O contributo que a nossa história desempenhou ao longo dos anos é de uma preponderância inacreditável, e parace- me, que é lhe dada essa pouca importância. Não é só a nossa história mas é este papel da Penísula Ibérica que durante a época medieval e noutras épocas em muito contribuiu quer a nível político, quer a nível cultural,quer a nível religioso, é realmente de uma grande importância e isso não podemos deixar passar de todo em branco. As forças francas na defesa do condado Portucalense, a própria política autonomista do conde D. Henrique que pôs em comunicação as igrejas francas e portuguesas, a ajuda das Cruzadas no âmbito das conquistas de Afonso Henriques. Isto são apenas alguns exemplos de que esta nossa história tem um papel fundamental.
Quando digo que é dada pouca importância referi-me aos livros, não encontramos autores estrangeiros a falar da nossa história de terem a capacidade de construir uma historia de Portugal e dos seus acontecimentos na cena internacional. Somos nós e os espanhois que escrevemos sobre isto, claro cada um com a sua opinião, somos nós os únicos que reconhecemos. Não vejo e se vejo são muitissimos poucos, a escreverem sobre esta história que tem muito para mostrar. Fazem-se filmes sobre as Lendas do Rei Artur , sobre a força inglesa, sobre a independência dos Estados Unidos, etc sobre esses paises que apesar de tudo têm o seu peso mas se olhassem sobre as conquistas de Afonso Henriques, sobre a Reconquista Cristã na qual se vê um ponto de partida para as Cruzadas isso sim daria também um bom elemento para dar a conhecer muito mais daquilo que se sabe e que todos devem saber, isso sim evidenciarnos-ia. Mais à frente quando falamos de Descobrimentos e Expansão Portuguesa ai então assumimos-nos como autênticos e como pioneiros na formação de um império que desbravou oceanos e mistérios onde o medo muitas vezes tomou conta dos nossos navegadores que sempre arriscaram a sua vida pela pátria, pelos portugueses. Temos tanto para mostrar, temos tanto para dar, somos Portugueses mostrem-nos ao mundo quem somos. Temos um passado que não pode ser esquecido. Viva PORTUGAl.
Por Portugal enquanto é Tempo!!
Um grande abraço
TSM
segunda-feira, março 06, 2006
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2 comentários:
Sem dúvida que há na nossa História episódios que dariam para fazer dezenas se não mesmo centenas de grandes filmes épicos que deixariam «O Rei Artur», «O Patriota», etc. à distância. Mas é claro que a americana Holywood glorifica e até manipula factos da História dos EUA e daqueles que lhe deram origem como é o caso do Reino Unido.
Se quisermos que alguns dos factos maiores da nossa História passem ao cinema bem podemos esperar pelos americanos ou pelos ingleses. Teremos que ser nós a meter mãos á obra. Hoje em dia a qualidade das nossas produções já é muito boa. As nossas novelas já nada devem às novelas da Globo e as nossas séries de época também são muito boas; só falta mesmo é os filmes. Matéria não falta, desde os primeiros anos da independência nacional, fazendo filmes sobre a tomada de algumas praças fortes aos mouros, como Lisboa ou Évora até mesmo um filme sobre a vida de Geraldo - O Sem Pavor, a revolução de 1383-1385 culminado na batalha de Aljubarrota e com enfase especial na brilhante visão estratégica do Condestável D. Nuno Alvares Pereira (o Braveheart já era), passando pela epopeia dos Descobrimentos e por alguns acontecimentos que ocorreram na Índia, no Brasil ou em África, mesmo os negativos, como o drama da escravatura, que devem ser encarados sem complexos, a vida de Pero da Covilhã, a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto (que grande filme épico daria). Mas também a Restauração de 1640; um filme que poderia começar com uma introdução escrita do que se tinha passado desde 1580, ter como primeiras imagens a revolta do Manuelinho em Évora, em 1637 e posterior repressão e execução dos líderes revoltosos e iniciar-se depois com as movimentações dos conjurados até ao desfecho final. Há ainda as guerras da Restauração, as aventuras dos Bandeirantes pelo interior do sertão brasileiro, as invasões francesas, as acções de guerrilha contra as forças de ocupação napoleónicas, levadas a cabo pela resistência portuguesa (de que pouco ou nada se fala embora tenham efectivamente existido), as explorações do interior africano levadas a cabo no final do século XIX por Serpa Pinto, Roberto Ivens ou Hermegildo Capelo, o atentado terrorista do Terreiro do Paço, em 1908. Outro trabalho poderia ser levado a cabo tendo como pano de fundo a I Guerra Mundial; é claro que falo de La Lys mas também há a primeira travessia aérea do atlântico sul, em 1922, consumada por Gago Coutinho e Sacadura Cabral e por fim a temática da guerra colonial com a «Operação Mar verde», em 1973 a dar um bom filme de acção. Como se vê, matéria é o que não falta e muito mais há ainda. Há também, antes da nacionalidade, Viriato. E porque não passar para filme, à semelhnça do que está a acontecer com «O Código Da Vinci», o grande romance histórico de José Rodrigues dos Santos, «O Códex 632». Do que é que os nossos cineastas e as nossas produtoras estão à espera: Mãos à obra!
E há ainda a tragédia do 1 de Novembro de 1755...
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