Pergunto agora, depois de ler o texto do último post (Sim ou Não, com que Razões? - Parte 1 - ponham o rato sobre a imagem e esperem q apareça um ícone no canto inferior direito. Cliquem lá para ampliar), se as razões pelas quais discutimos a legalização da interrupção voluntária da gravidez serão as mais válidas.
Com todo o respeito pelos factores sociais, económicos, de saúde, e todos os outros que são de todos nós sobejamente conhecidos, mas parece-me que no texto que leram temos o maior, sobre o qual menos nos podemos pronunciar - a vida que perde a sua oportunidade de singrar.
Quem somos nós para decidirmos se uma vida vai poder ser boa?
Consciente de que cada caso é um caso, e tem por isso as suas especificidades muito próprias, acho que este deve ser o maior critério, quando decidirmos tomar uma opção de voto.
Será que uma constituição que prevê o direito à vida, e é absolutamente contra a pena de morte, permite que se silenciem os inocentes por conveniência, tantas vezes, financeira?
Por ainda não ter nascido não é vida? Alimenta-se, tem orgãos, mexe-se, tem um metabolismo próprio, mas não é vida?
Por estar fisicamente dependente de outra pessoa perde os seus direitos?
Perde o direito de ter uma oportunidade?
Por ser vulnerável é descartável?
Não será uma exploração do mais fraco no seu expoente máximo?
E mesmo para a mulher que toma essa opção, não é uma humilhação, por-se à frente do seu filho, pensar antes em si e depois no outro, correr um risco para matar?
A que sociedade levará isto? Possivelmente a uma em que cada um siga por si. Em que a solidariedade será um mito do passado.
Deixo-vos com estas questões, e outras melhor formuladas, que podem encontrar em www.independentespelonao.org.
Despeço-me com esperança na reflexão séria,
João Moreira Pires
quinta-feira, janeiro 11, 2007
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