sábado, junho 14, 2008
sexta-feira, maio 02, 2008
justiça popular
Fosse Durão Barroso rei, e o seu cognome seria O Desertor. Mas em mar de tuBarões, cherne não pode reinar. Saiu para outra águas, mais profundas e lodosas. Por cá, até os "seus" o culpam de ser a raiz de todos os recentes males deste glorioso rectângulo. Com alguma razão. A sua fuga foi o mais duro golpe para a confiança dos cidadãos na política e na democracia portuguesas. Nem sequer as socretinas quebras de palavra (em relação ao referendo europeu, impostos, 150.000 novos postos de trabalho, entre muitos outros) conseguem igualar a gravidade da saída de José Barroso, como lá fora é conhecido. Uma vez na presidência da comissão, Durão não pode defender a sua honra (...!?), pois o cargo que ocupa à contenção o obriga. Mas enquanto todos solidariamente lhe vão espetando punhais (até tu, Brutus?), resta-nos perguntar... será que quando Durão voltar a Portugal para se candidatar à Presidência da República (depois do segundo mandato de Cavaco, e possivelmente tendo que medir forças com Marcelo) a sua fuga estará esquecida? Se esquecida estiver, também nós cá estaremos para a relembrar. A chefia de Estado deve ser reservada a patriotas.
segunda-feira, abril 28, 2008
Reproche a Miguel d'Ors
O teu coração navega na «Kon Tiki»,
adentra-se com Amundsen pelas grandes
solidões geladas,
sobe ao Nanga Parbat com Hermann Buhl, abre-se
passou pelo Amazonas, monta poldros,
funde-se em lamaçais verdes com febres e mosquitos,
atravessa desertos, caça o osso.
E tu aqui, traidor, num escalão e num horário.
adentra-se com Amundsen pelas grandes
solidões geladas,
sobe ao Nanga Parbat com Hermann Buhl, abre-se
passou pelo Amazonas, monta poldros,
funde-se em lamaçais verdes com febres e mosquitos,
atravessa desertos, caça o osso.
E tu aqui, traidor, num escalão e num horário.
Miguel d'Ors, 1980.
Tradução livre.
Imagem: M.C. Escher Print Gallery
directas PSD
Manuela Ferreira Leite quer ser a alternativa mais simétrica possível ao legado de Luís Filipe Menezes. Basta olhar para as iniciais: MFL -- LFM. Por aqui, aguardam-se novidades. Mas à primeira vista, o candidato que parece trazer mais oxigénio ao debate é Pedro Paços Coelho. Até por ser um jogador novo, a proposta ainda é credível e coerente. A moderação e a postura correcta ajudam. Se PPC não ganhar desta, ganhará na próxima oportunidade. É um candidato com futuro político. Mas pode ser que ganhe mesmo desta vez... com 5 candidatos, o resultado é pouco previsível.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Eleições EUA - ponto de situação
As primeiras eleições no Iowa e New Hampshire foram proféticas. Os vencedores dessas eleições são os mesmos que restam, disputando os delegados que irão eleger o candidato de cada partido nas respectivas convenções. Para já, ligeira vantagem de Obama entre os democratas e uma grande vantagem de John McCain entre os republicanos. Mas Hillary ainda pode chegar lá, e Huckabee pode ainda dar provas que dará um bom candidato a vice-presidente, com McCain candidato a presidente. A super-terça feira não resolveu as contas, que se terão de prolongar mais umas semanas, talvez meses, até Maio ou Junho. No entanto, dos próximos Estados a irem a votos, há que ter atenção ao Texas e ao Ohio, onde McCain pode cantar definitivamente a sua vitória no partido republicano, e onde Hillary precisa de ganhar por cerca de 20% de diferença para respirar de alívio. Tarefa difícil para a ex-Primeira Dama. Obama está com uma dinâmica vitoriosa que será difícil de travar.
quinta-feira, janeiro 10, 2008
quanto vale a palavra de um chefe político?
Não se vai fazer o referendo sobre o Tratado de Lisboa para não trair os esforços europeus e o trabalho de Sócrates na UE. Em vez disso, Sócrates prefere trair a sua própria palavra, dada aos portugueses na campanha eleitoral que lhe deu a maioria absoluta. Numa coisa Sócrates é parecido com Durão Barroso: vale mais a amizade e lealdade que tem para com os compadres e comadres europeus, do que o mandato que recebeu das mãos dos eleitores portugueses. No fim de sacar por aqui, um tacho aguarda-o algures lá fora. Despache-se, eng.(enhoso) Sócrates. Já vimos o que vale. Mais do mesmo.
quarta-feira, janeiro 09, 2008
Eleições EUA - New Hampshire
Novo Estado, novas preferências. Ontem venceram os senadores Hillary Clinton (dem.) e John McCain (rep.).
Hillary Clinton (dem.) precisava de ganhar o New Hampshire para continuar em campanha com uma dinâmica minimamente optimista. Para assegurar a vitória, quase chorou num discurso e apelou ao coração das mulheres do New Hampshire. O seu próximo target será a camada mais jovem da população, junto da qual Barack Obama é rei. Para isso, inclui jovens no palco durante o seu discurso de vitória, em vez de Madeleine Allbright e outros velhos apoiantes do marido. O discurso de Hillary também incluiu mais vezes a palavra change, colando-se à bem conseguida estratágia de Obama.
John McCain, veterano e herói de guerra, tem em Estados como o New Hampshire a esperança da sua continuidade na corrida à Casa Branca. McCain é, de todos os candidatos, aquele que mais e melhor seduz o voto dos independentes. O New Hampshire tem uma larga fatia de eleitores não inscritos nos partidos, o que ditou a renovação da sua preferência em McCain - já o havia preferido em 2000. As sondagens indicam McCain como o candidato republicano que tem melhores condições para enfrentar quer Hillary, quer Obama, na fase mano-a-mano das eleições. No entanto, para lá chegar, terá que convencer os eleitores republicanos a escolhê-lo - tarefa árdua para quem aparece em tantas sondagens atrás de Huckabee, Mitt Romney, ou até de Giuliani.
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A campanha ainda está em aberto, e só na super-terça-feira de Carnaval (5 de Fevereiro) é que se começarão a desenhar com alguma nitidez os vencedores de parte a parte.
quinta-feira, janeiro 03, 2008
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