quinta-feira, maio 25, 2006

Jerusalém: Mito ou Realidade?

A partir de 1187, Jerusalém nunca mais seria reconquista pelos cristãos, no entanto por um breve período de tempo, esta seria devolvida a Frederico II. Frederico II, Imperador do Sacro Império Romano-Germano, excomungado pelo Papa, tenta estabelecer tréguas com os sarracenos. de modo a cair nas boas graças do Papa, facto conseguido por um período de 10 anos, mas mesmo assim o Papa nada fez para o comungar novamente. No entanto Jerusalém não ficaria nas mãos dos cristãos por muito tempo, este conseguiu apenas um pacto entre Al-Kamil, para possibilitar a peregrinção cristã à Terra Santa em segurança. Este é o exemplo que melhor arranjo para descrever o falhanço das cruzadas, mas que demonstra muito bem, por um lado, o desejo pela Terra Santa.
Jerusalém na época das cruzadas
Jerusalém tem uma grande carga simbólica, pois seria o sítio onde Jesus teria ressuscitado, Maomé teria ascendido ao Paraíso, aqui se encontrava o túmulo de Adão e o Templo se Salomão, ou seja, Jerusalém aparece assim como mito paras as três religiões: Muculmanos, Cristãos e Judeus.
E colocamos a questão: Qual das três religiões tem mais direito nesta cidade Santa? Esta pergunta continua a ressoar nos dias de hoje, com a mortandade que se verifica na cidade. Só com respeito mútuo se conseguirá uma paz duradoura e proveitosa para todos. A cidade não pertence a uma só religião, mas a todas. Como cidade Santa deverá simbolizar a paz e o respeito deverá ser a palavra de ordem. Esse ideal nunca alcançado, ainda hoje aguarda a sua realização.
Eu coloco a pergunta: Será que o Reino dos Céus, não está em lugar nenhum, mas na mente e coração dos crentes?
TSM

1 comentário:

Tiago disse...

O Reino dos Céus não está em lugar algum porque está em todo o lado. Ou melhor, é O Lugar(o Mundo é fruto de uma Criação)! Não é isso, TSM? De facto, é lugar de culto para várias religiões e, hoje, a escolha de qual a governará nem se coloca... ou não se devia colocar. Porque, como a História já nos ensinou, é melhor coabitarmos, habitarmos de forma multicultural e multilinguista do que tentar o poder a uma voz e depois acabam por perder todos.
Portanto, o retrato histórico sublime que tu escreveste, agora tem de passar para o campo da Diplomacia... a Jerusalém terrestre é de todos e não é de ninguém!
Parabéns por mais um post de ALTÍSSIMA QUALIDADE, com um Abraço, TAM