sábado, janeiro 07, 2006

Semelhanças, ou não.

Os Estados Unidos da América são, de facto, um país sem História, sem o peso de uma Tradição Cultural que se encontra em diversas Civilizações europeias, asiáticas, oceânicas, africanas, sul e centro americanas. Portanto, os norte-americanos são "filhos" da Civilização europeia, se é que ela é una, mais precisamente da Civilização britânica, dessa sim, é indubitável. E são-no porque, na minha perspectiva, não é iniciando uma Existência, mais ou menos densa, no século XVIII que se forma uma identidade. Muito menos uma identidade civilizacional intrínseca e peculiar.
Foi escrito que os Estados Unidos são a Segurança do Mundo e que, se não fossem eles, muito provavelmente Portugal estaria inseguro. Discordo totalmente! Se Portugal, ou qualquer outro país sem recursos naturais ricos, necessitasse de ajuda militar dos Estados Unidos muito provavelmente não a teria ou, quanto muito, tê-la-ia, porém, com uma factura altíssima a pagar. Não somos dependentes, não fomos dependentes, nem seremos dependentes de uma qualquer potência mundial e, para isso, conto convosco, Concidadãos, Portugueses de Sangue, Alma e Coração, pois períodos mais tormentosos já passámos, lembra-nos a nossa História(esta sim, concede-nos identidade própria) e vencêmo-los sempre!
No entanto, não nos desviemos com outras questões, a minha questão inicial foi clara e simples: Será que, se qualquer Estado se intrometesse na realidade política e militar de outro seria bem-aceite pela Comunidade Internacioal e, em particular, pelos Estados Unidos da América? Parece-me, ainda e sempre, que não. Todavia, os Estados Unidos da América fazem-no, com justificações intelectualmente diminuídas, tal como a das armas de destruição em massa que, afinal, não existiam. Podem ter ganho asas, mas talvez fossem realmente inexistentes, como relataram os Inspectores enviados em Missão antes da guerra que os Defensores do Mundo decidiram, com a sua estupidez natural, inciar. Iraque, Afeganistão, quem se seguirá? Daí o carácter arrogante e intrometido norte-americano que tão bem compreendemos. A minha intolerância vai para a elite branca, dirigente, arrogante, descendente dos primeiros colonos brancos e europeus, em geral britânicos, que ali se instalaram.
Antes deles já existíamos, nós, portugueses, há séculos, com conquistas gloriosas, e é bom lembrar Tempos idos, pois memórias há que são fracas. Viva o Tratado de Tordesilhas e tantos outros que nos fazem recuar na nossa extraordinária História, e demonstrar a Superioridade Nacional em relação a qualquer potência económica contemporânea, a qual incomoda tantas almas. Recordêmo-la para que não passe em vão, nestes tempos tão pouco preocupados com a Identidade Nacional.
Vamos seguir, semi-periféricos, com dificuldades económicas, contudo, dignos, honrados, com 900 anos de História, uma Civilização coesa e um Estado-Nação valente!
TAM

1 comentário:

Vanda disse...

Cá pra nós, não há muito em que se orgulhar qualquer país colonial que manteve sob seu jugo territórios nos mais longínquos continentes. Pilharam,escravizaram e dizimaram populações inteiras. Portanto, seria melhor abafar em vez de exaltar este lado sórdido da história, não só de Portugal, mas de tantos outros impérios coloniais. É claro que o colonialismo fez parte de um determinado momento da historia da humanidade em que era visto com naturalidade esse tipo de conduta. Uma época em que alguns seres humanos eram considerados superiores a outros, mas que hoje, não cabe mais esse pensamento em nossa civilização.