terça-feira, novembro 29, 2005

Da Prudência

Tiziano - Alegoria do Tempo governado pela Prudência

A Prudência manda-nos que (nos) governemos de acordo com as nossas melhores características para cada circunstância e a cada momento da nossa vida, dinâmica e mutável. Não é uma banalidade, isto que digo. Ouçamos as palavras do Mestre Camões, que nos apresenta a importância da moral como finalidade da Prudência:

"E também, porque a santa Providência,
Que em Júpiter aqui se representa,
Por espíritos mil que têm prudência
Governa o Mundo todo que sustenta
(Ensina-lo a profética ciência,
Em muitos dos exemplos que apresenta);
Os que são bons, guiando, favorecem,
Os maus, em quanto podem, nos empecem;"

Luís Vaz de Camões - Canto Décimo de "Os Lusíadas"

Ouço os Antigos Grandes Professores e penso que por vezes não é banal dizer o óbvio, é importante até! São antigos valores que não se devem perder. Governemos pois as nossas emoções e instintos com Prudência nestes tempos, pois daí só sairemos favorecidos.

AVC

É preciso ter olho...

Aos que como eu deliram com passatempos do género "Onde está o Wally", recomendo estes sítios promovidos pelo novo site da Virgin Digital:

- Descobrir 74 bandas de música conhecidas numa imagem em http://pub.virgindigital.com/content/content.aspx?type=M1603&Ter=GB&Dest=W&Area=S

- Descobrir títulos de músicas num vídeo clip em http://www.virgindigital.com/watchtheVideo.htm

Se quiserem pôr as vossas descobertas na caixa de comentários, mais graça tem. À descoberta! É preciso ter olho...



AVC

segunda-feira, novembro 28, 2005

Escutas

Os participantes da cimeira Euro-mediterrânica consegiram «uma forte condenação do terrorismo, a mais dura que era possível aprovar», disse Tony Blair no fim, em conferência de imprensa.

Em relação ao conflito israelo-palestiniano registaram-se algumas divergências, razão pela qual os 35 países não chegaram a acordo sobre essa matéria para uma declaração final.

Mas como se escutou da conversa de Zapatero com o seu assessor, os israelitas estavam «intratáveis». Está explicado, portanto. Ainda se ouviu o Chefe do Governo espanhol dizer ao assessor para entregar e aprovar o documento, «esteja ele como estiver». Ah, bom. Então conseguiu-se aprovar o código de conduta contra o terrorismo. A política do desenrasca afinal não é exclusivamente portuguesa! É dos socialistas mediterrânicos, essa estranha espécie. E sabemos isso porque o Sr. Zapatero se esqueceu de desligar o microfone.


AVC

sábado, novembro 26, 2005

Brinde

Quero fazer um brinde ao Aveiro, que aqui se estreia a escrever com interesse e qualidade, e a todos os colaboradores do "Curtas e Rápidas"! Bom, e muito especialmente ao estimadíssimo Leitor, porque é a Vossa leitura que nos dá força na pena. À Vossa!

AVC

sexta-feira, novembro 25, 2005

Sobre Hobbes

Caro Tiago:

Como costume, apanhaste um tema interessante e de grande pertinência, principalmente nestes tempos em que se fala dos Estados Unidos da América como um Estado "Hobbesiano" (em matéria de Guerra). É inegável o papel preponderante de Hobbes na Filosofia Política moderna. A teoria de que não existe um "fim último" ou um "bem supremo" é interessante, embora a meu ver peque por ser uma visão demasiado positiva, cientista. Nesse aspecto, Hobbes é pouco conservador no ponto do que "deve ser", enveredando pelo caminho que era moda na altura e que era apologista da preponderância maquiavélica da verdade efectiva das coisas, da realidade, de "aquilo que é". Aí dizes bem, Hobbes desafia a moral dos "Antigos filósofos morais". Só que a linha que separa as novas moralidades de Maquiavel, Hobbes, Bacon e a Imoralidade é para mim muito ténue.

A meu ver, foram algumas destas "novas moralidades" do princípio da Era Moderna que nos conduziram a "positivismos éticos", que colapsam a moral com a realidade numa só dimensão, onde "o que é" determina "o que deve ser" e a maioria apropria-se e fala pelo todo, pelo colectivo, pela verdade, pela realidade. São ideias como estas que Karl Popper definiria como inimigas da Sociedade Aberta.

Um abraço,


AVC

Tributo à Filosofia

Em 1588 nasceu, na Grã-Bretanha, o Pensador Thomas Hobbes. Viveu nos séculos XVI e XVII, imediatamente após a época áurea do Renascimento e teve o privilégio de conhecer algumas Personalidades da História Universal como, por exemplo, Galileu.
Profundo conhecedor das obras e personalidades do Passado, Hobbes publicou obras relevantes, permitindo-me citar, entre elas, a seguinte: «Da condição natural da humanidade relativamente à sua felicidade e miséria», uma obra Sublime. No entanto, o que me leva a escrever sobre Hobbes é o facto de, tão grande Filósofo, ter defendido que não existe Finis Ultimus( Último Fim) nem Summum Bonum(Supremo Bem), rebatendo, deste modo, o que havia sido defendido, ao longo de séculos, pelos Antigos filósofos morais.
Proponho que pensemos sobre a temática supra-citada para, no mínimo, tomarmos posições sobre o assunto(tão relevante para a Filosofia da Ética) e compreendermos o que opôs Hobbes aos Filósofos seus anteriores.

TAM

quinta-feira, novembro 24, 2005

"Negra"

"Que estranha tatuagem Deus te deu,
vestindo-te da noite mais escura
que surgiu neste mundo e neste céu,
ó dramática e triste creatura!

De luto, assim, quem foi que te morreu,
ó tropical beleza, ó formosura?
- És a estátua cruel de quem sofreu
e grato momento à desventura.

Sempre de negro, ó virgem caprichosa,
a tua bôca é pétala de rosa
a noite do teu corpo perfumando...

E o teu olhar, humedecido e mole,
parece um brando sol, tal qual o sol,
parece mesmo o sol que está chorando!"

Tomaz Vieira da Cruz (1941)


AVC

quarta-feira, novembro 23, 2005

Ainda Columbano e também Antero

Para não vos tirar o incentivo de visitar o Museu de Arte Contemporânea de Lisboa para ver o «Soirée chez lui», tão pertinenemente indicado pelo superior post feito pelo nosso colaborador Tiago, deixo-vos aqui uma outra pintura não menos conhecida deste grande retratista que foi Columbano Bordalo Pinheiro. O retrato é de Antero de Quental, que recordamos também através de "O Palácio da Ventura".
Columbano Bordalo Pinheiro - Retrato de Antero de Quental

O PALÁCIO DA VENTURA

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d' ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!

Antero de Quental, in Sonetos

AVC

E-mail recebido

Por regra não costumo pôr no "Curtas e Rápidas" e-mails que recebo. No entanto, este vale a pena partilhar aqui, acerca de uma pobre República que tem os candidatos que tem...


Comunicado

A Associação das Agências de Viagem Portuguesas (AAVP) quer aqui anunciar, que apoia o candidato Mário Soares à Presidência da República pelas razões de seguida mencionadas:
Durante os anos que ocupou o Palácio de Belém, Soares visitou 57 países (alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitou 24 vezes e a França 21 vezes), percorrendo no total 992.809 KMS o que corresponde a 22 vezes a volta ao mundo.

1986
11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
06 a 09 de Julho - França
12 a 14 de Setembro - Espanha
17 a 25 de Outubro - Grã-Bretanha e França
28 de Outubro - Moçambique
05 a 08 de Dezembro - São Tomé e Príncipe
08 a 11 de Dezembro - Cabo Verde

1987
15 a 18 de Janeiro - Espanha
16 a 26 de Maio - Estados Unidos
13 a 16 de Junho - França e Suíça
16 a 20 de Outubro - França
22 a 29 de Novembro - Rússia
14 a 19 de Dezembro - Espanha

1988
18 a 23 de Abril - Alemanha
16 a 18 de Maio - Luxemburgo
18 a 21 de Maio - Suíça
31 de Maio a 05 de Junho - Filipinas
05 a 08 de Junho - Estados Unidos
08 a 13 de Agosto - Equador
13 a 15 de Outubro - Alemanha
15 a 18 de Outubro - Itália
05 a 10 de Novembro - França
12 a 17 de Dezembro - Grécia

1989
19 a 21 de Janeiro - Alemanha
31 de Janeiro a 05 de Fevereiro - Venezuela
21 a 27 de Fevereiro - Japão
27 de fevereiro a 05 de Março - Hong-Kong e Macau
05 a 12 de Março - Itália
24 de Junho a 02 de Julho - Estados Unidos
12 a 16 de Julho - Estados Unidos
17 a 19 de Julho - Espanha
27 de Setembro a 02 de Outubro - Hungria
02 a 04 de Outubro - Holanda
16 a 24 de Outubro - França
20 a 24 de Novembro - Guiné-Bissau
24 a 26 de Novembro - Costa do Marfim
26 a 30 de Novembro - Zaire
27 a 30 de Dezembro - República Checa

1990
15 a 20 de Fevereiro - Itália
10 a 21 de Março - Chile e Brasil
26 a 29 de Abril - Itália
05 a 06 de Maio - Espanha
15 a 20 de Maio - Marrocos
09 a 11 de Outubro - Suécia
27 a 28 de Outubro - Espanha
11 a 12 de Novembro - Japão

1991
29 a 31 de Janeiro - Noruega
21 a 23 de Março - Cabo Verde
02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe
05 a 09 de Abril - Itália
17 a 23 de Maio - Rússia
08 a 11 de Julho - Espanha
16 a 23 de Julho - México
27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha
14 a 19 de Setembro - França e Bélgica
08 a 10 de Outubro - Bélgica
22 a 24 de Novembro - França
08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França

1992
10 a 14 de Janeiro - Estados Unidos
23 de Janeiro a 04 de Fevereiro - India
09 a 11 de Março - França
13 a 14 de Março - Espanha
25 a 29 de Abril - Espanha
04 a 06 de Maio - Suíça
06 a 09 de Maio - Dinamarca
26 a 28 de Maio - Alemanha
30 a 31 de Maio - Espanha
01 a 07 de Junho - Brasil
11 a 13 de Junho - Espanha
13 a 15 de Junho - Alemanha
19 a 21 de Junho - Itália
14 a 16 de Outubro - França
16 a 19 de Outubro - Alemanha
19 a 21 de Outubro - Áustria
27 de Outubro - Turquia
01 a 03 de Novembro - Espanha
17 a 19 de Novembro - França
26 a 28 de Novembro - Espanha
13 a 16 de Dezembro - França

1993
17 a 21 de Fevereiro - França
14 a 16 de Março - Bélgica
06 a 07 de Abril - Espanha
18 a 20 de Abril - Alemanha
21 a 23 de Abril - Estados Unidos
27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha e Escócia
14 a 16 de Maio - Espanha
17 a 19 de Maio - França
22 a 23 de Maio - Espanha
01 a 04 de Junho - Irlanda
04 a 06 de Junho - Islândia
05 a 06 de Julho - Espanha
09 a 14 de Julho - Chile
14 a 21 de Julho - Brasil
24 a 26 de Julho - Espanha
06 a 07 de Agosto - Bélgica
07 a 08 de Setembro - Espanha
14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte
18 a 27 de Outubro - Japão
28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau

1994
02 a 05 de Fevereiro - França
27 de Fevereiro a 03 de Março - Espanha (incluindo Canárias)
18 a 26 de Março - Brasil
08 a 12 de Maio - África do Sul (Tomada de posse de Mandela)
22 a 27 de Maio - Itália
27 a 31 de Maio - África do Sul
06 a 07 de Junho - Espanha
12 a 20 de Junho - Colômbia
05 a 06 de Julho - França
10 a 13 de Setembro - Itália
13 a 16 de Setembro - Bulgária
16 a 18 de Setembro - França
28 a 30 de Setembro - Guiné-Bissau
09 a 11 de Outubro - Malta
11 a 16 de Outubro - Egipto
17 a 18 de Outubro - Letónia
18 a 20 de Outubro - Polónia
09 a 10 de Novembro - Grã-Bretanha
15 a 17 de Novembro - República Checa
17 a 19 de Novembro - Suíça
27 a 28 de Novembro - Marrocos
07 a 12 de Dezembro - Moçambique
30 de Dezembro a 09 de Janeiro 1995 - Brasil

1995
31 de Janeiro a 02 de Fevereiro - França
12 a 13 de Fevereiro - Espanha
07 a 08 de Março - Tunísia
06 a 10 de Abril - Macau
10 a 17 de Abril - China
17 a 19 de Abril - Paquistão
07 a 09 de Maio - França
21 de Setembro - Espanha
23 a 28 de Setembro - Turquia
14 a 19 de Outubro - Argentina e Uruguai
20 a 23 de Outubro -Estados Unidos
27 de Outubro - Espanha
31 de Outubro a 04 de Novembro - Israel
04 e 05 de Novembro - Faixa de Gaza e Cisjordânia
05 e 06 de Novembro - Cidade de Jerusalém
15 a 16 de Novembro - França
17 a 24 de Novembro - África do Sul
24 a 28 de Novembro - Ilhas Seychelles
04 a 05 de Dezembro - Costa do Marfim
06 a 10 de Dezembro - Macau
11 a 16 de Dezembro - Japão

1996
08 a 11 de Janeiro - Angola

Depois, o mandato de Soares acabou.


AVC

segunda-feira, novembro 21, 2005

Tributo à Pintura

No ano de 1857, neste dia, nascia aquele que mais tarde viria a ser um dos maiores pintores portugueses de sempre: Columbano Bordalo Pinheiro.
Nasceu em Lisboa, onde estudou e morreu. Porém, rumou em 1881 para Paris, para aprofundar a sua formação, com uma bolsa custeada(secretamente, na época) por D. Fernando de Saxe-Coburgo, viúvo da rainha D. Maria II. Na Cidade-Luz conviveu com grandes nomes da Pintura mundial, como Manet, e expôs o seu quadro «Soirée chez lui», muito bem aceite pela crítica de então.
Celebrizou-se na pintura de decoração e nos retratos. Tem, como imagem de marca e legado para a História Nacional, as pinturas da sala de recepção do Palácio de Belém, os painéis dos «Passos Perdidos», na Assembleia da República, e o tecto do Teatro Nacional.
Columbano Bordalo Pinheiro, lembrado entre nós principalmente pela bela avenida a que dá o nome, em Lisboa, merece mais: conheçamos a sua obra!

O famoso quadro «Soirée chez lui» pode(e deve) ser observado no Museu de Arte Contemporânea de Lisboa, com o título «Concerto de Amadores».
TAM

sábado, novembro 19, 2005

Boas notícias - Rio Alviela

Nascente do Rio Alviela

Francisco Moita Flores, recém-eleito Presidente Municipal da Camara de Santarém, prometeu reforçar a fiscalização sobre as empresas poluidoras do rio Alviela no concelho, nomeadamente os cortumes e os aviários. Em articulação com Alcanena, vai tentar resolver este problema ambiental.

São bastantes os peixes que aparecem a boiar nas águas de um rio que, na sua origem, serve as torneiras em Lisboa. Um vasto conjunto de engenhos de moagem funcionavam nas duas margens do rio até à década de 1970, quando ficaram impossibilitados de funcionar por motivos de poluição do Alviela. Para além disso, este é um curso de rio com uma paisagem muito aproveitável para fins turísticos, pois é dono de uma beleza natural inigualável, como se pode ver na fotografia. É de louvar que estes municípios ribatejanos tenham decidido ficar mais atentos ao seu Património Natural.


AVC

A Nossa Rede

O "Curtas e Rápidas" começa a apresentar uma rede nacional de comentadores, de Norte a Sul: Do Alto Douro, Jairz e Shaggy; da Beira Litoral, Aveiro e Pirata; da Estremadura, Tiago; do Ribatejo, Sandokan; do Alto Alentejo, LCR. Para melhor vos servir!

AVC

quinta-feira, novembro 17, 2005

A Vida começa no Ventre Materno

Munch - A Dança da Vida


AVC

"Lenda do Liz e Lena"

"Nasceu o Rio Liz junto a uma serra
No mesmo dia em que nasceu o Lena;
Mas com muita paixão, com muita pena
De seu berço não ser da mesma terra

Andando, andando alegres, murmurantes,
Na mesma direcção ambos corriam;
Neles bebendo as árvores chilreantes
Cantavam esse amor que ambos sentiam

Um dia já espigados, já crescidos
Contrataram casar, de amor perdidos
Num domingo, em Leiria de mansinho...

Mas Lena, assim a modo envergonhada
Do povo, foi casar toda enfeitada
Com o Liz mais abaixo um bocadinho."

José Marques da Cruz


AVC

quarta-feira, novembro 16, 2005

Anjos cantores

Jan Van Eyck - The singing angels

"(...) De facto, para além de serem mensageiros de Deus, enviados a comunicar a sua soberana vontade aos homens, os anjos louvam também o Senhor na liturgia celeste (...)" (cf. Apoc 8,2).


AVC

terça-feira, novembro 15, 2005

São Martinho (do Porto)

Pois é, meu Caro Sandokan, o mês de Novembro deve despertar a nossa memórias sobre São Martinho e, com ele, sobre a bela vila a que tão valoroso Santo dá o nome.
O dia de São Martinho, o 11 de Novembro, faz-me lembrar, quase obrigatoriamente, aquela bela vila, de seu nome próprio (São) Martinho, seu apelido (do) Porto que, apesar do respeito que merece, tem sofrido sucessivos "ataques" aos quais, decerto, sobreviverá.
De facto, nunca é demais relembrar a suposta requalificação(profundamente descaracterizadora)que têm levado a cabo, para já, na zona baixa da vila, que compreende a belíssima Avenida Marginal e o famoso Largo do Turismo, para que os responsáveis por tal habilidade(nefasta) não julguem que os São Martinhenses de alma e coração estão desatentos!
A lenda Do São Martinho está, pelo Sandokan, magnificamente contada de modo que, considero que a homenagem a São Martinho, para além de já manifestada por mim no comentário "O nosso São martinho", está bem presente no espírito de todos aqueles que têm o privilégio de disfrutar daquele extraordinário Pôr-do-Sol, envolto no ambiente mais acolhedor e charmoso que tive, até hoje e quiçá para sempre, o prazer de vislumbrar.
Continuo atento, continuamos preocupados e temo-lo demonstrado das formas possíveis, porém, talvez, insuficientes, jamais dignas de acompanhar a imensa beleza de que tenho o prazer de referir, de que temos o prazer de adorar.

P.S.- Quero deixar uma saudação peculiar aos meus amigos Sandokan, pela erudição dos seus comentários e pela preocupação que demonstra têr pela nossa praia de eleição e ao Tomás que, ao ter conhecimento deste blog, prontamente se preocupou em analisá-lo e comentá-lo e teceu relevantes elogios aos conteúdos e forma do mesmo, Obrigado (a estes dois, também eles, grandes São-Martinhenses de coração).

Homenagem

El Greco - São Martinho de Tours

"Num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante e gelada.

S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo.

E, apesar de mal agasalhado e de chover torrencialmente, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade.

Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor.

Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso."

Aos São-Martinhenses de terra e coração, que vêm a sua vila ser violentada pelo mau gosto de quem não olha à tradição. Derrubar árvores centenárias e descaracterizar a Avenida Marginal para fazer um relvado com bancos para idosos não é sério. Esquecem-se que os idosos de São Martinho do Porto são os que mais e melhores memórias têm do tempo que ali passaram, por entre os plátanos, junto à praia. É esta obra o pior que lhes podem dar.


AVC

segunda-feira, novembro 14, 2005

Aos admiradores de Tolkien

Para os fanáticos da saga "Senhor dos Anéis", aqui está um quiz para descobrirmos de que famílias da Terra Média descendemos...

http://quizilla.com/users/dphenreckson/quizzes/To%20which%20race%20of%20Middle%20Earth%20do%20you%20belong?/

Eu venho dos



E vós? A minha curiosidade pede-vos que depositem os resultados na caixinha de comentários...


AVC

sexta-feira, novembro 11, 2005

Antigas novidades

Quero avisar aos estimados leitores que, para nos protegermos do "spam" recorrente, introduzi um filtro para a caixa de comentários. Gostava também de partilhar aqui um recorte de jornal que anda a circular por estes meios internáuticos:


Quem disse isso? Esse mesmo:

E assim anda Portugal.

AVC

O voto nulo continua a dar que falar

Caro Pirata:

O Presidente da República tem poderes, mas poucos. Felizmente. O bom e mau uso desses poderes não são a maior causa do bom ou mau rumo que o país percorre. Felizmente. Logo, na sua feliz limitação de poderes, o Presidente pouco pode para fazer face a um bom ou mau Governo e a um bom ou mau Parlamento, esses sim, bastante mais poderosos. Um Chefe de Estado essencialmente representativo, como o PR é, deve ser acima de tudo um exemplo coerente, de união e constante nas suas funções.

Um exemplo coerente: a Família Real. Um exemplo de união: a admiração e maior consenso que a Instituição Real despoleta nos cidadãos. Uma constância nas funções: que só pode ser garantida com a continuidade de uma Monarquia.

Com isto, não é urgente dizermos basta e votarmos contra este sistema? Não é importante deixarmos de pactuar com este erro que nos vai vulnerabilizando a "globalizações" e nos vai enterrando na mediocridade de um sistema que defende a mudança do Chefe de Estado de 5 em 5 anos? Um sistema que deixa que o Chefe de Estado se suje em campanha com acusações, quando ele deve ser uma pessoa que reúna e não que desuna? E que elege um Presidente partidário, por mais que cantem outras tristes cantigas? Tristes cantigas sim, porque é triste. Não digo fados por o Fado ser Português, e não julgo que este seja o destino que Portugal merece.

Dizes bem, amigo Pirata, que o referendo deve ser realizado. Mas a seu tempo, primeiro precisamos de espalhar a palavra e esclarecer certos preconceitos de doutrinas Republicanas, Maçónicas, Abrilistas...

Para chegarmos a algum lado, uma maneira é votar nulo com um "Viva o Rei" ou um "Viva a Monarquia" inscrito no boletim de voto. Até sermos suficientes para nas estatísticas vermos aparecer:

Candidato A - %
Candidato B - %
Candidato C - %
Candidato D - %
Abstenção - %
Brancos/Nulos - %
Monárquicos - %

E assim crescer, com Portugal.
Um abraço,


AVC
Caro Sandokan, a referência ao voto branco foi um lapso da minha parte, que, como poderás verificar, já foi corrigido.
Quanto ao teu insistente apelo ao voto nulo, continuo a defender que ele não representa uma arma realista de combate, pela reimplantação da Monarquia em Portugal.
Como tal, o que temos dever e obrigação de fazer, é contribuir para que a nação tenha um chefe de estado tão capaz quanto possível, por forma a que se possa recolocar Portugal no bom caminho. Temos o dever de lutar com as armas que tivermos, não com as que gostaríamos de ter!
Como tal, podes chamar-lhe voto útil, se quiseres, já que busca a melhor alternativa para a Portugal.
Contudo, te garanto, assim houvera um referendo pela reimplantação da Monarquia, que o sim seria o local onde mais provávelmente cairía a minha "cruzinha".
Acima de Reis ou Presidentes, Portugal!

Direito de resposta

Caro amigo Pirata:

Agradeço desde já a tua opinião, que vem contribuir para o reacendimento deste debate que tem sido bastante interessante e que está longe de gerar concordâncias.

Penso que te equivocaste ao dizer que eu apelava ao voto branco, quando eu na verdade apelei ao voto nulo. No entanto, penso que a tua intenção não fica desvalorizada por isso. Eu apresentei o post "O porquê do voto nulo" como uma sugestão a quem sente o quão desconfortável é viver numa República democrática, mas presidencial. E, ao mesmo tempo, quer exercer o direito de voto, para uma melhor cidadania. Então, uma possível solução, e a meu ver a melhor, é a do voto nulo, bem mais expressivo e forte que o voto branco profetizado pelo Nobelizado das Canárias.

Acredito que muitas pessoas estão na mesma situação, duvidosos quanto ao que fazer nas próximas eleições presidenciais, e alguns apresentando outras alternativas sérias tal como vemos no http://voto-branco.blogspot.com , gentilmente indicado pelo "Misantropo Enjaulado".

Sinto que não fujo em demasia à verdade se te disser que tu defendes que practiquemos o chamado "voto útil", pois nestes próximos anos não teremos uma Monarquia (que se trata de dar um Rei à República!), só a longo prazo. Porém, este voto (f)útil só nos alargará ainda mais esse prazo. Se não começarmos a agir de imediato, quando mudaremos este sistema? Ser patriota e pensar em primeiro lugar em Portugal não é fazer tudo para que o que está mal, mude? Ou será alinhar nos erros e adiar ainda mais o sistema que mais nos convém, a Nós Portugueses?

Para além disso, não compreendo a tua insistência em votar nestes candidatos presidenciais, embora respeite, pois claro. Mas, vemos concorrer duas pessoas que foram talvez das que mais gravemente feriram a Nossa Pátria nos últimos anos, desde o 25 barra 4: o descolonizador errático e o catedrático de Boliqueime. Depois, outros dois que feririam Portugal mais ainda, se pudessem. Felizmente, pouco podem. E não te estou a ver votar no vate estatuado vivo.

Não me sinto num dilema entre ser Português ou ser Monárquico. Isso não existe. Sou Português e sou Monárquico e as duas coisas convivem na perfeição em minh'alma, pois são da mesma natureza patriótica.

Um grande abraço,


AVC

Monárquicos ou Portugueses?

Não pude deixar de ler o apelo ao voto nulo aqui feito pelo Sandokan, mas, após reflectir sobre o assunto, cheguei a uma simples conclusão, que me fará votar nas eleições presidenciais, mesmo reconhecendo eu as vantagens do regime Monárquico.
Todos nós, antes de sermos Monárquicos, somos Portugueses, logo, o interesse nacional, deveria estar acima do interesse Monárquico, todos queremos servir Portugal!
Ora, no presente, como vivemos numa República governada por um presidente, não podemos servir a nação se não exercermos o direito ao voto, mas não ao voto em branco.
Passo a explicar:
Ao votar nulo, estou a mostrar o meu apoio à Casa Real, mas, em nada estou a servir a nação, já que descuro a escolha do que para ela melhor seria.
Assim sendo, o voto em branco não tem qualquer utilidade prática, e, ainda para mais, faz-nos perder a oportunidade de dar a Portugal, dentro do possível, o que cremos como sendo o melhor.
Como tal, recuso-me a dizer Via o Rei, sem primeiro afirmar com convicção Viva Portugal!
Com todo respeito por Sua Alteza Real o Sr. D. Duarte, mas meus senhores, votem, por amor a Portugal!
J.G.M.P.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Interessante - CNE

Soube que hoje (dia 10) houve cerca de 40 conferências em Lisboa no âmbito do Congresso Internacional para a Nova Envangelização. É de louvar, uma cidade em torno do que importa, uma capital a acordar!

AVC

Não tenhais medo

Quem pensava que o "Curtas e Rápidas" tinha acabado, está muito enganado... só esteve parado uns dias, mas já cá está a prometer novos posts! Eh, Eh, Eh...

AVC

terça-feira, novembro 01, 2005

O porquê do voto nulo

A intenção do meu voto, provavelmente, pouco interessa para a maioria dos e-leitores deste blog. No entanto, sei que há muitas almas com o mesmo problema que eu, com a chegada das eleições que se aproximam.

Sou por uma ideia de que deve haver mais (e melhor) cidadania. Então, por isso, voto. No entanto, sou monárquico e como qualquer monárquico, deparo-me com a dúvida sobre o que fazer aquando das eleições presidenciais. Sendo coerente com a ideia de mais cidadania, a abstenção fica, a custo, posta de parte. Assim, sobram duas opções para mostrar o discordância para com o sistema presidencial: ou o voto branco ou o voto nulo.

Infelizmente, um premiado Nobel que me irrita profundamente, defendeu à pouco tempo num livro que o melhor voto de protesto seria o voto em branco. Mas o voto nulo pode querer dizer mais alguma coisa, talvez uma discordância maior. Por isso e pelo facto de o voto branco ser bandeira de alguém por quem a minha consideração é também pálida, voto nulo. Escrevo no boletim "Viva o Rei" e fico bem com a minha consciência enquanto cidadão e também enquanto monárquico. Não vou fazer (para já) campanha pelo voto nulo, mas fica antecipadamente já aqui a minha sugestão, para todos aqueles que verificam a mesma desconfortável situação...


AVC

1 de Novembro de 1755

Gravura ilustrativa do Terramoto e Tsunami de 1755 em Lisboa.

Hoje lembra-se uma tragédia com 250 anos. Podemos falar de um marco incontornável na história dos lisboetas e sua terra. Desde 1755, a cidade de Lisboa não mais foi a mesma...

Sobre o tema do Terramoto, aconselho com bastante fervor uma conferência na próxima 5ª feira, dia 3, no Palácio da Independência (Praça de São Domingos), pelas 21 horas, e que encerra um ciclo de conferências sobre o tema, que tem sido de um interesse e uma qualidade muitíssimo elevados.


AVC