domingo, fevereiro 12, 2006

De crudelitate et pietate; et an sit melius amari quam timeri, an contra.

Disse Nicolau Maquiavel: « Há uma coisa que se pode dizer, de uma maneira geral, de todos os homens: que são ingratos, mutáveis, dissimulados, inimigos do perigo, ávidos de ganhar.». No entanto, também disse o mesmo Pensador: «As amizades que se conquistam com dinheiro, e não pelo coração nobre e altivo, fazem sentir os seus efeitos- mas são como se não as tivéssemos, pois de nada nos servem quando delas precisamos.»
Com a primeira afirmação posso concordar somente em parte: não concordo com o facto de serem dissimulados, o resto já me é mais fácil de aceitar. Como o próprio compreendeu, são "de uma maneira geral", visto haver sempre Bons Amigos(as), que são aquelas excepções que confirmam a regra.
Com a segunta estou totalmente de acordo: não há nada de mais falso, hipócrita e sinistro do que uma amizade construída no Amor -não a nós- ao (nosso hipotético) dinheiro. Só a Amizade do coração nobre e altivo -que qualificativos sublimes- é verdadeira e sincera! Nada mais correcto, nada mais raro, nada mais valioso.

Leiam O Príncipe e desmistifiquem a imagem do seu autor. Reflictam sobre os presentes excertos: eis a minha sugestão.
Ao meu Amigo de sempre, de coração -Nobre e Altivo-, que esteve sempre presente e com quem pude sempre contar e que é a excepção clara ao primeiro excerto de Maquiavel, João Pedro.

TAM