domingo, fevereiro 26, 2006

Bom Carnaval

Um Carnaval divertido para todos! Brinquem e divirtam-se, os que apreciarem, sem, contudo, exagerar e afectar a liberdade de outrém.

Saudações carnavalescas, TAM

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Noite XL em Lisboa

Fiz em Dezembro a promessa de avisar aqui no "Curtas & Rápidas" todos os acontecimentos que tivessem a ver com o ano Jubilar de Xavier 2006 e que eu soubesse. Aqui, ali e acolá já fiz referência a temas sobre o ano da comemoração dos 500 anos depois do nascimento de São Francisco Xavier. Como o prometido é devido, venho ser eco e avisar que, neste âmbito, Lisboa vai ser palco de mais uma iniciativa inesquecível, no próximo dia 10 de Março: A Noite XL.
A Noite consistirá numa peregrinação onde a Paz será evidente, e sabemos isso pela qualidade da organização, ao cargo dos Jesuítas. Começa então a noite com uma festa a celebrar a presença de Xavier em Lisboa, seguida de uma peregrinação nocturna junto ao Tejo, cujo percurso passará pelo rio (com travessia de cacilheiro), pelo Castelo de S. Jorge, pela Sé, pelas Docas, Mosteiro dos Jerónimos, Padrão dos Descobrimentos e finalmente Torre de Belém. Vai-se estender por toda a noite e promete tocar-nos no coração...
O preço da inscrição nesta memorável noite é, para residentes na Àrea Metropolitana de Lisboa, só de 10 euros, enquanto que o preço para residentes fora da AML é de apenas 5 euros. Aberta a inscrição a todos os que tiverem entre 16 e 40 anos, não há desculpa possível para que os que nesta faixa etária se encontrem não participem! Espero-vos lá, a todos! Vai ser... XL!
AVC

terça-feira, fevereiro 21, 2006

o século XIX e a História

A História(disciplina histórica) é uma ciência que, "desde sempre", se ocupa do estudo dos factos passados, com maior ou menor rigor, de forma mais ou menos aprofundada. No entanto, apesar da sua longevidade inegável e do seu carácter desde sempre razoavelmente rigoroso na esfera política(história de Reis e Rainhas, Governos Dualistas, etc.) a História só a partir do século XIX, com o método Positivista, do sociólogo Auguste Comte, se converte realmente numa ciência humana. Para tal, a História serviu-se dos mais notáveis -e fundadores da Sociologia- sociólogos para imprimir um método, o positivista da crítica interna e externa, que lhe atribuísse um carácter verdadeiramente científico. Até então, era considerada -e bem, na minha perspectiva- por muitos, como um conjunto relativamente denso de factos empíricos, de carácter quase literário(realidade esta que não é de menosprezar, tendo em conta a importância vocabular, sintáctica, e outras, da Literatura).
Surge, deste modo, a História científica. E, assim, compreende-se mais facilmente, julgo, a ligação e "troca de saberes" entre a História e as novas ciências, nomeadamente a Sociologia e a Economia.
Agora falta caracterizar o Positivismo nos seus traços mais gerais, para compreendermos a sua concepção de História, porém, disso, falarei noutro dia.
Saudações, TAM

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Sobre Maquiavel e o capítulo XVII d'O Príncipe

Caríssimo Tiago:

Maquiavel é um autor que suscita grande interesse pela ruptura violenta que faz com os valores antigos em nome de uma pretensa realidade que diz existir. Ora, este que impulsionou o pensamento moderno europeu tem, quanto a mim, uma série de fraquezas no seu aliciante - e por isso perigoso - argumento.
A primeira coisa que nos urge questionar é se essa ruptura com os clássicos nos traz benefícios. Valores entranhados, muitos deles que funcionam para bem, será que é bom pô-los deste modo em causa e reciclá-los numa versão mais terra-a-terra? A minha opinião é que não, na sua maioria trocaram-se valores superiores como a amizade por outros mais cientificamente explicáveis como o do interesse. Maquiavel classifica a amizade em categorias, tendo sempre por lanterna que ilumina o seu argumento, o interesse que advirá da amizade. Ora, não é a amizade uma disposição desinteressada em relação ao outro, dando sem esperar receber? Será esta transvaloração benéfica para a alma humana? Não é esta uma visão egocêntrica, até egoísta, da amizade que deveria ser altruísta? Há o dar e o receber, claro está. Mas na tradição Cristã, é no dar que está o receber, "é dando que se recebe"...
"As amizades que se conquistam com dinheiro", diz Maquiavel a dada altura. Amizades que se conquistam pelo dinheiro? Isso existe? Eu nunca lhe chamaria amizade. Lá está o interesse pessoal no centro da definição, mesmo que Maquiavel defenda que estas "amizades" seja as mais frágeis. O problema está uma vez mais em confundir conceitos, ou no caso, mudar o conteúdo dos conceitos de propósito. Tudo para Maquiavel concluir no capítulo com o mesmo nome do teu anterior postal que para o Princípe depender menos dos outros (o que para o autor é o ideal), é preferível ser temido que ser amado!
Entre a amizade abordada n'O Príncipe e a amizade abordada n'O Principezinho, prefiro a segunda que, apesar do nome poder indiciar o contrário, considero maior e mais forte. Aconselho também como tu, a leitura de Maquiavel a todos os interessados na matéria, pois há bastantes livros que o explicam mal... mas digo porém: Cuidado, pois este genial autor é perigoso e quanto a mim, intencionalmente manipulador!
Com um abraço amigo,
AVC

domingo, fevereiro 12, 2006

De crudelitate et pietate; et an sit melius amari quam timeri, an contra.

Disse Nicolau Maquiavel: « Há uma coisa que se pode dizer, de uma maneira geral, de todos os homens: que são ingratos, mutáveis, dissimulados, inimigos do perigo, ávidos de ganhar.». No entanto, também disse o mesmo Pensador: «As amizades que se conquistam com dinheiro, e não pelo coração nobre e altivo, fazem sentir os seus efeitos- mas são como se não as tivéssemos, pois de nada nos servem quando delas precisamos.»
Com a primeira afirmação posso concordar somente em parte: não concordo com o facto de serem dissimulados, o resto já me é mais fácil de aceitar. Como o próprio compreendeu, são "de uma maneira geral", visto haver sempre Bons Amigos(as), que são aquelas excepções que confirmam a regra.
Com a segunta estou totalmente de acordo: não há nada de mais falso, hipócrita e sinistro do que uma amizade construída no Amor -não a nós- ao (nosso hipotético) dinheiro. Só a Amizade do coração nobre e altivo -que qualificativos sublimes- é verdadeira e sincera! Nada mais correcto, nada mais raro, nada mais valioso.

Leiam O Príncipe e desmistifiquem a imagem do seu autor. Reflictam sobre os presentes excertos: eis a minha sugestão.
Ao meu Amigo de sempre, de coração -Nobre e Altivo-, que esteve sempre presente e com quem pude sempre contar e que é a excepção clara ao primeiro excerto de Maquiavel, João Pedro.

TAM

sábado, fevereiro 11, 2006

Lembrando antigas (tristes) anedotas...


AVC

Comoção

O que há de mais enternecedor que sentir um par de olhos baços de cegueira chorarem de alegria e comoção pela nossa presença?

AVC

Correcção

Peço as maiores desculpas pelo último postal. Pertinentemente alertado pelo Caro FG Santos, reparei que fui enganado pelas notícias da TVI, que apresentou Arnaud Levy como o editor do Jyylands Posten e não como o editor do France Soir, como de facto o é. Nem sei como ainda caio na tentação, por vezes, de ver as notícias da TVI e ainda por cima dar-lhes crédito!

Uma vez mais as minhas sentidas desculpas e um especial agradecimento ao FG Santos por nos alertar para o erro,

AVC

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Alguém reparou...

... que o editor do jornal dinamarquês que abusou da liberdade de expressão tem apelido judeu? Arnaud Levy é o seu nome.

AVC

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Aos que dizem dizer o que pensam

Muitas vezes ouve-se por aí uma expressão opinativa que conduz à tolerância no seu pior, assim: "Eu só digo o que penso...!". A partir daí, todos toleram. Alguns até batem palmas sem concordar com a ideia, mas apenas porque "cada um tem direito à sua opinião e a dizer o que pensa"! E então são aplaudidos: A tolerância no seu pior.
Ao contrário do que muitas vezes ouvi dizer, acho que não há muita diferença entre dizer o que se pensa e pensar no que se diz. Penso e digo que uma coisa pressupõe a outra. A diferença maior é outra:
Uma coisa é dizer o que se pensa. Outra é dizer o que vem à cabeça! A primeira é de louvar. A segunda, normalmente, é infeliz. Porque ainda não é madura, falta ser mastigada para ser tomada...
AVC

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

1º de Fevereiro de 1908

Esta tarde decorreu, no Terreiro do Paço, uma Homenagem a Sua Majestade, o Rei D. Carlos e ao Príncipe Real, D. Luís Filipe, pois faz hoje 98 anos que a Família Real, ao chegar a Lisboa regressando do Palácio dos Duques de Bragança, na bela Vila Viçosa, sofre um atentado do qual só saíram com vida a Rainha D. Amélia e o Príncipe D. Manuel, futuro D. Manuel II, Rei de Portugal. O atentado foi protagonizado por um tal Buíça que, infelizmente, disparou contra a Carruagem Real e alvejou fatalmente Sua Majestade o Rei D. Carlos -dá-se o Regicídio- e Sua Alteza Real o Príncipe D. Luís Filipe.
A Homenagem foi organizada, e bem, pela Real Associação e estiveram presentes, entre outros, Sua Alteza Real D. Duarte Pio bem como D. Isabel de Herédia-os Duques de Bragança-, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que não raras vezes nos presenteia com a sua Educação e Patriotismo, para além das pessoas que se quiseram juntar à Homenagem tão digna quanto merecida.
Pois bem, as minhas saudações, o meu respeito e votos de que mais Homenagens se sigam a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para Enaltecer uma vez mais a Nação Portuguesa.
TAM