quarta-feira, julho 18, 2007

ilusões de óptica


Sócrates apresenta Portugal na União Europeia como a ponte para os negócios com o Brasil, como o fomos no tempo do Império marítimo. Já vamos tarde. Nem o Brasil nem a União Europeia precisam de nós para nada. A ponte, os barcos que descobriram o Brasil, é tudo passado. É tudo ilusão.

4 comentários:

Tiago disse...

Errata geral: Portugal pode mesmo ser uma útil e eficaz ponte nas relações U.E.-Brasil. Nos tempos do Império, não éramos a ponte, mas a Alma. Nunca é tarde, pior é nada fazer. Todos necessitam de todos, ainda para mais tendo em conta a expansão económica brasileira e a nossa facilidade de comunicação com eles(e com a Europa). O passado, o Grande e Valente Passado Histórico jamais será ilusão. Trata-se da mais pura e credível realidade!
Isto de, a determinada altura, termos/julgarmos ter de ser anti-qualquer-coisa(seja Sócrates, Esquerda geral, o que for) a todo o custo é muito mau. Espero que não se trate disso.

Abraço, TAM

Tiago disse...

O nosso Império, a História da minha Nação e a utilidade mundial da minha Língua... nada disto desapareceu. Assim, o Império de influência, mantém-se. Ou, noutra perspectiva, "democratizou-se" e fortaleceu-se com os ares da mudança e da evolução podre e passageira. Somos a ponte e o Mar Oceano -como obstáculo ou como via de comunicação- se assim o entendermos e basta querer. Mas não fomos... somos, ou poderemos vir a ser. Ter sido, fomos a Alma do Mundo.

Sandokan disse...

Não sou anti-sócrates, nem anti-esquerda, nem sequer anti-anti-americanos. Mas também não sou anti-americano. Nem americano. Muito menos a todo o custo! Apenas quero olhar para Portugal e para a Europa de uma forma que entendo mais real.

A nossa História é Gloriosa, estamos de acordo. Discordamos em relação ao presente. Ambos sabemos que a solução é lutar. Discordamos quanto ao método e quanto à análise do presente. Mas a tudo isso respondo-te lá em cima! Um abraço e obrigado por te insurgires assim. É desta vida que o Curtas precisa!

AVC

Anónimo disse...

O Império é uma utopia que parte do passado e que temos de usar para construir o futuro. Com isso concordo.

Agora não se fortaleceu com "evolução podre e passageira". Aí acho que estás a não querer ver o que se passou: os podres fomos nós, que não conseguimos acompanhar a evolução, talvez por termos tentado levá-la para África, onde afinal grandiosamente gastámos sem retorno para nós nem para os pretinhos, coitados que agora morrem à fome, tirando um ou dois que vão ao "el-corte" fazer as compras, ou porque apareceram uns invejosos que redistribuíram a riqueza toda mal. Não sei onde é que começou o erro. Talvez tenha mesmo começado quando fomos grandes e não o soubemos aproveitar (os quinzes de Agosto do século 17).

O importante é que enquanto fomos grandes no plano material (além do plano civilizacional onde acredito sermos os maiores do Mundo) conseguimos o que mais ninguém conseguiu e agora surge uma oportunidade de aproveitarmos o que criámos há uns séculos (que para nós é um minutinho) e que pode ajudar a retomar a grandeza do nosso império (neste caso falo no plano material). Pode ajudar-nos a evoluir de forma sustentada, de volta ao primeiro lugar que já não vemos há uns tempos (tempos que para os americanos são uma vida). O único problema é que temos de partir do império "civilizacional", para percebermos o que estamos a fazer.

Agora o problema e a esperança: o nosso império só existe no Mundo das Ideias (mas note-se que o Mundo das Ideias é o Mundo do completo, de onde parte o conceito de Céu dos cristãos). Então, é preciso haver quem, na Terra, aceda a esta ideia e a torne realidade. Para isso é preciso que a maioria dos tugas seja ensinada, para poder ser inspirada e levar, materialmente, este País à Nação que nunca deixou de ser. (um bocado como o venha a nós o Vosso Reino, mas sendo nós a levarmo-nos ao Reino). [para quem acha um disparate este "Mundo das Ideias" e a "inspiração": estou a falar da teoria do Platão, por isso quem não a conhece é capaz de não perceber bem, mas na wikipádia deve haver alguma coisa sobre isso]

O que eu quero dizer é que, como o nosso império é intemporal, mesmo com a amnésia cultural por que passamos (não sabemos quem somos nem o que estamos a fazer), é sempre possível lembrarmo-nos de quem podemos voltar a ser e, de facto, voltarmos a ser os maiores do Mundo.

Esta ligação ao Brasil pode ser um elo de ligação entre o nosso passado e o nosso futuro "gloriosos" (convém saber que não estou a falar do "glorioso" SLB, que nos representa muito bem como a nação dos estúpidos que ganham muito dinheiro a dar pontapés numa bola e o vão gastar logo a seguir em putas, vinho verde e carros - como, temos de assumir, fizemos com o ouro do Brasil)

Eu sei muito pouco, mas pelo que sei é mais ou menos isto que dá para ver.