sábado, dezembro 31, 2005

Bem-Vindo, Napoleão

Podia fingir que venho escrever para assinalar a Passagem do Ano, o que também é verdade, mas não só. Venho, antes de mais, dar as Boas-Vindas ao meu Amigo Napoleão Bonaparte, que se estreia como comentador do "Curtas e Rápidas". Assim, espero que aprecies tanto contribuir para o Curtas como eu tenho apreciado e que sintas semelhante prazer(enorme, por sinal) em dar, receber e trocar informações, que tão preciosas são para a nossa formação enquanto Cidadãos esclarecidos.
Permite-me, então, que inverta o sábio provérbio nacional e que to dedique na medida em que considero que, muito sumariamente, ele te poderá definir(desculpa a tentativa de te caracterizar em tão simples palavras) como Ser Humano extraordinário, que eu sei que és, como Cidadão esclarecido, que também és, e como Comentador exemplar, que sei que procurarás ser. Pois bem: Porque luzes e és de ouro, porque brilhas e és de prata, és com certeza alguém Especial!

Para ti, meu Amigo, com um Abraço do tamanho do mundo e votos de uma extraordinária Passagem de Ano, bem como para todos os Leitores e Comentadores do Curtas.
Tenham um Próspero e Pacífico ano de 2006! TAM

sexta-feira, dezembro 30, 2005

"juramento da bandeira"

Foi com enorme prazer que faço e farei parte deste enorme blog. Estou eternamente agradecido, e espero corresponder da melhor maneira. Estou extremamente contente e penso que vou aprender com todas estas pessoas que mostram ter um enorme sentido de cultura. Obrigado e espero que também aprendam comigo. Um grande abraço a todos.

Por PORTUGAL enquanto é tempo!

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Confiar no Sono

(...)
Não gosto de quem não dorme, diz Deus.
O sono é o amigo do homem.
O sono é o amigo de Deus.
O sono é talvez a minha mais bonita criação.
Eu próprio repousei ao sétimo dia.
Aquele que tem coração puro, dorme. E aquele que dorme tem o coração puro.
É o grande segredo infatigável como uma criança.
De ter como uma criança esta força nos jarretes.
Esses jarretes novos, essas almas novas
E de recomeçar todas as manhãs, sempre novo,
Como a jovem, como a nova
Esperança. Ora dizem-me que há homens
Que trabalham bem e que dormem mal.
Que não dormem. Que falta de confiança em mim!
É quase mais grave do que se trabalhassem mal mas dormissem bem.
Do que se não trabalhassem mas dormissem, porque a preguiça
Não é maior pecado do que a inquietação
E até é um menor pecado do que a inquietação
E do que o desespero e a falta de confiança em mim.
Eu não falo, diz Deus, de esses homens
Que não trabalham e não dormem.
Esses são grandes pecadores, já se sabe. É bem feito para eles. Grandes pecadores. Pois que trabalhem!
Falo de aqueles que trabalham e não dormem.
Lamento-os. Falo de aqueles que trabalham, e que assim
Nisso seguem o meu mandamento, pobres crianças.
E que por outro lado não têm coragem, não têm confiança, não dormem.
Lamento-os. Levo-lhes a mal. Um poucochinho. Não confiam em mim.
Como a criança se deita inocente nos braços da mãe assim é que eles não se deitam.
Inocentes nos braços da minha Providência.
Têm a coragem de trabalhar. Não têm a coragem de não fazer nada.
Têm a virtude de trabalhar. Não têm a virtude de não fazer nada.
De se distenderem. De se repousarem. De dormirem.
Infelizes não sabem o que é bom.
Governam muito bem os seus assuntos durante o dia.
Mas não me querem confiar o governo durante a noite.
Como se eu não fosse capaz de assegurar esse governo durante uma noite.
Quem não dorme é infiel à Esperança.
E é essa a maior infedelidade.
Porque é a infedelidade à maior Fé.
(...)

Charles Péguy - O Pórtico do Mistério da Segunda Virtude (tradução de Henrique Barrilaro Ruas)


AVC

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Presépio Siciliano

Acabamos esta pequena exposição de alguns Presépios do Mundo com este belo exemplar, Presépio da Sicília feito em terracota, também de 1986:

Mas, para aqueles cuja curiosidade aguçou com esta exposição, recomendo a visita aos restantes Presépios em http://www.museodelpresepio.com , ou então visitar a própria terra de Dalmine, na Lombardia (Itália), onde o Museu do Presépio funciona. Uma boa continuação de um Santo Natal para todos vós, estimadíssimos leitores e colaboradores do "Curtas & Rápidas"!


AVC

Presépio Australiano

Manejando cuidadosamente o Globo, eis que chegamos à Austrália, onde somos presenteados por esta magnífica representação da cultura aborígene na arte de fazer presépios:


Nossa Senhora com Jesus Menino: curto em número de figuras mas minucioso e cuidado. Feito pela tribo Kija em 1986, esta é outra obra de arte que pode ser encontrada no Museu do Presépio de Dalmine, em Itália.


AVC

terça-feira, dezembro 27, 2005

Presépio Birmano

Como prometido, aqui continuamos a divulgar presépios de outras zonas deste Mundo. Hoje, um presépio da Birmânia, um dos meus preferidos:


Difrutem por vós...

AVC

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Presépio Tailandês

Continuando a celebrar o nascimento de Jesus, agora em comunhão com outros povos da Terra, aqui apresento um exemplar de um presépio tailandês:


Nos seguintes dias, vamos continuar com uma amostra de outros presépios de outros lados deste Mundo, embora ele seja redondo. Percebem-me, não é?

AVC

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Natal, o Original

Estamos na véspera da Noite de Natal e apetece-me reflectir sobre o Natal. Não sobre a época consumista em que vivemos, sempre rodeados de presentes e da preocupação de adquirir mais lembranças, para esta e para aquela pessoa a quem, por vontade inata ou por obrigação social, temos de presentear como demonstração de afecto. Nada mais errado! O verdadeiro Amor pode perfeitamente surgir em palavras, num pequeno cartão de boas-festas escrito por nós, ou numa mensagem transmitida verbal e pessoalmente. Todavia, deixemos essas questões de "natal" para outra altura, visto que já somos invadidos por elas quotidianamente, seja de forma voluntária ou involuntária.
Pois bem, a minha reflexão dirije-se ao Natal enquanto celebração de algo Superior a nós, ao Nascimento de Jesus Cristo, e ao processo histórico(sim, porque a História está presente nas nossas vidas, mesmo que seja moda afirmar-se que não, não há nada mais errado do que renegar a sua influência e importância) que levou a que se escolhessem datas emblemáticas como forma de Celebração, nunca por nunca de forma aleatória. O Natal surge, como supra-citei, como Celebração do Nascimento de Jesus Cristo, porém, inicialmente, o Natal não era festejada pela Igreja Católica, passando a sê-lo em meados do século IV d.C., por fixação do Papa Júlio I, no dia 25 de Dezembro, visto desconhecer-se rigorosamente a verdadeira data do Nascimento do Menino Jesus. Então o que terá levado Sua Santidade, o Papa Júlio I a definir este dia como O Dia? É uma questão à qual se responde com alguma facilidade: esta data prende-se com a Saturnália, do Povo Romano, bem como com as festas Germânicas e Célticas do Solstício de Inverno. Assim sendo, com o decorrer das festividades pagãs, a Santa Madre Igreja viu uma forma de Cristianizar a data, com o episódio fulcral de toda a Sua Existência. Contudo, o movimento de Oposição é uma constante na História e também nesta matéria ele se insurgiu: alguns houve que comemoravam a data a 6 de Janeiro, no entanto, o 6º dia do Ano-Novo passou a associar-se à chegada dos Reis Magos e não ao Nascimento do Menino.
Sob influência franciscana surge, a partir de 1233, o Presépio, como forma de reconstruir a cena do Nascimento. Mais tarde, no século XVI, surge a Árvore de Natal, enfeitada de luzes como símbolo de Cristo, a Luz do Mundo.
Deste modo, devemos ter presente, neste e em todos, que o Natal é a vinda de Jesus Cristo, o Cordeiro sem Pecados, que veio ao Mundo para tirar o Pecado, Morreu por nós e voltou aos Céus.
Votos de um Santo Natal a todos os leitores do "Curtas", bem como para os que para ele contribuem. TAM

Horizonte longínquo

Uns dizem, outros respondem. Todos têm razão, todos falam de acordo com os óculos com que vêem o seu mundo e o mundo dos outros... mas não será a verdadeira felicidade esta de cima? Esta constante Peregrinação no Mundo, onde nos cultivamos e nos despojamos ao mesmo tempo do inútil, onde nos vamos tornando melhores, cada vez mais leves, até estarmos prontos para voar para Deus? O horizonte é longínquo mas belo... e a Peregrinação continua, agora livre de leis da gravidade.

AVC

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Um dia foi respondido - II

"Nunca deixo de ter em mente que o simples facto de existir já é divertido." (Katherine Hepburn)

AVC

Um dia foi dito - II

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe." (Oscar Wilde)

AVC

Um dia foi respondido - I

"Quando procuraste a companhia de uma satisfação sensual... - depois, que solidão! Porquê debruçares-te a beber nos charcos dos gozos mundanos, se podes saciar a tua sede em águas que brotam para a vida eterna?" (São José Maria)

AVC

Um dia foi dito - I

"Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas." (Goethe)

AVC

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Para dias como este

Claude Monet - Comboio na neve (1875)
Em dias de frio como o de hoje, o que apetece mesmo é uma confortável viagem de comboio, numa carruagem acolhedora, com a companhia certa, a caminho de lugar desconhecido...
AVC

terça-feira, dezembro 20, 2005

Debate ou Entrevista?

Embora a minha campanha seja pelo voto nulo, não me abstenho de comentar algumas injustiças, mesmo que tenham a ver com os candidatos presidenciais. Neste caso, a última injustiça recaiu sobre o Catedrático de Boliqueime e a sua origem já é recorrente: os jornalistas, ou jornaleiros, como preferirem, que temos.

Primeiro, enganaram-nos ao dizer que ia haver um debate. Não houve, o que houve foi um candidato a ser entrevistado por três jornalistas, dois profissionais e outro que também se intitula profissional, só que político. Mas enfim, aí os jornalistas profissionais não tiveram culpa, penso eu. O grande barrete veio a seguir, quando os editores dos dois principais jornais portugueses ditos "de referência", o Público e o Diário de Notícias, atribuiram a vitória no debate àquele que diz não ter problemas de próstata.

Então não foi o Professor que apontou sempre na direcção do futuro e das propostas? Não é isso que interessa num debate, as propostas? E desde quando é que um "entrevistador" ganha um "debate"? Como podem os ataques pessoais ser aplaudidos pelos "Jornais de Referência"? Ou o Mundo anda ao contrário, ou querem-no pôr de pernas para o ar! Eu não simpatizo especialmente com nenhum dos candidatos, mas houve um que saiu injustamente maltratado...

Após mostrar o meu pesar pela atitude destes "opinion makers", continuo a reforçar a ideia que não é assim que se une o País. Para representar os Portugueses, não se pode dividir, não se deve caluniar assim os candidatos. Atenta contra a respeitabilidade que se exige da figura que respresentará Portugal ao mais alto nível. É aqui que reside uma das vantagens da Monarquia! E um dos muitos desencantos desta República... Por Portugal, votar nulo com a inscrição de um" Viva a Monarquia!" no boletim de voto é a solução que proponho.


AVC

Ainda o Voto Nulo

Na importante discussão sobre qual o melhor voto de protesto - se o voto branco, se o nulo - eis que aparece um artigo esclarecedor, embora num blog bastante distante da minha concordância em vários outros assuntos... Vejamos então: http://filhodo25deabril.blogspot.com/2005/12/653-o-voto-nas-presidenciais-corrigido.html

A estes votos de protesto acrescentando uma mensagem consonante em relação à nossa preferência pela Monarquia, teremos um cada vez maior número de "votos na Monarquia", lançando desta forma o verdadeiro debate que há muitos anos tem vindo a ser adiado! Como? Da maneira já atrás proposta no "Curtas & Rápidas", mais concretamente aqui:
http://curtaserapidas.blogspot.com/2005/11/o-voto-nulo-continua-dar-que-falar.html


AVC

segunda-feira, dezembro 19, 2005

São Francisco Xavier - Abrir com som


No "Lusitana Antiga Liberdade", descobri esta bela página sobre a aldeia de Xavier e os 500 anos do nascimento de São Francisco. Para nosso deleite: http://www.javier2006.com/en/intro.php


AVC

domingo, dezembro 18, 2005

A última oportunidade de levar este Natal a sério

Josefa de Óbidos - O Menino Jesus Salvador do Mundo (1673)

Eis-nos chegados à última semana antes do Natal. Alguns já fizeram as compras todas, outros ainda têm algumas para comprar, e o Natal vai-se tornando nisto: numa compra. A festa e a alegria compram-se nesta época, custa dinheiro mas é mais fácil do que sermos nós a festa, sermos nós a alegria. E assim vamos esvaziando todo o significado do Natal, nesta correria das compras, sem nos lembrarmos sequer da origem de toda esta celebração. Celebrar os anos de alguém sem o termos presente pelo menos no nosso pensamento é estranho, não é? É bom que não esqueçamos o verdadeiro sentido daquilo que é a festa verdadeira do nascimento de Jesus. Temos uma semana para nos lembrarmos especialmente d'Ele!

AVC

"Curtas e Rápidas" utilitário

O "Curtas e Rápidas" deixa aqui uma dica de carácter utilitário. Como nos preocupamos com o Vosso bem-estar, deixo aqui uma solução para um mal de que todos sofremos, numas ou outras ocasiões: o mau-hálito. Um bom anulador para o mau-hálito é comer um yogourte natural, de preferência magro! Se não for magro, também faz efeito, embora seja mais breve. As pastilhas elásticas, pelo contrário, pouco resolvem porque após o sabor desaparecer, nota-se que o hálito forte muitas vezes continua. No entanto, o yogourte natural não deixa especial sabor na boca, neutraliza o hálito por bastante mais tempo. Espero que esta informação vos seja útil. Bem-hajam!

AVC

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Abstracto

Joan Miró - Amanhecer

Um quadro, muitas interpretações. Na caixa de comentários, a de cada um.

AVC

Uma dúvida

Será que delirei ontem, quando ouvi o candidato Jerónimo de Sousa falar que a Europa deve evoluir para um neo-liberalismo? Nós sabemos o que o "camarada" quer... mas as suas palavras atraiçoaram-no. Ou não?

AVC

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Tranquilidade de fim de dia

Susie Mac - Sunset

Quem disse que a tranquilidade era fria, feita de azuis e verdes?

AVC

Paisagem

Manuel Jesus Salgado Ribeiro - Campo Florido
Uma forma simples mas optimista de olhar para o dia de amanhã. Um bom dia!
AVC

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Notas de uma Conferência

Houve ontem à noite, como aqui foi anunciada, a conferência sobre "Como ser Jovem Profissional Católico no dia-a-dia", pelo D. Manuel Clemente - Bispo Auxiliar de Lisboa. Alguns testemunhos principiaram a conferência, mostrando o seu exemplo pessoal de como se pode conciliar o ser católico com o ser um bom profissional, e mais: como uma coisa pode melhorar a outra.

Foram três testemunhos, dos quais: um Engenheiro Agrónomo, um Advogado e um Médico Dentista. Para além da alegria bastante juvenil de cada um expor o seu ponto de vista, retive alguns pontos que são importantes para eles, tal como passarão a ser para mim. Muito resumidamente:
  • A frase de São Paulo, que diz: "Sou forte quando sou fraco."
  • A ideia de que "Amar é diferente de Acreditar" - os demónios também acreditam em Deus, mas amar é um passo acima.
  • No local de trabalho, a importância de ter algo que lembre Jesus (nem de propósito, na altura em que se discute a retirada dos crucifixos nas escolas).
  • O caminho da Santificação do trabalho, pela oração do Terço, pela participação na Santa Missa e pela Caridade.
  • Não podemos ser esquizofrénicos, isto é, combater a tendência para sermos cristãos só 1 hora por semana e depois sermos "outras pessoas" no resto da semana.
  • Tentar ver Cristo nos outros.

Logo a seguir, D. Manuel Clemente tomou a palavra e, das muitas preciosidades que nos transmitiu, ocorrem-me algumas que aqui partilho. Começou, pois, citando a carta sobre a Igreja na Cidade, escrita por D. José Policarpo no dia 8 de Setembro de 2005 que, embora ainda não tenha lido, fiquei com acrescida vontade de a visitar. No seguimento da exposição, voltou a ser referido São Paulo com a frase "É Cristo que vive em mim" - forte frase que nos faz pensar na maneira de estarmos no mundo e que reforça a ideia de "Tentar ver Cristo no próximo", antes abordada. Com isto, D. Manuel Clemente rematou este pensamento com a nota de que "ao pé de cristãos que o são a sério, sentimo-nos em casa". Não podemos, pois, e como já tinha sido sugerido, ser esquizofrénicos. Temos de levar a vida de Cristo a sério.

Jesus Cristo trabalhou na carpintaria em Nazaré a maior parte da sua vida na Terra. Devemos então seguir-lhe o exemplo também aqui, santificando o nosso trabalho e oferecendo-o a Deus, com Amor. "A vida divina" - diz o Bispo Auxiliar de Lisboa - "é a vida comunitária!". Jesus também viveu em comunidade, para os outros. Para além disso, D. Manuel deixou-nos outro exemplo de vida comunitária, talvez o maior: "A relação do Pai com o Filho, com o amor do Espírito Santo". Uma última nota em relação ao trabalho e aos seus frutos: "Respirar, sendo libertadores", isto é, não querer tomar posse dos resultados, seja dos honorários de um trabalho, seja do prestígio que com ele se ganha: "Tudo é para Deus".

Ressaltou ainda a importância dos testemunhos, lembrando aquilo que o Papa Paulo VI disse em 1965: "O mundo de hoje acredita mais nas testemunhas que nos mestres, e só aceita os mestres se forem testemunhas". Com graça, D. Manuel Clemente acabou dizendo: "Neste momento onde a História está a acelerar, a cada nova resposta surgem dez novas perguntas. Os jovens profissionais católicos devem preparar-se para mostrar a verdadeira resposta, tal como aqueles que são jovens à mais tempo!"

Ensinamentos para o cristão recordar muitas vezes.

AVC

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Como ser Jovem Profissional Católico no dia-a-dia

Amanhã, dia 13 de Dezembro, na Universidade Católica Portuguesa (pólo de Lisboa), vai haver uma conferência sobre “COMO SER JOVEM PROFISSIONAL CATÓLICO NO DIA-A-DIA”. Se o tema já de si é interessante, então a escolha do orador não nos deixa alternativa a não ser... ir. Proferida por D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, terá lugar no Auditório 1 às 21h30m. Terá também a presença e os testemunhos de alguns jovens.

AVC

sábado, dezembro 10, 2005

Mordaças

Em ditaduras, os rebeldes e os discordantes eram amordaçados pela censura, que lhes negava o direito de falarem livremente sobre tudo o que quisessem. Em muitos casos, e correndo o risco de ser politicamente pouco correcto, com bons frutos. Há ideologias que são autênticos cancros na sociedade, e que se devem combater de pequeninas. A questão é o método de o fazer.


Sim, o método. É que hoje também há notícias e informações filtradas, a um nível muito maior que no passado! A diferença está pois no modo de aplicar a censura. Dantes, à força. Hoje, encapotadamente. Dantes, sabia-se quem a fazia e as suas causas. Hoje, há uma censura sem rosto e de causas obscuras. Sou contra a censura violenta, registe-se. Mas esta censura é muito mais perigosa...

Sempre que se faz escolhas na redacção para decidir o que se publica ou não, e aquilo a que se dá maior destaque, há censura. Sempre que uma notícia aparece enfeitada de adjectivos elogiosos ou prejudiciais a algo ou a alguém, é pior que censura: é mentira. Um artigo aparecer como notícia e afinal ser um artigo de opinião, não é sério e revolta. E depois, o que está por detrás de tudo isto? Depende. Interesses pessoais, interesse público - raramente -, interesse de lobbies, interesses diversos.

O grande problema é as pessoas darem crédito a tudo o que lêem, acreditando em tudo o que vêem. Uma maneira moderna de censurar sem recorrer à força é dizer que alguém é mentiroso, ou doido, ou desiquilibrado. Se esse alguém quiser responder, ninguém o vai levar a sério, porque é mentiroso, doido, desiquilibrado. Vamos virar então o feitiço contra o feiticeiro, em nome da verdade! Denunciemos quais os orgãos de comunicação social que são mentirosos, delirantes, desiquilibrados. Assim talvez se ganhe alguma coisa em abono da verdade.

AVC

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Explicação

Este último post "O Amor e a Esperança", foi produzido num workshop chamado "Blogs, Deus e o Futuro" que teve lugar nas celebrações dos 500 anos após o nascimento de São Francisco Xavier, e que reuniu em Cernache, perto de Coimbra, cerca de 500 pessoas a rezar, maioritariamente jovens, entre os dias 2 e 4 de Dezembro do presente ano.

Foi bonito, foi bom, criou lideranças e inflamou em nós o espírito missionário, sempre actual e hoje em dia especialmente importante. Fizeram-se variados workshops onde cada um cresceu na fé e na intimidade com Deus, fez-se missões de rua pela cidade de Coimbra, conviveu-se, criaram-se laços, aprendemos bastante a vários níveis. Inesquecível, é o que me ocorre dizer!



O AfterXav foi só o princípio das celebrações dos 500 anos do nascimento deste Santo missionário! Os próximos eventos adivinham-se Grandes, e concerteza serão aqui noticiados com antecedência. Para mais informações e para ver outros textos do workshop, aconselho vivamente o leitor a dar um pulo ao "Optimista por Opção", linkado aqui ao lado, e a disfrutar deste Blog que vale a pena.


AVC

O Amor e a Esperança


Num confortável ambiente de uma paz enorme, provocada pela presença de Deus na suave melodia que abraçava a sala, sentei-me e acomodei-me numa poltrona onde folheei alguma poesia do Padre José Tolentino de Mendonça, materializada no livro "De igual para igual". Já conhecia outro livro dele, "Baldios", e intrigou-me se o espirito com que Tolentino escreve tinha ou não mudado de um livro para o outro.

Em pouco mudou: fala-nos do Amor, de um Amor que nos dá angústia, dor, incertezas e, principalmente, cria-nos bastantes dificuldades para espalharmos e pregarmos algumas certezas (poucas) que temos. É como um rol de osbtáculos que cresce sem parar, como uma imagem, que vejo projectada na parede da sala em que medito. Realismo e pessimismo andam muitas vezes de mãos dadas. Ora, Tolentino ao ser realista nesta angústia, é por vezes bastante pessimista.

Neste caso, sou mais sonhador e vejo com melhores olhos a frase de Diotima que Eugénio de Andrade cita nos posfácio do livro de Tolentino e que diz: "Amar é desejar a perpétua possessão do bem." Transmite-me mais esperança e optimismo, e penso que é disso que precisamos.

Cernache, 3/12/2005


AVC

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Hobbes-me? Eu não...

Caro Tiago:

Leio com interesse os teus artigos e satifaz-me saber que este nosso diálogo tem sido seguido pelos nossos fiéis leitores. Com certezas, afirmo e reconheço que Thomas Hobbes é uma figura incontornável no pensamento político moderno. Embora nos dias de hoje seja mais conhecido enquanto o tigre de pelúcia de Calvin, Hobbes foi talvez o mais revolucionário dos filósofos da chamada modernidade porque, pela introdução de conceitos como o de "Estado de Natureza" ou de "Soberania", condicionou os termos em que as questões da filosofia política foram colocadas daí em diante. Neste aspecto, assumiu um papel fundamental como poucos.

Tudo isto reconheço e não desvalorizo. Ataco isso sim a sua teoria política, que defende um absolutismo delirante e altamente propenso a resvalar numa Tirania, a mais terrível das formas de Governo. A unicidade do Poder como Hobbes vê, o seu conceito de Soberano que levita acima da lei, toda esta falta de freios nesta cavalgada de um Poder cada vez maior é contra o nosso conceito de um Governo Limitado pelas Leis, pelos Direitos dos cidadãos e pelo Consentimento popular (à maneira de John Locke, outro grande filósofo da modernidade).

As ideias de que não existe um Finis Ultimus, nem um Summum Bonum pecam, como já disse anteriormente, por serem demasiado cientistas e Hobbes propor-nos que a Moral é o que é analisado cientificamente, e não o que deve ser. Os conceitos de Finis Ultimus e de Summum Bonum são efectivamente morais e regem o nosso comportamente, definem o nosso Norte, enfim, ergue em nós uma conduta ética de actuação na vida. Ora, a falta destas fasquias comporta uma fraqueza espiritual não vista até então, a fraqueza de quem não vê para além da ciência. E como sabemos, a ciência não traz resposta para tudo. Para além disso, esta ideia atenta contra a liberdade individual de cada um, sendo que é-nos imposto que devemos acreditar apenas no que é palpável e não nos dá espaço, a meu ver, para pensarmos e transcender nos aspectos onde é preciso procurar a verdade mais além.

Para além disso, não vejo grande inovação desta ideia comparando com a ideia de um moderno mais antigo, Nicolau Maquiavel, que dizia que ninguém consegue ser "perfeitamente bom" nem "magnificamente mau". Vem muito na mesma linha e a inovação não é, penso eu, tão completa como isso. Fico à espera de uma resposta a esta atrevida provocação! Um abraço,


AVC

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Tributo à Música

Em 1791, neste dia, morreu precocemente o grande Compositor Wolfgang Amadeus Mozart.
Nasceu a 27 de Janeiro de 1756, em Salzburgo, na Áustria. Foi o sétimo, e último, filho "do mais belo casal de Salzburgo": Leopold Mozart e Anna Maria Pertl.
Começou a estudar Música com o seu pai, Leopold, também ele um grande Compositor de música de Câmara, da Corte do Arcebispo Sigismund Von Schrattenbach; o seu carácter genial rapidamente foi notado, visto ter aprendido a primeira peça com quase cinco anos, em 24 de Janeiro de 1761. A partir desse dia seguiram-se interpretações notáveis e, mais tarde, obras Magníficas, regidas pelo bom-gosto de ouvido que Mozart possuia extraordinariamente.
Morreu, aos 35 anos, tendo deixado, contudo, obras-primas da Música universal: compôs Música Vocal secular, Sacra, Instrumental e de Câmara.
Tudo na vida deste génio parece ter decorrido precocemente(o início da aprendizagem, a composição e a sua morte), porém, cabe-nos a nós que não seja esquecido(pois, caso acontecesse, também se poderia considerar precoce e, principalmente, injusto)... o esquecimento de um Grande Génio deve ser tudo menos precoce e, preferivelmente, não se deve verificar.
Conheçamos então a obra de Mozart e aprendamos a tirar prazer da Sublime Música do século XVIII.

TAM

Ainda Hobbes

Meu Caro Sandokan:

O meu comentário ao grande filósofo Thomas Hobbes não assume, certamente, um carácter valorativo, porém, tentei analisar os factos objectivamente de forma a não me deixar influenciar pelas minhas ideias pré-concebidas sobre o Pensador e as temáticas por ele abordadas. Deste modo, devo sublinar que, de facto, há quem considere os Estados Unidos da América um "Estado hobbesiano", o que, tendo em conta o clima de guerra quase permanente, parece corresponder à verdade(ou à tentativa de a encontrar). Devo, contudo, salientar que o intuito que me levou a escrever sobre Hobbes foi o de realçar dois conceitos que me suscitam grande interesse: nao existir Finis Ultimus, nem Summum Bonum, contrariando assim combativamente os Antigos filósofos morais que, em número e qualidade, se dedicaram a esta área do Saber. Não me parecendo, ao contrário de Vossa Senhoria, que a Nova Moralidade de Hobbes e outros da mesmíssima Era Moderna se aproxime da Imoralidade, trata-se somente de uma evolução conceptual que pode ser compreendida como natural, tendo em conta o contexto histórico, filosófico e social em que surgiu(o Renascimento-que siginifica Novos Tempos e com ele surgem novas ideias- como oposição à Idade Média, apesar de se tratar de um período cronológico fronteiriço).

Agradeço a amabilidade do teu comentário e a atenção(que muito me honra) atribuída ao meu texto expositivo. Abraço, TAM

P.S. Peço desculpa pela demora a responder, mas as responsabilidades quotidianas nem sempre permitem o tempo que desejava ter para contribuir para o Curtas.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

1 de Dezembro de 1640

D. João IV - quadro no Palácio de Vila Viçosa

Em 1640, neste dia, o Rei D. João IV, Duque de Bragança por ascendência de D. Nun'Álvares Pereira, tomou o poder com a ajuda de alguns fiéis lutadores. O 1º de Dezembro é tradição porque foi nesta data que voltámos a conseguir a independência, que os espanhóis nos tinham roubado e que hoje comemoramos. Foi o princípio da dinastia de Bragança, que ainda hoje se apresenta como credível solução para representar o nosso país ao mais alto nível.


AVC