quarta-feira, dezembro 06, 2006

Estado de Sítio, Nação Valente

Tenho notado, de há uns tempos a esta data, um elevar exponencial da credibilidade da Causa Real. Deve-se, principalmente, a uma nova antiga imagem que tem sido correcta e fielmente transmitida ao Público em geral que, agora, além de receptivo está mais informado sobre a Causa e, até, sobre a sua ainda existência(e, se o não estava, é por clara incompetência das instituições que, fielmente, a poderiam difundir e dignificar). A imagem mudou, em relação ao carácter despótico e distante que durante séculos se atribuiu e difundiu, erradamente, à figura do Rei, associada à imagem parasitária subjacente à Família Real e determinados Nobres da Corte. Seguiu-se um período, contemporâneo, de quase total apagamento da Causa... os parasitas talvez existissem/existem mesmo e ninguém, dos que estão prontos para ir para o campo, para trabalhar, tinha paciência para os ouvir ou ver, a desfilar(refiro-me já a alguns Monárquicos, normalmente próximos das instituições, todavia, igualmente afastados e desfasados, papagaios e de espírito e intelecto algo desaproveitados). Surge, muito recentemente, porém, como todas a evoluções, permitida por factores diversos e que foram difundidos ao longos dos últimos decénios e garças a alguns, poucos, Monárquicos, uma abertura notável: de ambos os lados, dos indivíduos anteriormente embaciados pelo fantasma do salazarismo, cujo conservadorismo se confundiu, por vezes, com a Monarquia; aos descontentes da Causa e, finalmente, aos Monárquicos com responsabilidades sérias e aproveitáveis para um aproximar de ideias, que não são mais(e tanto que são!) do que a exaltação da Língua, da História e, em suma, da Nação.
Entrevistas a jornais e revistas de grande tiragem, nacionais e internacionais; crónicas; livros e sessões de informação ao grande público(nomeadamente a posição tomada, e bem, na minha perspectiva, em relação ao referendo próximo ao Aborto) têm desmistificado a verdadeira nobreza, a Ordem e os grupos que a têm em ideias, inato e de carácter, não obstante das naturais diferenças internas em detalhes(interessantes mas irrelevantes ao grande e desejado Público).
Na Época Contemporânea, excepto em períodos críticos e muito curtos, nunca percepcionei um inverno tão quente e exaltante: Obras iminentemente científicas, Discursos Patrióticos, jantares, homenagens... tudo tem sido falado, ouvido e difundido. Respeitado e Credibilizado. Assim, e apesar do apoio(que abrindo caminho a, no entanto, nem de perto nem de longe partidário de)involuntário concedido pelo actual estado das coisas, do Estado e do mundo, as facções -várias e complexas, tal como provavelmente geradoras de ambientes constrangedores- monárquicas devem cooperar, juntar-se, para bem deles e de todos nós.
O que não faltou ao Portugal republicano foram Monárquicos de valor, agora que se vislumbra um ambiente favorável ao sistema político superior, espero que não haja -somente e à cabeça da manada- Monárquicos de vícios, ao pior estilo liberal.

TAM

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