Meu Caro Sandokan:
O meu comentário ao grande filósofo Thomas Hobbes não assume, certamente, um carácter valorativo, porém, tentei analisar os factos objectivamente de forma a não me deixar influenciar pelas minhas ideias pré-concebidas sobre o Pensador e as temáticas por ele abordadas. Deste modo, devo sublinar que, de facto, há quem considere os Estados Unidos da América um "Estado hobbesiano", o que, tendo em conta o clima de guerra quase permanente, parece corresponder à verdade(ou à tentativa de a encontrar). Devo, contudo, salientar que o intuito que me levou a escrever sobre Hobbes foi o de realçar dois conceitos que me suscitam grande interesse: nao existir Finis Ultimus, nem Summum Bonum, contrariando assim combativamente os Antigos filósofos morais que, em número e qualidade, se dedicaram a esta área do Saber. Não me parecendo, ao contrário de Vossa Senhoria, que a Nova Moralidade de Hobbes e outros da mesmíssima Era Moderna se aproxime da Imoralidade, trata-se somente de uma evolução conceptual que pode ser compreendida como natural, tendo em conta o contexto histórico, filosófico e social em que surgiu(o Renascimento-que siginifica Novos Tempos e com ele surgem novas ideias- como oposição à Idade Média, apesar de se tratar de um período cronológico fronteiriço).
Agradeço a amabilidade do teu comentário e a atenção(que muito me honra) atribuída ao meu texto expositivo. Abraço, TAM
P.S. Peço desculpa pela demora a responder, mas as responsabilidades quotidianas nem sempre permitem o tempo que desejava ter para contribuir para o Curtas.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
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