Enquanto decorre o concurso dos "Grandes Portugueses", está também em curso a votação das 7 maravilhas de Portugal, ideia do ex-Ministro centrista Freitas do Amaral. Dos vários monumentos em avaliação, vale a pena reparar quantos deles tiveram sérias e importantes intervenções de recuperação durante a época do Estado Novo. Depois de vermos isso, falamos se Salazar tem ou não condições para estar na lista do 10 "Grandes Portugueses". Afinal, as maravilhas arquitectónicas de Portugal que tanto nos insuflam o ego de portugueses, e que talvez sejam o mais consensual legado identitário que temos, não existiam como as conhecemos sem os "Grandes Portugueses" que as construiram e sem os "Grandes Portugueses" que as conservaram. Neste aspecto, Salazar é grande. Sinto-me à vontade para o dizer, até porque a minha escolha é D. João II.
Ontem, por exemplo, passei por Porto de Mós. Peço-vos para olhar para a fotografia desta Vila, que aqui ponho. Foi aqui que viveu um dos valorosos heróis português da reconquista, D. Fuas Roupinho, Alcaide-mor daquela terra e companheiro de D. Afonso Henriques. Vêem aquelas torres que se erguem no horizonte, coroadas com pináculos verdes? Este belo castelo parece-vos saído de um conto de fadas? Pois bem, é fruto de uma livre reconstituição histórica feita, não a partir daquilo que o castelo foi, porque não se conhecem registos de como ele seria no início, mas sim feita a partir daquilo que o castelo podia ter sido. Reconstituição feita no Estado Novo, como quase todos os castelos e monumentos portugueses que conhecemos e que não estão em ruínas. Políticas à parte, não é possível olhar para o património nacional sem reconhecer a grandeza daqueles que tiveram a iniciativa de o preservar e/ou reconstituir.
1 comentário:
Boa tarde descobri o vosso blog por acaso. Como sou de porto de mós fiquei contente por ver este post.
um abraço,
pedro oliveira
http://vilaforte.blog.com/
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