Estamos na véspera da Noite de Natal e apetece-me reflectir sobre o Natal. Não sobre a época consumista em que vivemos, sempre rodeados de presentes e da preocupação de adquirir mais lembranças, para esta e para aquela pessoa a quem, por vontade inata ou por obrigação social, temos de presentear como demonstração de afecto. Nada mais errado! O verdadeiro Amor pode perfeitamente surgir em palavras, num pequeno cartão de boas-festas escrito por nós, ou numa mensagem transmitida verbal e pessoalmente. Todavia, deixemos essas questões de "natal" para outra altura, visto que já somos invadidos por elas quotidianamente, seja de forma voluntária ou involuntária.
Pois bem, a minha reflexão dirije-se ao Natal enquanto celebração de algo Superior a nós, ao Nascimento de Jesus Cristo, e ao processo histórico(sim, porque a História está presente nas nossas vidas, mesmo que seja moda afirmar-se que não, não há nada mais errado do que renegar a sua influência e importância) que levou a que se escolhessem datas emblemáticas como forma de Celebração, nunca por nunca de forma aleatória. O Natal surge, como supra-citei, como Celebração do Nascimento de Jesus Cristo, porém, inicialmente, o Natal não era festejada pela Igreja Católica, passando a sê-lo em meados do século IV d.C., por fixação do Papa Júlio I, no dia 25 de Dezembro, visto desconhecer-se rigorosamente a verdadeira data do Nascimento do Menino Jesus. Então o que terá levado Sua Santidade, o Papa Júlio I a definir este dia como O Dia? É uma questão à qual se responde com alguma facilidade: esta data prende-se com a Saturnália, do Povo Romano, bem como com as festas Germânicas e Célticas do Solstício de Inverno. Assim sendo, com o decorrer das festividades pagãs, a Santa Madre Igreja viu uma forma de Cristianizar a data, com o episódio fulcral de toda a Sua Existência. Contudo, o movimento de Oposição é uma constante na História e também nesta matéria ele se insurgiu: alguns houve que comemoravam a data a 6 de Janeiro, no entanto, o 6º dia do Ano-Novo passou a associar-se à chegada dos Reis Magos e não ao Nascimento do Menino.
Sob influência franciscana surge, a partir de 1233, o Presépio, como forma de reconstruir a cena do Nascimento. Mais tarde, no século XVI, surge a Árvore de Natal, enfeitada de luzes como símbolo de Cristo, a Luz do Mundo.
Deste modo, devemos ter presente, neste e em todos, que o Natal é a vinda de Jesus Cristo, o Cordeiro sem Pecados, que veio ao Mundo para tirar o Pecado, Morreu por nós e voltou aos Céus.
Votos de um Santo Natal a todos os leitores do "Curtas", bem como para os que para ele contribuem. TAM
sexta-feira, dezembro 23, 2005
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1 comentário:
Grande Tiago:
Vibrante, o teu post. Sempre me incomodou a ideia de que a data do nascimento de Cristo foi definida a 25 de Dezembro por ser a data das celebrações pagãs, uma vez que não se sabia ao certo a data do nascimento de Jesus. No entanto, eis que surge uma teoria que refuta essa tese e defende que Jesus nasceu de facto no dia 25 de Dezembro. Convido-te a lê-la:
http://www.pensabem.net/artigos/ler/?id=707
Consola-me mais, esta ideia. E consola-me também imaginar que o Papa Júlio I terá tido acesso a estas provas para sustentar a escolha do dia!
Um forte abraço e um Santo Natal.
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