Expandimo-nos, com a Dinastia de Avis, para Ceuta. De Lagos, D. Henrique, Infante de Portugal, anexou ao Reino os Açores, a Madeira, Ceuta e pequenas cidades do Norte de África.
O Príncipe Perfeito, homem de grande visão, com evidentes faculdades políticas, negoceia o Tratado de Tordesilhas com Castela-Aragão dos Reis Católicos. D.João II abre-nos deste modo o domínio hegemónico do Atlântico Sul e prepara as expedições que, com Bartolomeu Dias, prenunciam a exploração das Tormentas. Com o Venturoso D. Manuel I(Imperador do Comércio Mercantilista, "Senhor da Conquita e Comércio da Etiópia, da Pérsia..."), D. vasco da Gama chega à Índia das Especiarias, o destino, ou a partida, da Rota do Cabo que arruina a do Levante e toda a organização terrestre muçulmana. A Modernidade aproxima-se do planeta, mostrando os Novos-Mundos ao Mundo(Medieval): cria-se o Moderno(no sentido de percursor de uma das grandes Épocas da História) Estado Português da Índia, Vice-Reino. "Por mares nunca dantes navegados/.....Em perigos e guerra esforçados, mais do que prometia a força humana/ E entre gente remota edificaram/ Novo reino, que tanto sublimaram.", canta o grande Luís vaz, Camões de Portugal, de Goa e de Macau, Poeta Universal, entre os Maiores.
Lisboa tremeu; Sebastião José de Carvalho e Melo organiza uma equipa projectista e executória e reergue uma velha capital europeia, mais rectilínea e geométrica que nunca. "Valeu a pena? Tudo vale a pena/Se a Alma não é pequena"... de Pessoa, o melhor e mais complexo se espera, e tem. Entretanto, ainda que "orgulhosamente sós", com a Itália na manga, o estado do Estado não era social nem diplomaticamente famoso... das motivações mais humanas e bondosas que do interior se executavam, Aristides será decerto um de valorosos exemplos; o Senhor Salazar, comedido, porém ciente do nosso peso e relevo imperial, tinha opositores/inimigos políticos à altura que, em pleno espaço vermelho, de cortar a respiração, discursavam do púlpito aos camaradas soviéticos marxistas-estalinistas. Cunhal em tom de herói disfarçando a outra(ditadura) por entre o pardo véu.
São estes que, da primeira década do Século XII à segunda metade do Século XX, nos representam... enquanto território, Nação, Pátria, Língua, Tradições, Costumes importados; a nossa Cultura e a nossa História, encarnadas em Personalidades. Poucas, as suficientes, destemidas, engenhosas, marcantes. Em traço diacrónico, na História de milhões, só se mostra o melhor e o melhor de alguns. Mas certamente alguns dos melhores!
Ao eleito, juntar-se-ão todos estes. A estes 10, juntar-se-ão os demais 90. E a todos eles, juntar-nos-emos todos nós e todos que por cá passaram... e teremos então a estimativa de todos e de todo o valor que este Condado, Reino, Protectorado/Suserano Político, Império, República, já conheceu.
É também aqui que reside a nossa Magnificência, portanto, não deixemos -nem agora, nem nos resultados da votação- que a oposição se sobreponha ao Prazer e Pundonor de sermos Portugal.
TAM
São estes que estão a votos, mas somos todos nós o Universo da Amostra:
http://www.rtp.pt/wportal/sites/tv/grandesportugueses/finalistas.php
2 comentários:
Caro Tiago, este postal que desenhaste com palavras está um primor para mais tarde recordar. Muito obrigado por este contributo tão valioso, não só para este humilde blogue, como também para toda a blogosfera. Um grande abraço e parabéns! Voto D.João II
António...Depois de redigires o "maus (ab)usos da religião e da política" vens-me falar em primor? É simpatia tua, que és um Grande Português. Mas bem deves saber que é daqueles temas que me dão o maior prazer... e luta. Muito Obrigado. Voto Camões
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