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Afinal o que é isto do Ecumenismo? Um lugar onde algumas religiões conseguem encontrar pontes de entendimento entre elas? Ou um plano para que essas religiões percam as suas especificidades e abdiquem de alguns princípios para formarem uma super-religião que abranja todas elas? Penso que não é preciso ir tão longe. Vejamos.
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O diálogo ecuménico a nível de doutrina parece-me um ponto demasiado sensível. Deve ser feito para encontrar as semelhanças, mas também as diferenças. É importante encontrar aquilo que nos une, mas é igualmente essencial não esquecer o que nos divide, ou que nos dividiu até agora. Entendeu-se no princípio do século XX (nos encontros de Edimburgo em 1910 e Lausana em 1927, entre outros) que a existência de várias religiões cristãs afectavam a divulgação de algo que as une: o Envangelho. Nesse aspecto, os encontros ecuménicos que se seguiram foram importantes para tentar encontrar uma coerência na forma de anunciar a Palavra de Cristo. Valeu a pena.
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Que questões são essas? É aqui, parece-me, que podem entrar os verdadeiros objectivos construtivos do ecumenismo. Primeiro, a ideia que a existência de uma paz entre religiões é meio caminho andado para uma paz durável entre os povos que, sendo irmãos, são agora mais fraternos. Depois, é prioritário que haja um entendimento sobre a Justiça, a Paz e as questões ambientais e ecológicas (ou em linguagem ecuménica, a "salvaguarda da criação"). É por aqui que o ecumenismo deve continuar a avançar, numa acção concertada pelos valores comuns que os povos cristãos defendem.
"A doutrina separa, o serviço une."
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