quinta-feira, junho 29, 2006

os anti-Cristo

Discute-se, na actualidade, as implicações da poluição ambiental, da sonora, da energia nuclear, do aquecimento global, das políticas a curto prazo, das lixeiras a céu aberto, dos esgotos destapados, dos rios poluídos, das escolas com menos de 20 alunos, da falta de civismo nas estradas, da democracia viciada, das mudanças climáticas... e muito bem! São assuntos da maior importância e que devem ser discutidos e esclarecidos, seja para desalarmar posições, seja para alertar consciências. Todavia, e analisando áreas de construção institucional política e economicamente mais específicas, fiquei realmente preocupado.
Na construção destas organizações internacionais, nomeadamente da União Europeia, com toda a História que a antecede -desde a fundação da CECA, com o Tratado de Paris-, o Homem tem-se tornado, simultaneamente, o centro e a periferia da sua construção. Isto porque, na minha análise, retomaram-se os valores Humanistas Antropocêntricos e Iluministas Tolerantes, porém, afastaram -proprositadamente afastaram e denegriram- os Valores Cristãos (Católicos, na maioria dos Estados-membros, mas refiro-me aos da Cristandade em toda a sua generalidade), estes que tinham sido a matriz de toda e qualquer Civilização, ou de qualquer outra nomeação que se queira atribuir, Ocidental. Assim sendo, os Valores positivos, grosso modo, que "surgiram" no Iluminismo com espaço cultural em França foram laicizados, mas já existiam: tinham origem na Bíblia e nos Valores Cristãos.
Como se pode, então, numa Europa que se pretende aberta e construtiva, cândida e tolerante, coesa e com valores, afastar arrogantemente os Valores que, indubitavelmente, foram a base para o entendimentos dos Povos europeus e organização dos seus Estados?
Sinceramente, não percebo! E com isto não defendo que a União Europeia devesse inscrever na sua hipotética Constituição uma Religião Oficial, pois defendo a Liberdade Religiosa, consagrada generalizadamente com a promulgação da Lei de Separação da Igreja e do Estado, no entanto, considero que qualquer acção de boa-vontade deve ter por base a sua História, com todo o seu peso, para poder desejar o seu futuro. Ou melhor, ter um futuro.
Deste modo, o Homem, para a felicidade do qual tudo se direccionou, acabou por dificultar o seu caminho: colocou curvas onde a estrada era recta e acabou por se encruzilhar, num labirinto só miraculosamente ultrapassável. Com o desejo de Tolerância, aplicou a Ditadura aos Valores que o tinham orientado tornado-se, tristemente contudo com culpa própria, na periferia humana que tinha tudo para ter sido o centro do... nosso mundo. Não é, pois, de admirar, que a Constituição Europeia, especificamente, tenha pré-destruído todo um desejo que desde Victor Hugo habitava nos corações do Homem(uma unidade entre as europas, na Europa) e, em geral, o Homem tenha perdido os seus valores de Bem, Amor, Respeito, entre muitos outros, que na época Escura abundavam nos corações.
Sem História e sem Valores, tal como sem um Pai e uma Mãe, poucos desejos ascenderão ao Olimpo Consagrado!
TAM

3 comentários:

Anónimo disse...

não ias falar de chá?!

Anónimo disse...

Dentro da lógica da tua linha de pensamento estou de acordo.

No entanto...
...o ser humano dito civilizado, tanto na Europa como no mundo Ocidentalizado em geral, subleva-se à categoria de Deus de si próprio, auto e hetero criador- possuidor de plenos poderes de crença e criação ou descriação da mesma...

Desta forma acaba esse mesmo ser humano supostamente ocidentalizado, civilizado e tecnologicamente supremo por estar vazio de princípios, valores e intenções puras.

Desta forma acaba esse mesmo ser humano por regrar o seu fim espiritual...não menos que máquina renegada e em si auto programada para nao crer nela própria e nos outros... muito menos possobilitada na crença de algo que nos inflame como seres, pessoas, almas, corpos... e indivíduos de consciência e atitude!

Anónimo disse...

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