Pode parecer um cliché dizer que o centro comercial é a catedral do século XXI, mas mesmo assim há uma razão para o dizer. Tal como a catedral o era nos seus dias, também no nosso tempo é debaixo do tecto do centro comercial que toda a comunidade se junta e encontra.
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Enquanto a catedral gótica é sempre arquitectada numa lógica de olhar para cima e contemplar a obra de Deus, que não tem preço, o objectivo do centro comercial é que olhemos para baixo, para as obras do homem, onde todas elas são facilmente adquiríveis por um preço.
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Uma vez no centro comercial, os nossos olhos estão constantemente atraídos para o horizontal, pelas luzes intermitentes e as publicidades competidoras de cada loja. Estando dentro da loja, os nossos sentidos são continuamente assaltados pela insistente batida da música pop que nos é imposta, como que oprimindo o nosso espírito com a baixeza do tecto, a violência da luz artificial e as cores garridas do pandemónio de slogans e logotipos que nos chamam até para o mais ordinário dos produtos.
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As catedrais do século XXI estão menos feitas para nelas orarmos e contemplarmos, e mais feitas para nelas comprarmos e delas escaparmos, rapidamente, com os braços cheios de compras que na verdade não precisamos, e que realmente nem as queríamos.
Tradução muito livre e algo adaptada de "Plato's Children", de Anthony O'Hear
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Enquanto a catedral gótica é sempre arquitectada numa lógica de olhar para cima e contemplar a obra de Deus, que não tem preço, o objectivo do centro comercial é que olhemos para baixo, para as obras do homem, onde todas elas são facilmente adquiríveis por um preço.
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Uma vez no centro comercial, os nossos olhos estão constantemente atraídos para o horizontal, pelas luzes intermitentes e as publicidades competidoras de cada loja. Estando dentro da loja, os nossos sentidos são continuamente assaltados pela insistente batida da música pop que nos é imposta, como que oprimindo o nosso espírito com a baixeza do tecto, a violência da luz artificial e as cores garridas do pandemónio de slogans e logotipos que nos chamam até para o mais ordinário dos produtos.
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As catedrais do século XXI estão menos feitas para nelas orarmos e contemplarmos, e mais feitas para nelas comprarmos e delas escaparmos, rapidamente, com os braços cheios de compras que na verdade não precisamos, e que realmente nem as queríamos.
Tradução muito livre e algo adaptada de "Plato's Children", de Anthony O'Hear
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