Cada vez há mais países a quererem estar presentes no Espaço. Mas o elitista e restrito Clube do Espaço é dominado pelos Estados Unidos, que têm tentado afastar a China e outros países das suas ambições espaciais. Em reposta, a China está apostada em criar e liderar um novo género de clube espacial: o dos países emergentes.
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A China é uma potência que se quer afirmar neste Mundo, e o espaço não é apenas uma arena mais onde a China quer projectar poder. A conquista do Espaço significa muito mais que uma simples conquista. Um país que tenha um satélite no Espaço, é um país do século XXI. O satélite é um símbolo de status e de independência, e os chineses sabem disso, e assim apostam neste mercado de satélites, que sonham poder liderar. Está em causa o prestígio nacional chinês, está em causa a afirmação de um país na vanguarda dos avanços tecnológicos. Está em causa, acima de tudo, a disputa de um Espaço até hoje dominado pelo Ocidente.
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Apesar das desconfianças internacionais, tudo parece dar confiança à China para avançar nesta nova guerra fria. A China oferece mais abertura a propostas de outros países, oferece serviços mais baratos e ainda concede empréstimos, como vimos acima. Em África, só este ano, os empréstimos que a China fez são na ordem dos 7 biliões de dólares. Até os empréstimos são astronómicos. Na China, existem hoje 3 centros espaciais:
Beijing, Shangai e Harbin, estando um novo centro em construção na província de Hainan.
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Prevê-se que nos próximos anos, a China lance mais de 100 novos satélites que ajudem o país a construir mapas mais precisos e um sistema que substitua o GPS norte-americano, a prever a metereologia com mais rigor, a desenvolver projectos de televisões rurais e a contribuir para mais pesquisa científica. A China quer ainda contruir uma Estação Espacial em Marte e pôr um astronauta na Lua, a curto prazo. Grandes mudanças se estão a dar na Ásia distante, mas que nos vão afectar a todos num curto espaço de tempo. E nós concentrados no Iraque e na esquizofrenia do Médio Oriente, onde se apostam muito mais esforços do que aquilo que a região realmente vale.
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