meios.. Que hipocrisia..
No Brasil aprendi o que é a verdadeira felicidade.
É não ter nada e viver como um Rei;
É ser pobre e imensamente mais rico que qualquer outra pessoa;
É ser para os outros da mesma maneira que para nós mesmos, descomplicando, ajudando no que é preciso e tendo sempre um sorriso para dar, mesmo que seja a alguém estranho e diferente..
Lá, onde os bens materiais escasseiam, grassa a dádiva pessoal, aquela que não se compra nem vende, aquela que não se dá nem se recebe, aquela que se é e que se vive..
Sejamos dádiva neste Natal;
Sejamos Natal para os outros;
E se o Natal pode ser quando um ser humano quiser, então que o sejamos todo o ano..
Por isso não me desejem bom Natal, nem muitos presentes, que apenas nos trazem alegria momentânea, sejam felizes como são, não querendo parecer mais, mas entregando e vivendo tudo o que existem..
Hoje quero dizer a todos:
Neste novo ano, sejam Natal..

sábado, janeiro 07, 2006

Semelhanças, ou não.

Os Estados Unidos da América são, de facto, um país sem História, sem o peso de uma Tradição Cultural que se encontra em diversas Civilizações europeias, asiáticas, oceânicas, africanas, sul e centro americanas. Portanto, os norte-americanos são "filhos" da Civilização europeia, se é que ela é una, mais precisamente da Civilização britânica, dessa sim, é indubitável. E são-no porque, na minha perspectiva, não é iniciando uma Existência, mais ou menos densa, no século XVIII que se forma uma identidade. Muito menos uma identidade civilizacional intrínseca e peculiar.
Foi escrito que os Estados Unidos são a Segurança do Mundo e que, se não fossem eles, muito provavelmente Portugal estaria inseguro. Discordo totalmente! Se Portugal, ou qualquer outro país sem recursos naturais ricos, necessitasse de ajuda militar dos Estados Unidos muito provavelmente não a teria ou, quanto muito, tê-la-ia, porém, com uma factura altíssima a pagar. Não somos dependentes, não fomos dependentes, nem seremos dependentes de uma qualquer potência mundial e, para isso, conto convosco, Concidadãos, Portugueses de Sangue, Alma e Coração, pois períodos mais tormentosos já passámos, lembra-nos a nossa História(esta sim, concede-nos identidade própria) e vencêmo-los sempre!
No entanto, não nos desviemos com outras questões, a minha questão inicial foi clara e simples: Será que, se qualquer Estado se intrometesse na realidade política e militar de outro seria bem-aceite pela Comunidade Internacioal e, em particular, pelos Estados Unidos da América? Parece-me, ainda e sempre, que não. Todavia, os Estados Unidos da América fazem-no, com justificações intelectualmente diminuídas, tal como a das armas de destruição em massa que, afinal, não existiam. Podem ter ganho asas, mas talvez fossem realmente inexistentes, como relataram os Inspectores enviados em Missão antes da guerra que os Defensores do Mundo decidiram, com a sua estupidez natural, inciar. Iraque, Afeganistão, quem se seguirá? Daí o carácter arrogante e intrometido norte-americano que tão bem compreendemos. A minha intolerância vai para a elite branca, dirigente, arrogante, descendente dos primeiros colonos brancos e europeus, em geral britânicos, que ali se instalaram.
Antes deles já existíamos, nós, portugueses, há séculos, com conquistas gloriosas, e é bom lembrar Tempos idos, pois memórias há que são fracas. Viva o Tratado de Tordesilhas e tantos outros que nos fazem recuar na nossa extraordinária História, e demonstrar a Superioridade Nacional em relação a qualquer potência económica contemporânea, a qual incomoda tantas almas. Recordêmo-la para que não passe em vão, nestes tempos tão pouco preocupados com a Identidade Nacional.
Vamos seguir, semi-periféricos, com dificuldades económicas, contudo, dignos, honrados, com 900 anos de História, uma Civilização coesa e um Estado-Nação valente!
TAM

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Realidade histórico-política

Estive a reflectir sobre a realidade política mundial e, se soluções encontrei, novas questões surgiram. Os Estados Unidos da América... o todo poderoso do Planeta, o motor da economia mundial, o decisor político último, todos estes adjectivos e mais alguns que queiram podem caracterizar esta realidade federal, recente, mas coesa. No entanto, e analisando a arrogância, prepotência e descaramento com que interferem em questões da cena política, tanto do Velho Continente como do restante planeta, surge-me a seguinte questão: Com que direito se julgam eles(os norte-americanos) os defensores da moral, da segurança do mundo, os atentos aos esquecidos e os salvadores dos oprimidos? Logo eles, que se deviam preocupar com os gravíssimos problemas internos que os afectam: discriminações raciais, pobreza extrema, violência geral, falta de bom-senso, e tantos outros que poderia enumerar.
Pois bem, talvez estejam a pensar, como eu, que a intromissão em outros Estados é mais lucrativa do que tentar resolver problemas socio-económicos da população desfavorecida e até dá um ar de benemérito. Benemérito em benefício próprio, todavia benemérito! Será que seria tolerado se um país desenvolvido, que não os do topo, interferisse no normal funcionamento de outro, mesmo que fosse dqueles que pertencem à infindável lista dos "Países em vias de Desenvolvimento"? Não me parece, com certeza que os norte-americanos os aconselhariam a "voltar a casa", pois do mundo tratam eles. Nada mais errado! Se uma Civilizaçãozinha, sim porque a Declaração de Independência dos estados Unidos em relação ao Império Britânico ainda foi ontem, em 1776, não se esqueçam, se julga no direito de aconselhar e reagir activamente em relação a várias civilizações, algumas bem mais antigas que ela, por que motivo não poderão os demais Estados seguir estes péssimos exemplos?
Com isto não digo que devamos agora olhar para África e voltar a gerir os nossos ex-Territórios, lembrança de um Passado histórico Glorioso, com um Império Colonial entre as potências mundiais(ou mesmo A Potência, lembremo-nos do Tratado de Tordesilhas) que conseguimos graças a Deus e à Casa Real que tão honrosamente nos comandava em Tempos idos, porém, lá que temos tanto ou MAIS direito, nem que seja moral e histórico, do que os norte-americanos no Iraque, no Afeganistão, ou em outra qualquer região que se lembrem, lá isso temos!
São uns arrogantes sem História e, portanto, sem identidade, que fazem, no Presente, o que lhes passa superficialmente pela Mente, contudo, o Futuro não lhes será, espero, risonho.
TAM

quinta-feira, janeiro 05, 2006

A Paz do Pescador

José Mongrell Torrent - Pescadores (1924)
De um grande pescador de homens, a "Mensagem para o dia Mundial da Paz" já está disponível em língua portuguesa no endereço http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=26310 . A ler com toda a atenção e tempo, saborear e digerir cada palavra, que nada está ali por acaso. Tocante e importante.
"Na Verdade, a Paz!"
AVC

terça-feira, janeiro 03, 2006

Senhora num bosque

Giovanni Fattori - Signora in un bosco (1874-1875)
AVC

Esclarecimento

Sobre a sondagem apresentada no "Expresso" que hasteava orgulhosamente o número de 1 milhão de homossexuais em Portugal, dando origem a tanta discussão e controvérsia, o "Margens de Erro" - http://www.margensdeerro.blogspot.com - desvenda alguns problemas existentes por detrás (sem segundos sentidos) desta sondagem, desmascarando alguns erros que não são explicados pelo jornal. Ingenuamente? Não me parece...

AVC

Boas vindas

Felizmente, uma má notícia traz uma óptima. Quero dar as boas vindas ao Napoleão, que já demonstrou, com o seu interesse e cultura histórica, ser uma promessa para o ano internáutico de 2006. A sua adesão honra-nos e é um bom presente de Natal para o "Curtas e Rápidas". Esperamos que traga também uma força adicional para este ano que se adivinha rico em labor blogosférico. Sê bem-vindo!

AVC

Até já!

O "Curtas e Rápidas" lamenta a saída voluntária (pois claro) da LCR, que embora nunca tenha escrito no "Curtas e Rápidas", sempre esteve presente e foi uma assídua leitora, que esperamos que continue a ser. Oxalá um dia volte a ter tempo para nos presentear com a sua prosa!

AVC