sábado, outubro 29, 2005
Sobre a "Idade Média"
Foram quase 1000 anos de evolução, não houve nenhum botão que fosse premido em 476 e então houve uma estagnação, nem houve nenhum botão que se premisse em 1453 e que daí resultasse uma repentina evolução! Houve evolução e foi uma importante evolução, essencialmente a nível moral, importante até para os dias de hoje, com obras muito actuais e muito secretamente seguidas por quem sabe. As poucas referências que se conhecem desse tempo nas aulas de ensino secundário são as de uma horrível e opressora entidade que era a Igreja Católica. É pois a Igreja Católica, a instituição ocidental mais antiga em funcionamento, uma das maiores vítimas destes historiadores (maçons, talvez?) que engenhosamente vão ludibriando a História a seu favor, mascarando o bem com o mal e o mal com o "bem"...
Ainda para mais, é fácil de descobrir um lapso nesta versão da História: comparar tempos, pessoas e hábitos com 1000 anos de distância e meter tudo isso no mesmo saco não é sério. É como um historiador do século XXX comparar um José Sócrates com um D. Afonso Henriques e, porque distam menos de 1000 anos de tempo, meter ambos no mesmo saco! Chocante mas vero.
AVC
sexta-feira, outubro 28, 2005
O momento de Sócrates
AVC
quinta-feira, outubro 27, 2005
H5N1
Pois bem, às aves(para as raras e para as mais vulgares) deixo um conselho: podem voar, mas voem baixinho. Isto porque, caso se sintam adoentadas, a aterragem até ao consultório(veterinário) é mais rápida e menos perigosa!
Estou a brincar com o assunto, todavia, há que ter cuidado!
Previnam-se prevenindo os vossos animais, informem-se sobre as formas de contágio e as implicações que o vírus poderá trazer.
Carpe Diem, TAM
(o vírus da gripe aviária continua fora das rotas migratórias que passam em Portugal)
quarta-feira, outubro 26, 2005
The Phantom of The Opera - The Point of No Return
"DON JUAN (PHANTOM - behind the curtain)
Passarino - go away!
For the trap is set and waits for its prey . . .
(PASSARINO leaves. CHRISTINE (AMINTA) enters. She
takes off her cloak and sits down. Looks about her. No-
one. She starts on an apple. The PHANTOM, disguised as
DON JUAN pretending to
be PASSARINO, emerges. He now wears PASSARINO's
robe, the cowl of which hides his face. His first words
startle her)
DON JUAN (PHANTOM)
You have come here
in pursuit of
your deepest urge,
in pursuit of
that wish,
which till now
has been silent,
silent . . .
I have brought you,
that our passions
may fuse and merge -
in your mind
you've already
succumbed to me
dropped all defences
completely succumbed to me -
now you are here with me:
no second thoughts,
you've decided,
decided . . .
Past the point
of no return -
no backward glances:
the games we've played
till now are at
an end . . .
Past all thought
of "if" or "when" -
no use resisting:
abandon thought,
and let the dream
descend . . .
What raging fire
shall flood the soul?
What rich desire
unlocks its door?
What sweet seduction
lies before
us . . .?
Past the point
of no return,
the final threshold -
what warm,
unspoken secrets
will we learn?
Beyond the point
of no return . . .
AMINTA (CHRISTINE)
You have brought me
to that moment
where words run dry,
to that moment
where speech
disappears
into silence,
silence . . .
I have come here,
hardly knowing
the reason why . . .
In my mind,
I've already
imagined our
bodies entwining
defenceless and silent -
and now I am
here with you:
no second thoughts,
I've decided,
decided . . .
Past the point
of no return -
no going back now:
our passion-play
has now, at last,
begun . . .
Past all thought
of right or wrong -
one final question:
how long should we
two wait, before
we're one . . .?
When will the blood
begin to race
the sleeping bud
burst into bloom?
When will the flames,
at last, consume
us . . .?
BOTH
Past the point
of no return
the final threshold -
the bridge
is crossed, so stand
and watch it burn . . .
We've passed the point
of no return . . ."
AVC
Poesia do meio-dia II
segunda-feira, outubro 24, 2005
Canção Desesperada
"Emerge tu recuerdo de la noche en que estoy.
El río anuda al mar su lamento obstinado.
Abandonado como los muelles en el alba.
Es la hora de partir, oh abandonado!
Sobre mi corazón llueven frías corolas.
Oh sentina de escombros, feroz cueva de náufragos!
En ti se acumularon las guerras y los vuelos.
De ti alzaron las alas los pájaros del canto.
Todo te lo tragaste, como la lejanía.
Como el mar, como el tiempo. Todo en ti fue naufragio!
Era la alegre hora del asalto y el beso.
La hora del estupor que ardía como un faro.
Ansiedad de piloto, furia de buzo ciego,
turbia embriaguez de amor, todo en ti fue naufragio!
En la infancia de niebla mi alma alada y herida.
Descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!
Te ceñiste al dolor, te agarraste al deseo.
Te tumbó la tristeza, todo en ti fue naufragio!
Hice retroceder la muralla de sombra,
anduve más allá del deseo y del acto.
Oh carne, carne mía, mujer que amé y perdí,
a ti en esta hora húmeda, evoco y hago canto.
Como un vaso albergaste la infinita ternura,
y el infinito olvido te trizó como a un vaso.
Era la negra, negra soledad de las islas,
y allí, mujer de amor, me acogieron tus brazos.
Era la sed y el hambre, y tú fuiste la fruta.
Era el duelo y las ruinas, y tú fuiste el milagro.
Ah mujer, no sé cómo pudiste contenerme
en la tierra de tu alma, y en la cruz de tus brazos!
Mi deseo de ti fue el más terrible y corto,
el más revuelto y ebrio, el más tirante y ávido.
Cementerio de besos, aún hay fuego en tus tumbas,
aún los racimos arden picoteados de pájaros.
Oh la boca mordida, oh los besados miembros,
oh los hambrientos dientes, oh los cuerpos trenzados.
Oh la cópula loca de esperanza y esfuerzo
en que nos anudamos y nos desesperamos.
Y la ternura, leve como el agua y la harina.
Y la palabra apenas comenzada en los labios.
Ése fue mi destino y en él viajó mi anhelo,
y en él cayó mi anhelo, todo en ti fue naufragio!
Oh sentina de escombros, en ti todo caía,
qué dolor no exprimiste, qué olas no te ahogaron.
De tumbo en tumbo aún llameaste y cantaste
de pie como un marino en la proa de un barco.
Aún floreciste en cantos, aún rompiste en corrientes.
Oh sentina de escombros, pozo abierto y amargo.
Pálido buzo ciego, desventurado hondero,
descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!
Es la hora de partir, la dura y fría hora
que la noche sujeta a todo horario.
El cinturón ruidoso del mar ciñe la costa.
Surgen frías estrellas, emigran negros pájaros.
Abandonado como los muelles en el alba.
Sólo la sombra trémula se retuerce en mis manos.
Ah más allá de todo. Ah más allá de todo.
Es la hora de partir. Oh abandonado!"
Pablo Neruda
AVC
sábado, outubro 22, 2005
O "apertar do cinto"
O Ultimato que vem de baixo
Eça de Queiroz fazia a crítica no seu tempo: "Este governo não cairá porque não é um edifício; sairá com benzina porque é uma nódoa." Grande Eça. Cabe a nós desinfectar Portugal nas próximas legislativas, que espero não virem lá longe.
AVC
'Bater no ceguinho'
quarta-feira, outubro 19, 2005
Velhas novidades
Socorro Pátria...
Grito Abafado, aquele que se dá sem som,
que só se projecta quando é tarde demais...
Oh Portugal, por onde andas, diz-me!
Espera, não... antes grita, assinala a tua presença!
Tu que foste apanhado num barco que ruma sem norte,
para um destino que ninguém conhece...
Mas que todos lhe sabem o nome!
Essa devassa Europa
que ao dormir com o Deus do Olimpo,
deu origem a um continente filho do pecado...
Como pode um filho do pecado ser bom?
Tu, Portugal, és diferente!
Filho de valorosos homens, como Viriato e Afonso Henriques!
O teu povo, fiel à mais pura das Rainhas: a nossa,
Nossa Senhora dos portugueses!
A tua História não engana:
mereces um melhor Futuro oh País,
se queres ser coerente com o que passou...
Pátria minha, por favor, exige dos teus,
exige de nós que a "Lusitana Antiga Liberdade" volte a ti,
que te tratem e cuidem...
Vê por onde andas e avisa-nos que este é o nosso
Caminho para a Servidão...
Europa? Portugal. Portugal!
AVC
terça-feira, outubro 18, 2005
Temas vários
2. Embora parcial e tendencioso, como é difícil não ser nestas questões, um blog apesar de tudo interessante sobre episódios da Guerra da Guiné, que podem visitar através do link que disponho na secção aos links destinada, nesta página.
3. "Last but not least", quanto ao muito pertinente grito de alerta feito pelo meu amigo TAM em O Nosso São Martinho, que nos avisa acerca do acto cruel que infligiram não só à nossa vila de eleição como também a nós e a todos os quantos que sentem São Martinho do Porto de forma especial. De facto, a ideia com que fico de tudo isto é que o facto de as obras avançarem no dia logo a seguir às eleições autárquicas pode querer dizer muita coisa. Por um lado, se o Presidente não fosse reconduzido no seu mandato, ao menos os negócios prometidos não se iam deixar de realizar. Como se sabe, há ainda um espaço de tempo às tomadas de posse, e mais vale prevenir que remediar. Pelo outro lado, no princípio dos mandatos - e ainda por cima os recém-eleitos têm uma folgada maioria absoluta - é a altura de aplicar todas as impopularidades de uma vez, para depois haver 3 anos para recuperar a simpatia dos eleitores, que entretanto se vão habituar ao novo aspecto que São Martinho do Porto toma. Como diria Maquiavel, "O mal deve fazer-se todo de uma vez para que, sendo menos saboreado, ofenda menos. O bem deve ser feito pouco a pouco, para melhor se saborear."
AVC
segunda-feira, outubro 17, 2005
O Nosso São Martinho
Neste recém terminado fim-de-semana tive o prazer de passear por aquela que é a vila do meu coração e, quando não é o meu espanto, deparo-me com um cenário no mínimo invulgar: os plátanos centenários do largo tinham desaparecido; o paredão, que nos primeiros anos de vida me serviu como passeio de aprendizagem da arte de bem andar de bicicleta, estava parcialmente remodelado e, ao que parece, as mudanças suceder-se-ão a um ritmo acelerado. Pois bem, que as requalificações das zonas históricas e caracterizadoras das localidades portuguesas estão na moda, já todos sabemos. No entanto, e porque neste caso o sentimento de tristeza me afecta de forma peculiar, espero sinceramente que as requalificações que por aí se realizam sejas positivas, com vista a melhorar o espaço físico de que as localidades e os cidadãos dispõem e não uma "mudança estética", superficial, que serve somente para alterar as boas e seculares tradições de tantos e tantos lugares desse tão lindo Portugal!
Votos de que a Luz ilumine as mentes responsáveis pelo projecto de tal requalificação (e de tantas outras que por aí se fazem), tendo por certo que São Martinho não é uma vila vulgar merecendo, portanto, um acompanhamento especializado, atento e elucidado do valor que aquela deslumbrante baía representa, desde há bons e longos anos, para uma parte relevante da população portuguesa, principalmente lisboeta, que ali goza os seus momentos de diversão: férias, fins-de-semana, etc.
Estarei sentidamente atento, TAM
sexta-feira, outubro 14, 2005
Filosofia ou Erosofia?
Passando os dedos pelas páginas da "República" de Platão, um grande clássico da Filosofia Política, comecei a dar-me conta de uma aparente imprecisão quanto à definição do termo Filosofia. Sabemos, por várias obras sobre o Amor visto pelos antigos gregos, principalmente pelo "Banquete" de Platão, que há três tipos de Amor tratados:
- Agapê, o Amor que se move por superabundância, normalmente associado ao latim Caritas, Caridade;
- Eros, o Amor que, ao contrário de Agapê, se move por falta, que é inatingível porque se porventura o alcançarmos, ele morre (provavelmente o mais conhecido Amor Platónico);
- Philia, o Amor a que corresponde a amizade, não egoísta, altruísta, que pressupõe uma preocupação pelo bem estar do outro, sendo que o melhor exemplo deste tipo de Amor é a relação entre Pai e Filho.
Daqui, chegamos à construção clássica da palavra Filósofo que se aprende nas primeiras aulas de Filosofia, no Secundário:
Filos = amigo
Sofia = sabedoria
Filósofo = amigo do conhecimento, amigo da sabedoria, amigo do saber.
Até aqui, tudo bem. Sabemos que o Filósofo é, por excelência, o amigo do saber. Mas olhando para um dos principais ensinamentos de Sócrates, este argumento muda ligeiramente. Vejamos então, Sócrates tem a ideia que o verdadeiro conhecedor é aquele que sabe que pouco sabe - "Só sei que nada sei" - e que quanto mais sabe, mais sabe que muito mais há para se saber! É então um apaixonado pelo conhecimento, com sede de mais e melhor conhecimento. Mais, Sócrates diz na "República" que o Filósofo é a pessoa indicada, pelas suas qualidades, para exercer o cargo de governante na Cidade. No entanto, a Política está cheia de artimanhas, fingimentos, mentiras, encenações, logo o Filósofo rejeita sempre (com a excepção de Manuel Maria Carrilho, Filósofo?!) a hipótese de arriscar a sua "contaminação" pelas impurezas da Política.
É portanto uma relação de atracção-repulsa, esta gerada pelo Filósofo e a Política. É o Filósofo que deve governar a Cidade, no entanto, ao chegar a governante, este último é corrompido nas suas virtudes, deixando aos poucos de ser Filósofo.
Com isto, o Filósofo apaixonado pelo saber, ou melhor, enamorado pelo saber, tem um tipo de amor que o move que é muito mais parecido com o Eros que com a Philia, pelas suas características próprias. Pergunto eu: se a palavra Filosofia tivesse sido inventada por Sócrates, chamar-se-ia Filosofia ou Erosofia? Eu sinto-me mais inclinado à segunda hipótese.
AVC
terça-feira, outubro 11, 2005
Alegoria da Felicidade
Esta pintura data de 1564. Hoje continua bem real, esta felicidadezinha material. O controlo do mundo, a cornucópia da comida sem fim, os inimigos subjugados, a sabedoria ao dispor, mas velha... Para mim, esta não é a verdadeira felicidade, não é este o nosso verdadeiro propósito aqui na Terra. Mas por vezes somos (dis)traídos pelo mundano e acreditamos que sim. Acreditamos que somos invencíveis na nossa pequenez, insuflamos o nosso ego de tal modo que... voamos de vaidade. Sem sentirmos que deixámos a Terra lá em baixo!
Os meus votos de verdadeira felicidade a todos! E a mim, já agora.
AVC
segunda-feira, outubro 10, 2005
Felicitações, e não me levem a mal, aos candidatos vencedores dos municípios de Lisboa, Porto e Sintra onde ganharam a fidelidade, a determinação e a seriedade, respecticamente, contra a mediocridade de outras, tristes (Sr. Carrilho), candidaturas.
Trabalhemos e mudemos a tendência de diminuição da qualidade de vida dos munícipes, Bem Haja a todos os vencedores!
TAM
Carrilhadas
Inovações nas eleições
Para João Soares e para a sua conduta na noite das eleições, nada a dizer, portou-se bem. Para Mário Soares, que talvez inspirado nos casos de Oeiras, Leiria, Gondomar e Felgueiras quis arranjar uma maneira de se vitimizar com um processo que vai (espera-se!) a tribunal, para poder ganhar a eleição presidencial, não tenho palavras. Faço como o seu filho, recorro a alguém que gesticule por mim:
AVC
O caso de Polícia que passou a caso de Política
Infelizmente concordo contigo no teor da desgraça ocorrida em Oeiras, pela escassa diferença de menos de 2% dos votos. Que havia notícia de a candidatura independente ter disponibilizado viaturas para o transporte de pessoas desde as suas habitações em bairros sociais até às urnas, ninguém desmentiu. Mas também ninguém confirmou, pois a notícia foi prontamente abafada e não mais se falou nela. Um escândalo a encerrar uma campanha que foi toda ela escandalosa.
Tive a oportunidade de assistir como a campanha da candidatura de Teresa Zambujo estava rodeada por eleitores interessados no futuro da autarquia, e de assistir à campanha de jovens mercenários pagos pela campanha de Isaltino Morais a furar a outra campanha e a provocar situações de quase agressão. De um lado, a paciente forma de fazer campanha de uma maneira elevada. Do outro, um populismo agressivo e de um vale-tudo como nunca vi, nem em gravações de campanhas em países tidos como terceiro mundistas. Das outras campanhas para a Câmara de Oeiras, nada a dizer sobre candidaturas fantoche ao serviço da "máquina isaltinadora", como lhe ouvi chamar.
Partilho das mesmas preocupações e continuo abismado com a decisão da maioria relativa dos Oeirenses. Respeito essa escolha, mas não escondo que é um sapo difícil de engolir!
AVC
domingo, outubro 09, 2005
Eleições
À semelhança do que aconteceu em alguns outros conselhos nacionais, em oeiras, a vitória eleitoral foi alcançada por uma candidatura independente, de um dos ditos candidatos-arguídos.
Sempre considerei o Povo Português mais esclarecido quanto aos valores e aos exemplos que quer ver nos seus governantes...
Esse mesmo Povo, que tão lesta e prontamente se propõe a julgar qualquer grande ou pequeno erro do seu próximo, como se desempenhassem o papel de doutos juízes do mundo, neste caso não o fez... será por haver jogos de poder e trocas de favores envolvidos nestas estranhas e tão pouco dignificantes candidaturas?
Não pretendo aqui levantar falsos testemunhos, mas, os elementos que recolhi, em relação ao caso específico na periferia da capital portuguesa, levam-me a ter forte convicção numa menor respeitabilidade dos governantes em questão, que não só perdem a noção de decoro e do aceitável, como se abstêm de olhar a meios para atingir os fins almejados...
É claro que em tudo isto está presente uma imensa falta de respeito e de honestidade para com os cidadãos votantes, a qual me coíbo de classificar, pois teria de usar aqui palavras menos próprias para um blog de um nível muito superior ao dos que tentaria qualificar...
Com votos de que tudo isto seja um pequeno erro de percurso e de que a nossa (nobre e valente?...) nação se recomponha rapidamente de tamanho desfalque,
Com os melhores cumprimentos
JGMP
Viva Portugal!
Superstições
AVC
sábado, outubro 08, 2005
sexta-feira, outubro 07, 2005
Uma dúvida
"Quero fazer um apelo ao voto dos gays em Manuel Maria Carrilho, que é um candidato que nos apoia, não só em palavras mas em actos." António Serzedelo, Presidente da Opus Gay
Esta frase é fértil para que Manuel Maria Carrilho se mantenha à rectaguarda nos resultados eleitorais, tal como nas sondagens, claro. Mas abre a possibilidade de uma explicação para o não-aperto-de-mão de Carrilho: Não foi falta de educação meus amigos, o Manuel Maria quis foi agradar o loby gay! Ou o Carmona me dá um beijinho ou então não lhe falo...
AVC
Adivinha
AVC
quarta-feira, outubro 05, 2005
Viagem no tempo
O Feriado que celebra a Ferida
Cá vamos nós, pé ante pé, com cuidado para não fazer barulho, chegando ao famoso 5 de Outubro! Comemora-se um dia de folga, acima de tudo! É bom, diz-se por aí. Não se trabalha, passeia-se, aproveita-se os últimos raios de Sol quente deste Outono que teima em se mascarar de Verão. É bom e agradável principalmente por isto, porque não se trabalha! Mas esquecem-se as originais razões desta comemoração. Foi há 95 anos que nesta data se processou uma revolução organizada pelo Partido Republicano, que tinha uma expressão eleitoral menor à que hoje em dia tem o Bloco de Esquerda. Seguiram-se anos de uma instabilidade extrema a todos os níveis (pior que a de hoje). No entanto, no dia 4 de Outubro de 1143 foi assinado o Tratado de Zamora, que garantiu a independência de Portugal, deste país conquistado a suor e sangue pelos nossos primeiros Reis e Cavaleiros, mantido por uma longa linhagem de bons e menos bons governantes ao longo da nossa longa e rica História, e por fim espoliado, primeiro pelos republicanos de 1910, depois pelos persecutores de Abril, em 1974 e anos seguintes! Para conquistarmos a grandeza, quase 8 séculos. Para a esbanjarmos, pouco menos de um. Onde se quer chegar é que, involuntariamente, comemora-se o Enterro de Portugal e esquecemo-nos do seu Nascimento. Comemoramos a Ferida (5 de Outubro) e esquecemo-nos do Feriado (4 de Outubro). Por isso a nossa dor, por isso as nossas crises... porque preferimos lembrarmo-nos do princípio do fim e esquecermo-nos que um dia nascemos de verdade. E é sério: podemos nascer outra vez, apenas de nós depende. AVC |
terça-feira, outubro 04, 2005
O Tesouro que vem em Vasos de Barro
"Nós não nos pregamos a nós, mas ao Senhor
E apenas o fazemos, por Seu amor
Das trevas resplandece a luz, disse Deus
E foi Ele quem brilhou, no coração dos Seus.
Trazemos porém, este tesouro
Em vasos de barro
Para que se possa ver, vir de Deus
Esse poder.
Em tudo somos atribulados e perseguidos
Mas não desamparados e nunca vencidos
No nosso corpo levamos sem cessar
A morte de Jesus, para a Sua vida manifestar.
Sabemos que Aquele que O ressuscitou
Também ressuscitará, aqueles para quem olhou
E assim jamais iremos perder a alegria
Grande é o peso da glória que nos espera um dia."
AVC