sexta-feira, julho 20, 2007

não-lugares como realidades possíveis

Desde cedo que Portugal perdeu a sua capacidade de "utopizar". Contudo, graças a ela, estamos cá enquanto Nação. Hoje, julgamo-la indesejável e oca. Por oposição, considera-se o realismo/o real. Como se este só existisse dada a ausência de utopia. Parece ter-se transformado em fardo nacional, esta incapacidade de ultrapassar um certo sebastianismo messiânico e de pensar, reflectir e desejar romper com paradigmas há demasiado tempo vigentes ou recentemente adaptados dos ventos que sopram do Atlântico.
Nem todos somos políticos, mas quase tudo é entendido como política, portanto tenhamos atenção. Os estrangeiros nacionais governam-nos. Novas gerações se preparam para lhes dar seguimento e nós vamos deixando que isto, impunemente, vá acontecendo.
Temos de nos revoltar, Caros Compatriotas!
Não podemos permitir a venda da Soberania Nacional, nem do que nos torna únicos e exemplo vivo de uma Civilização moderna!
Temos de agir rápida e eficazmente!
Derrubemos o Estado!
A Nação tem de saber quem a Governa, ou destituir a instiuição do Governo de governar!
Readquiramos o Orgulho em Ser-Português!

TAM

2 comentários:

Anónimo disse...

Se "utopizarmos" a partir da realidade, com sorte consegue-se proezas. Como Portugal, que em tempos aliou essa sorte à arte de se expandir. Se "utopizarmos" a partir da utopia, vivemos um desenho animado ou uma "second life". Cabeça no céu, ao alto, abrir horizontes. Mas com os pés bem assentes no chão, pois é ele que nos segura e nos impede da certeza de cairmos.

TAM, dizes "Derrubemos o Estado" e ao mesmo tempo defendes o "Orgulho em Ser-Português". Mais atrás, noutro postal afirmas-te "continental" e agora dizes que "Não podemos permitir a venda da Soberania Nacional" - que curiosamente é cada vez mais dirigida pelos "continentais" Alemanha e França. Contraditório? Não. Estas tuas afirmações explicam tudo: "do que nos torna únicos e exemplo vivo de uma Civilização moderna!" e "Temos de nos revoltar". Afinal é só revolta, com uma vénia ao modernismo. E as revoluções estão cheias de contradições... principalmente as modernas.

Um abraço,


AVC

Tiago disse...

Derrubar o Estado infame que se foi criando, jamais a Nação!
Dirigismo? Quem nos dera que fosse o continental, mas para esse reabilitar das antigas potências europeias só com revoltas internas mentais. Lá está, revolta, mas contemporânea.
A coerência não se coaduna com o rompimento de que necessitamos actualmente. Sejamos contraditórios, se assim formos Valentes e reabilitarmos o Povo de Aljubarrota. Novos paradigmas, nossos e utópicos(sempre com os pés assentes na terra, pois nenhum parte de outro lugar, porém, com determinação, a reavaliar bons exemplos e criar novos e digno de ser "utópico", inovador).

Um Abraço, TAM