quinta-feira, julho 26, 2007

utopias - 2

1. Nenhuma utopia se cumpriu totalmente até hoje. É sempre uma política de cenoura que atrai o burro, que nunca a chega a comer. É sempre um engano.
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2. Em contraste com a ausência de utopia na política, há valores que - esses sim - se devem cultivar, valores que nos puxam para cima. Alguns, estão implícitos nas várias religiões que habitam no mundo. Outros, são relativos ao regime político que governa a região. Os valores, a religião e a educação são as respostas que se dão à mediocridade da igualização das pessoas. São estes valores que elevam a fasquia de uma comunidade, que devem ser regados no seio das famílias e nunca como um desígnio nacional que oprime a liberdade de educação por parte das famílias e a liberdade religiosa por parte das pessoas e das igrejas.
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3. Assim, a política deve ser horizontal porque real; e incentivadora de verticalidade, porque apoia as famílias, a religião, todos os valores que são úteis à comunidade, e todos os direitos implícitos à dignidade da pessoa humana. O sonho e a utopia devem reservar-se ao íntimo das pessoas e nunca se devem assumir como projectos comuns e políticos de poder.

3 comentários:

Tiago disse...

Quem é que define os valores úteis à sociedade? Nem tudo é política: há cenouras que são atingíveis, sim, mas nem por isso quem as atinge deixa de ser burro.
Existe uma igualização das pessoas? Se existisse, não é isso que defende e torna possível a concorrência humana baseada no mérito? Bem sei que ainda há algumas instituições a basearem-se na formação de elites... mas têm os dias contados. É a motivação comum que faz avançar as sociedades e, assim, o bem-comum.
A política é real? Nela quantos participam e se preocupam? Claro, os valores, a religião e a verticalidade... venha daí a submissão que vier. Não há projectos, ainda, na minha pessoa, de poder. Contudo, tal é o estado da Nação, todos (mesmo os que de facto se preocupam, sem para isso terem especial preparação ou predisposição) serão úteis e necessários.

«Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida...» já dizia um grande Poeta Luso(a arma poética é valorosa, sempre presente e desejável). Infelizes de nós se a calamidade se mantiver e perpetuar... mas claro, sempre sem utopia. Porque esta sim, é perigosa. Esperemos que as Universidades anglófonas não se lembrem da utopia e também nesse campo imitem as originais e impulsionadoras continentais. Se a descobrirem, talvez a dignidade humana assuma mais relevância do que aquela que lhe atribuem... e eles não o pretendem.

TAM

Anónimo disse...

Allo. Paralabaliens.

Anónimo disse...

Sôr TAM, ñ coma tanta cenoura.
Abracinhos.