quinta-feira, fevereiro 08, 2007

o Ambiente, Senhores(as)

Tivemos hoje, em solo Nacional, aquele que muitos dizem ter sido o 43º Presidente democraticamente eleito dos Estados Unidos da América(uma vergonha à moda antiga e ditatorial, pois já nem na América Latina mais sofisticada a manipulação é tão vergonhosa). O Sr. Al Gore está em Portugal e vem falar, na sequência da sua recente actividade ecológica, sobre a necessidade de travar a poluição ambiental -começando cada um em sua casa- e tentar compensar os malefícios que têm vindo a atrocidar o planeta(ainda é possível, por exemplo, restituir integralmente ao Homem, num espaço de meia dúzia de décadas, a simpática camada do Ozono, que tanto nos protege). Com isto não se pretende a paralisação das indústrias, o abandono do Ar-Condicionado, ou o fim da ajuda química aos solos. Pretende-se somente que estas actividades tenham em atenção o Ambiente, que se moderem ou que, muito facilmente, tenham manutenção regular no equipamentos -como o desejado e vulgarizado Ar Condicionado, mesmo quando não é necessário.
O triste é sermos espectadores passivos... julgando que tudo está perdido torna-se mais fácil estarmos acomodados e sem problemas de Consciência. Porém, para além da morte(e há quem defenda que nem esta), nada é irreversível! Ah, também é triste ter de vir um norte-americano para nos explicar, ou tão basicamente alertar para, esta realidade. É pena não termos tido, todos, aulas com a minha Estimável Professora de Inglês do 10º ano... muito mais que anglófona ou teórica, era culta, bem-educada e diligente. Ao invés da História da Família Real Britânica, gastava tempo e atenção a explicar-nos que as fontes de energia eólica são só uma de muitas, que naturalmente temos. E que o mundo vive para lá das "bombas" a Gasolina 98 octanas, para transporte de indivíduos solitários, todavia, marcantes.
Doutoras de hoje à moda antiga, a ensinar Doutores de amanhã mas sem (Ambiente) futuro!

TAM

2 comentários:

Sandokan disse...

Caro Tiago, não considero que seja assim tão triste vir cá um americano para nos falar de ciência, afinal é assim que funciona o Mundo de hoje. Vicissitudes da globalização! Mas claro que preferia que fosse um português! De qualquer maneira não gosto muito do Gore e das suas Al-Gorias exageradas, com recorrente piada fácil que ataque a administração Bush. Afinal é de questões ambientais que se fala ou de uma campanha eleiçoeira democrata?

Quanto à referência que fazes às eleições de 2000, já falámos disso. A democracia não ganhou, mas ganhou à mesma a vontade popular através da república que também no povo se baseia. O colégio eleitoral eleito é representativo e por isso faz arredondamentos. Tudo previsto, menos a possibilidade daquilo que aconteceu em 2000 se dar. É um caso muito raro, o único em 200 e tal anos de História. O facto de Bush ter ganho mais Estados que Al Gore deu-lhe ainda mais força legítima para desempatar a situação.

Um grande abraço

Tiago disse...

Julgo que todos preferimos: o que é nosso ao que vem de fora, em primeira análise e por princípio.
Em relação às eleições norte-americanas de 2000 já falámos. Ou melhor, ouvi-te como um discípulo e como mestre te considerei. Das melhores e mais credíveis explicações que tenho lido. És um bom Cientista. Grande Abraço!