domingo, dezembro 31, 2006
Ano Novo
Divirtam-se na passagem de ano, deixem 2006 com a Honra com que o viveram e entrem em pleno em 2007.
Um ano mais velho, TAM
terça-feira, dezembro 26, 2006
o Sagrado, em tom Profano
Amigo
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O’Neill
sábado, dezembro 23, 2006
Tratamos mal as nossas Forças Armadas
Estamos preocupados com as coisas certas?
Mullah Osmani capturado
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Sobre os impérios...
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Com Argúcia:
Esta é uma ideia vulgarmente difundida pelos denominados "homens de acção", da Política ou das Forças Armadas, da qual não sou partidário. Porque não sou dela partidário nem partidarizado.
Digamos que a minha consideração pela Diplomacia é elevada; esta Nobre Arte que de há séculos aos nossos dias tanto dá que falar e tantos conflitos tem evitado... surgiu no século XVI, no contexto das querelas entre Cidades-Estados no espaço italiano(longe de estar unificado) e, na mesma época, com as lutas entre partidários do Papa e do Imperador(Carlos V e Habsburgos seus descendentes directos). Já é uma Senhora! Respeito!
TAM
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Estado de Sítio, Nação Valente
Entrevistas a jornais e revistas de grande tiragem, nacionais e internacionais; crónicas; livros e sessões de informação ao grande público(nomeadamente a posição tomada, e bem, na minha perspectiva, em relação ao referendo próximo ao Aborto) têm desmistificado a verdadeira nobreza, a Ordem e os grupos que a têm em ideias, inato e de carácter, não obstante das naturais diferenças internas em detalhes(interessantes mas irrelevantes ao grande e desejado Público).
Na Época Contemporânea, excepto em períodos críticos e muito curtos, nunca percepcionei um inverno tão quente e exaltante: Obras iminentemente científicas, Discursos Patrióticos, jantares, homenagens... tudo tem sido falado, ouvido e difundido. Respeitado e Credibilizado. Assim, e apesar do apoio(que abrindo caminho a, no entanto, nem de perto nem de longe partidário de)involuntário concedido pelo actual estado das coisas, do Estado e do mundo, as facções -várias e complexas, tal como provavelmente geradoras de ambientes constrangedores- monárquicas devem cooperar, juntar-se, para bem deles e de todos nós.
O que não faltou ao Portugal republicano foram Monárquicos de valor, agora que se vislumbra um ambiente favorável ao sistema político superior, espero que não haja -somente e à cabeça da manada- Monárquicos de vícios, ao pior estilo liberal.
TAM
terça-feira, novembro 28, 2006
Questão
domingo, novembro 19, 2006
Emergência histórica
Ainda Europa
quinta-feira, novembro 16, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
Uma questão pragmática
quarta-feira, novembro 01, 2006
Portugal, o que vale a pena!
Para TODOS (e sublinho o TODOS) os efeitos, bem ou mal escrito, verdadeiro ou falseado, escrito ou não por aquele a quem o atribuem, deixa-nos a pensar, que mais não seja, se andamos atentos e valorizamos os pontos certos..
Cumprimentos
JGMP
"VAMOS LÁ A LEVANTAR A BANDEIRA DO ORGULHO NACIONAL, QUE JÁ CHEGA DE OLHAR SÓ PARA BAIXO
Portugal vale a pena
Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia. Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática. Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive -
Portugal.
Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação.
Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo. E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos.
É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.
Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados,porque não hão-de os bons serem também seguidos?
Nicolau santos, Director - adjunto do Jornal Expresso
In Revista Exportar"
terça-feira, outubro 31, 2006
Os grandes Portugueses
segunda-feira, outubro 30, 2006
estes Grandes Portugueses
Refiro-me, evidentemente, ao Os Grandes Portugueses, da RTP1.
Levantou, como todos os que podem ser mais culturais do que a média, polémica disparatada e tão insensata quanto reveladora. Quanto à presença, ou falta dela, do Senhor Salazar na lista de sugestões, só posso dizer: não é grave, porém, é grave que venham meninas bloquistas/soaristas dizer que, caso tal Personalidade tenha votação suficiente para figurar entre as figuras cimeiras(que no caso significa tão somente as mais Populares), é uma vergonha para Portugal, significa o esquecimento do passado estado-novense e a ignorância adolescente.
Ora punhamos os pontos nos i's, caso não se pudesse votar no Senhor, independentemente de ser a favor ou contra, só significaria uma terrível imaturidade Democrática. E caso apareça num lugar lisonjeiro, trata-se da opinião de Portugueses suficientes para o colocar em hipotético patamar.
A mim, sinceramente, admirar-me-ia mais ver no topo da lista o Senhor Sócrates, ou qualquer outro, que por Portugal têm feito muito pouco.
Vamos ver qual será a avaliação atribuída aos nossos senhores(isto é, os nossos Ilustres Monarcas, claro está).
TAM
quinta-feira, setembro 21, 2006
Convidado Especial continua:
É com um enorme prazer que intervenho novamente neste blog, agora para complementar o artigo anterior de combate ao preconceito de que o período medieval é alvo. No passado artigo limitei-me a tocar, além da origem do preconceito, em apenas algumas dimensões que marcam o período em questão (poder régio, estados, sociedade e guerra). Desta feita irei referir-me a outros medievos assuntos (religião - cristianismo e economia), igualmente descorados e mal interpretados quanto ao seu valor pelos detractores desta época.
Decretada a religião oficial do Império Romano por Teodósio em 380, o cristianismo viria a ser seguido pelos povos bárbaros invasores (até aí pagãos ou arianos), cujos reis perceberam as vantagens da sua conversão imediata à fé de Cristo, criando-se então as condições para que esta religião se enraizasse de vez no Ocidente e se tornasse na forte matriz cultural que hoje conhecemos (além de ser ainda a religião mais seguida neste espaço). Rico na doutrina, o cristianismo principiou a Idade Média à luz das reflexões de Padres da Igreja como Sto. Agostinho, autor da obra “Cidade de Deus”, cuja visão teológica passava pela existência de uma “cidade” (mundo perfeito) do bem para a qual todos deviam contribuir, raciocínio este que subjaz a quase todo o pensamento medieval (sobretudo o da Igreja que pautava tudo o resto). Com forças para resistir ao poder temporal, a Igreja reestrutura-se pela Reforma Gregoriana, separando o “mundo secular” do “mundo religioso. No séc. XIII surgem pois as ordens mendicantes, exaltando novos valores (ainda hoje enaltecidos): a pobreza, a vida apostólica e o dever da assistência. Também na Idade Média existiram inovações e aperfeiçoamentos nos sacramentos e hábitos religiosos: surge a confissão privada e auricular (como hoje a conhecemos) bem como o hábito da peregrinação, valorizando-se a pregação e a oração. Apesar de a Igreja ser constantemente acusada de intolerante para com os membros de outras religiões, saiba-se que na época medieval a vida de “não-cristãos” em reinos da Cristandade devia ser respeitada pelo principio canónico do “apartamento”, que desaparece pois na alvorada da época moderna, dando lugar a enormes perseguições a muçulmanos e a judeus.
A economia medieval é actualmente bastante menosprezada, caluniada de estagnada quando não de inexistente. De maior ou menor pujança, a economia variava consoante as épocas e as regiões, o que é certo é que o mundo medieval foi pleno de produção e de trocas comerciais. De uma economia essencialmente agrária (cujas inovações permitiram o “boom” do séc. XII), o ocidente garantia a partir dos campos a sustentabilidade das cidades onde as indústrias transformadoras se iam “refinando”, bem como as variadas oficinas de artífices. Pela rota do Levante chegavam as preciosidades do oriente com destino a importantes zonas comerciais (como a Flandres) onde mercadores ricos emergentes (burgueses) esperavam lucrar com as vendas destes produtos, fazendo desenvolver a actividade bancária e com esta novas formas de transacção (como o cheque ou a letra de câmbio).
Espero com a “postagem” deste artigo ter conseguido ajudar a desmontar os preconceitos existentes acerca deste período. Para não tornar fastidiosa a leitura dos meus artigos voltarei em breve para a conclusão da temática medieval.
por António Costa
quarta-feira, julho 19, 2006
"O Sonho Comanda a Vida"
(...)Se, na realidade, como diz o António Gedeão, há quem não saiba que o Sonho Comanda a Vida; quem nunca tenha sentido no Fundo da Alma aquela Luz de Esperança e Força que nos ajuda, mesmo quando tudo parece não fazer sentido, a seguir em direcção ao Horizonte... aquele Horizonte que se afasta a cada passo que damos na sua direcção... se, realmente, há alguém que não Sonha... então lamento por terem de "viver" ! (...)
Gundisalvus
sábado, julho 15, 2006
Medievalidades
O difícil é lembrarmo-nos que somos Homens do nosso Tempo, isto é, que estamos no século XXI e que aquela sociedade acaba quando saimos das muralhas do castelo. Mas até à saída, a ilusão é real.
Para mais informações:
http://www.cm-obidos.pt/AgendaCultural/
Fica feita a sugestão de visita, TAM
quarta-feira, julho 12, 2006
Conseguem ouvir...?
Pois bem, pensei muito bem (demasiado bem, acha o Tiago) no tema do meu primeiro post. Cheguei então à conclusão que é necessário prestar um tributo ao Melhor Amigo das Ideias Iluminadas! =) É que...
Há quem não o conheça, porque
não tem Tempo para o ouvir;
Há quem não precise dele, porque
não têm nada em que Pensar;
Há quem o evite, porque
ele consegue mostrar com Clareza os Monstros que habitam a Alma!
Porém,
Há quem, como eu, recorra a ele, porque
ele tem uma Máquina do Tempo;
Há quem se inspire nele, porque
ele tem uma caixinha cheia de Ideias e pó de pirlimpimpim;
Há quem se sinta Louco e Perdido sem... O Doce e Amável SILÊNCIO!
Gundisalvus
terça-feira, julho 11, 2006
Actos e Futebol
Será assim? Se no Desporto nos demonstramos, os Italianos demonstraram-se muito bem... até eu vi um jogo de futebol integral.
Felicitações à Selecção Italiana e, já agora, à nossa também.
TAM
sexta-feira, julho 07, 2006
Convidado Especial fala sobre: a Idade Média
O período medieval é ainda (lamentavelmente) encarado como um tempo estagnado, de trevas, de escuridão, de destruição e guerras, de superstição, de perseguição, de ausência de progresso (ou mesmo de retrocesso em relação ao período antigo), sem arte nem cultura.
Este “preconceito” já reporta à modernidade, para os renascentistas a “Idade Média” teria sido uma interrupção no progresso humano, inaugurado pelos gregos e romanos e retomado pelos homens do século XVI. Com o iluminismo o estigma mantém-se, a filosofia da época guiada pela luz da razão tinha nos seus filósofos firmes opositores aos privilégios sociais e também contrários ao peso da Igreja na sociedade e na política.
Começa então a Idade Média com a queda do Império Romano do Ocidente (século V) e consequente formação dos reinos bárbaros saídos das invasões. Corte abrupto civilizacional? Nem por isso, e escutemos Lucien Febvre: “Fracasso, o Império Romano? Politicamente, talvez, mas não sabemos nós que é preciso não confundir os destinos de um Estado com os da civilização que ele propaga.” Entre esses elementos está o cristianismo, que permanece como fonte estruturante nos novos reinos. A Cristandade Ocidental é, pois, um sistema simultaneamente religioso e político, um cruzamento de esferas de intervenção do poder temporal dos príncipes com o poder espiritual da Igreja.
Será pois o cristianismo a pautar todas as dimensões da vida medieval no Ocidente. Comecemos pelo poder político. Os reis medievais, ao contrário do que se pensa, não podiam ser déspotas que exercessem o poder por capricho. O poder régio tinha de obedecer a parâmetros fixados pela doutrina religiosa: o rei só o poderá ser caso governe para o bem comum (tentar criar a “Cidade de Deus” na Terra), louvando os bons e castigando os maus, impondo a ordem, defendendo as fronteiras e respeitando a Santa Igreja de Cristo. Após época em que o poder efectivo esteve nas mãos dos senhores (época feudal - séculos IX a XI) será o tempo de fortalecimento do “Rex”. A criação e/ou aperfeiçoamento de várias instituições (tribunais régios, corte itinerante, fiscalidade, etc.) juntamente com uma propaganda centrada na sua figura (sagração, unção, o fenómeno taumaturgo) permitiram um fortalecimento eficaz da autoridade régia, sendo que só com este robustecimento do poder central (e consciencialização da sua necessidade) se conseguiu o atingir dos estados-nações (séculos XIV-XV). Não são vários os actuais estados europeus com sua origem na Idade Média?
No que toca à sociedade, é comum hoje acusar-se a sociedade desigual, injusta, “anti-democrática” e exploradora! Perfeitamente ridículo, há que ter em conta que não se tratava de classes, mas de ordens que formavam a sociedade medieval, em que cada uma tinha uma função especial (oratores – rezar pela humanidade; bellatores – combater pela defesa de todos; laboratores – trabalhar para o sustento geral), essencial para o equilíbrio e harmonia do funcionamento do “mundo” sempre em consonância com os “desígnios divinos”.
A guerra é actualmente das situações mais propagandeadas para denegrir a Idade Média. Contudo, o acto bélico para ser feito licitamente teria de obedecer a vários parâmetros canónicos, só se podia partir para uso da violência se hipotética causa de guerra for “justa” (jus ad bellum) e deverá ser conduzida e praticada com vários preceitos subjacentes (jus in bellum). Foi também na Idade Média que se disciplinou o comportamento guerreiro pela cristianização da cavalaria (“miles Christi”), pela instituição da Paz de Deus (proibia a profanação de locais de culto religioso e o ataque a não combatentes)e das Tréguas de Deus(proibia o uso da violência em vários períodos litúrgicos).
Porque sou “aspirante” a historiador e sei que o meu papel é tentar compreender e não julgar o passado, e porque a Idade Média (como qualquer época) deve ser vista com os olhos dela própria e não com os daqueles que viveram noutro momento, sinto pois, que não posso deixar passar em claro este estigma e calúnia actualmente despropositada para com tão importante período.
sexta-feira, junho 30, 2006
Eu digo A, tu dizes B. Então eu sou 1 e tu és 2!
Também na Linguagem, que é muito mais que a Língua(a Língua que cada um transporta enquanto identificadora com um colectivo mais vasto, uma Nação, é também importante), os códigos podem ser facilitadores de aproximações, na medida em que os estratos sociais comunicam efectivamente com discursos semelhantes e estes possibilitam que as trocas e a aceitação seja mútua, criando um ambiente de pertença que é agradável ao Ser Humano enquanto ser social que parece ser. No entanto, os diferentes códigos, regras e termos linguísticos afastam, não raras vezes, indivíduos que se estimam e nutrem sentimentos recíprocos de fraternidade manifestados naturalmente no decorrer do processo de socialização(que já se pode desenvolver com elementos de outros estratos). E outros há, que embora se detestem, levam a cabo uma tentativa frustrada de manutenção das aparências: ou porque ambos dizem X, ou porque são N.
Nestes casos, a Linguagem e o Nascimento podem ser perversos, afastando, à priori, pessoas que naturalmente tendem a manifestar comportamentos e raciocínios numa linha próxima, sendo que a linha ténue que os separa é de clara organização social, criada pelo Homem, e de cariz divisionista.
Portanto, se o código linguístico, ou o Sangue, superficialmente, nos identifica com A ou com B, este não é o mais relevante para a Natureza Humana. Pois ela tende a aproximar indivíduos sem consultar imposições sociais ou vontades de outrém e cria, normalmente, entre amigos como entre comunicadores, ligações que são infinitamente superiores às separações que qualquer regra parece separar, numa primeira análise.
Assim sendo, é a Nobilitas Literaria e a linguagem da Verdade, do despojado de interesse ou obrigação, que move as sociedades humanas.
Quero lá saber se diz vermelho ou encarnado: como é Pai quem se preocupa, é Amigo quem nos Ama(e nós Amamos)... Nem tão pouco interessa a "azulidade"(que já nem sequer é a Tradicional, agora é atribuída pelas revistas cremes/acastanhadas) de Sangue: é mais Nobre o Coração Azul.
...na actualidade verifica-se e defende-se o contrário, mas vivemos numa sociedade sem Valores, portanto é melhor não ser norma!
TAM
quinta-feira, junho 29, 2006
os anti-Cristo
Na construção destas organizações internacionais, nomeadamente da União Europeia, com toda a História que a antecede -desde a fundação da CECA, com o Tratado de Paris-, o Homem tem-se tornado, simultaneamente, o centro e a periferia da sua construção. Isto porque, na minha análise, retomaram-se os valores Humanistas Antropocêntricos e Iluministas Tolerantes, porém, afastaram -proprositadamente afastaram e denegriram- os Valores Cristãos (Católicos, na maioria dos Estados-membros, mas refiro-me aos da Cristandade em toda a sua generalidade), estes que tinham sido a matriz de toda e qualquer Civilização, ou de qualquer outra nomeação que se queira atribuir, Ocidental. Assim sendo, os Valores positivos, grosso modo, que "surgiram" no Iluminismo com espaço cultural em França foram laicizados, mas já existiam: tinham origem na Bíblia e nos Valores Cristãos.
Como se pode, então, numa Europa que se pretende aberta e construtiva, cândida e tolerante, coesa e com valores, afastar arrogantemente os Valores que, indubitavelmente, foram a base para o entendimentos dos Povos europeus e organização dos seus Estados?
Sinceramente, não percebo! E com isto não defendo que a União Europeia devesse inscrever na sua hipotética Constituição uma Religião Oficial, pois defendo a Liberdade Religiosa, consagrada generalizadamente com a promulgação da Lei de Separação da Igreja e do Estado, no entanto, considero que qualquer acção de boa-vontade deve ter por base a sua História, com todo o seu peso, para poder desejar o seu futuro. Ou melhor, ter um futuro.
Deste modo, o Homem, para a felicidade do qual tudo se direccionou, acabou por dificultar o seu caminho: colocou curvas onde a estrada era recta e acabou por se encruzilhar, num labirinto só miraculosamente ultrapassável. Com o desejo de Tolerância, aplicou a Ditadura aos Valores que o tinham orientado tornado-se, tristemente contudo com culpa própria, na periferia humana que tinha tudo para ter sido o centro do... nosso mundo. Não é, pois, de admirar, que a Constituição Europeia, especificamente, tenha pré-destruído todo um desejo que desde Victor Hugo habitava nos corações do Homem(uma unidade entre as europas, na Europa) e, em geral, o Homem tenha perdido os seus valores de Bem, Amor, Respeito, entre muitos outros, que na época Escura abundavam nos corações.
Sem História e sem Valores, tal como sem um Pai e uma Mãe, poucos desejos ascenderão ao Olimpo Consagrado!
TAM
quarta-feira, junho 21, 2006
No primeiro Dia de Verão
E espreita para o calor dos campos com a cara toda,
Às vezes, de repente, bate-me a Natureza de chapa
Na cara dos meus sentidos,
E eu fico confuso, perturbado, querendo perceber
Não sei bem como nem o quê...
Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber?
Quando o Verão me passa pela cara
A mão leve e quente da sua brisa,
Só tenho que sentir agrado porque é brisa
Ou que sentir desagrado porque é quente,
E de qualquer maneira que eu o sinta,
Assim, porque assim o sinto, é que é meu dever senti-lo...»
Alberto Caeiro, XXII-Num Dia de Verão
Chegou o Verão. Que o seu calor se manifeste na nossa atitude, na medida em que os raios de sol que nos oferece devem ser proporcionais ao sorriso com que presenteamos os outros(cândido e generoso).
TAM
domingo, junho 11, 2006
10 de Junho(com Reis), em Constância
Em Contância, o Orgulho que sentem pelo facto de Luiz de Camões ter escolhido aquele lugar para sua casa transborda a olhos vistos e, numa época em que o sentimento de Identidade Nacional e Amor à Nação parecem assuntos menores e, portanto, assumindo um papel tão secundário, apraz-me trazer exemplos de valor, contra-corrente, que -com a felicidade acrescida de terem sido por mim vivenciados no Dia de Portugal- assumiram, realmente, um lugar especial no meu livro íntimo de Prazeres e Honras.
É, pois, assim, que o peito ilustre Lusitano/ A quem Neptuno e Marte obedeceram., volta a ser valor mais alto que tudo aquilo que a Musa antiga cantou.
Seguiu-se uma noite musicada fantástica, em Português, num carácter intimista e familiar... honras nenhumas poderia eu ter tido para além de tão adorável convite. Um Agradecimento especial aos meus amores,
TAM
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
Entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
-Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e a arte.»
Luiz Vaz de Camões, Os Lusíadas
Na sequência do 10 de Junho, deixo aqui a Exaltação maior à Civilização Lusitana, aquela que há muito se libertou da Lei da Morte.
TAM
quarta-feira, junho 07, 2006
Uma ilusão
Para quando o dia D? Para um dia que não haja futebol e as pessoas se lembrem que estão a ser enganadas. Não, não chega. Para além de se lembrarem de tal, têm de ainda ter sangue na guelra, o que sobrar da alimentação destes vampiros...
terça-feira, junho 06, 2006
Citações
Creio, agora, que depois de bem defendido se conseguirá percepcionar que uma dada ideia é fruto de um raciocínio autónomo, todavia, esse tempo de explicação nem sempre é disponibilizado e passamos diversas vezes por "preguiçosos intelectuais".
Não me choca que alguém, se consultar as obras e vivenciar as mesmas experiências que Karl Marx investigou e viveu, chegue a algumas conclusões a que ele tembém chegou e, de alguma forma, difundiu. E isso, espero, não torna ninguém num imitador e descarado aproveitador do conceito -por exemplo- de capital.
Este texto surgiu no seguimento de uma motivadora cavaqueira, pelo que considero que tem dois autores. Eu e o Gundisalvus, também colega de Blog. Devo confessar que também tinha a ideia que algo que já havia sido concluído por alguém ficava dessa pessoa, mas o meu Amigo Gonçalo muito sensatamente explicou que também nós podemos concluir na mesma linha sem que para isso tenhamos plagiado alguém... contigo só aprendo preciosidades, és REALmente Digno.
TAM
domingo, junho 04, 2006
Uniões há muitas, seu...
Portanto, em última análise, não seria mau se existisse uma política inter-nacional, com o estilo de uma organização internacional, para representar interesses comuns. Porém, uma política segregadora daqueles que, diacronicamente, são mais interessantes, a favor de índices económicos tão terrivelmente vulgares quanto importantes ao funcionamente do motor económico mundial, só pode ser nefasta a qualquer verdadeira tentativa de "Unidade na Diversidade".
Assim sendo, só apetece dizer: se é esta União que nos pretende governar, que futuro risonho poderemos nós, portugueses e europeus em geral, esperar para as nossas Pátrias?
Tendo em conta, como exemplo, a obrigatoriedade de comunicação numa única língua -já nem se aceita a expressão verbal ou escrita na 1ª Língua Cultural Moderna, le Français, quanto mais nas línguas nacionais, que na verdade têm estatuto oficial nas instituições comunitárias- é difícil poder-se esperar tolerância ou valor acrescentado desta União Europeia que, de Diversidade, permite pouco e, de Ditadura, assume muito.
TAM
segunda-feira, maio 29, 2006
O que irá naquela cabeça?
sexta-feira, maio 26, 2006
Gundisalvus
Da forma composta do Germânico: Gunthi(combate) e Salwa(salvo), foi latinizado por volta do século VI d.C., tendo tomado -na Alta Idade-Média- a forma aglutinada de Gundisalvus. Resultou, em Português, Gonçalo. Entre as muitas formas arcaicas destacou-se a de Gundisalvo.
É com Prazer e Honra -sou eu que o escrevo mas estou certo que posso falar pelo grupo- que o "Curtas e Rápidas" recebe, fraternalmente, mais um colaborador, uma lufada de ar fresco e garantia de dignidade. De seu nome Gundisalvus, presenteou-nos com a sua amabilidade e prontidão ao aceitar o convite que lhe foi dirigido. É, assim, um privilégio enorme para todos nós, e para mim em especial, poder partilhar este Espaço tão Nobre com tão Nobre Amigo.
E lanço-te desde já, com base nesta imagem que te dedico, uma questão: o que tem este quadro a ver contigo?
Votos de felicidades e muito trabalho, TAM
quinta-feira, maio 25, 2006
Jerusalém: Mito ou Realidade?
terça-feira, maio 23, 2006
O Comboio da Vaidade
Descarrilhamento filosófico
O debate que se gerou no programa foi, portanto, completamente indigno de uma figura da Política e, principalmente, do Saber Filosófico, pois caracterizou-se pelo "lavar de roupa suja" que é comum em pessoas vulgares.
AVC, é óbvio que a Comunicação Social é altamente manipuladora, mas disso poucos terão dúvidas. No entanto, devo também salientar que, de facto, me parece ter existido um défice de tempo de antena concedido à campanha socialista do Município de Lisboa... pode ser impressão minha, porém, na verdade, foi Lisboa quem saiu vitoriosa.
«Haja bom-perder!»
TAM
Descarrilhamentos
segunda-feira, maio 22, 2006
Fernando Santos no Benfica
Está de Parabéns o Misantropo!
Em busca da Verdade
Com isto, não quero de maneira alguma desculpar todas as barbaridades cometidas em nome de Deus, nem sequer tirar a culpa a todos os intervenientes, incluindo a Igreja Católica Romana que em alguns períodos patrocinou esta campanha das Cruzadas. No entanto, considero que nem tudo é sombrio, nem deve ser encarado como tal. Veja-se que às Cruzadas deve-se muito daquilo que é o ideal romântico do Cavaleiro Campeador, que percorre o Mundo em busca de Deus, de aventuras e de uma dama que lhe preencha o coração. É óbvio que isto não chega. O que mais devemos às Cruzadas foi a ajuda essencial que os Cruzados nos deram na reconquista de solo pátrio. E a tal aspecto fundamental da nossa História, devemos agradecer a São Bernardo Claraval, que aconselhou o seu amigo D. Afonso Henriques a ver as vantagens de aceitar a ajuda dos Cruzados. E como diria Sherlock, a ajuda dos Cruzados foi elementar para a formação de Portugal, meus caros!
AVC
domingo, maio 21, 2006
Troca de Sentimentos, coisas da Liberdade
Até aqui está tudo terrivelmente banal, agora surge a novidade: dizia uma pessoa, em tom também de confusão, que aqueles senhores estariam ali, acreditava, contra os animais! À primeira audição/leitura(e graças ao também digníssimo ouvinte do comentário, para quem aproveito para mandar uma saudação fraterna), pareceu um equívoco da respeitosa pessoa, todavia, em última análise, parece que a troca de pólos até faz muito mais sentido do que poderia parecer. Analisemos: os manifestantes seriam manifestamente contra a realização daquela, e de todas, as corridas de touros, todavia, se estas não existissem, é certo e seguro que o touro bravo, nobre e inteligente animal, já não existiria. Ou, quanto muito, faria parte da lista de animais em vias de extinção e, assim sendo, só tínhamos a possibilidade de o vislumbrar em Sete-Rios, no Jardim Zoológico, ou em qualquer outro, embora raros, parque da raça.
Deste modo, de facto, os manifestantes, estavam contra os animais(no caso eram os touros), pois se os seus "pedidos" tivessem sido ouvidos amanhã já não teríamos as lezírias taurinas, e respectivas Ganadarias(locais onde são bem-tratados, faustosamente alimentados, dispõem de cuidados constantes de médicos veterinários e têm a possibilidade de ganhar músculo e, por isso, serem o animal robusto que conhecemos), e a sentença de morte da raça tinha sofrido o seu mais forte, e quiçá último, apoio.
Os manifestantes identificavam-se, colectivamente, como membros dos partidos Comunista e Bloco, que, de facto, preferem a preservação da vida animal(sem capacidade de raciocínio) à da vida humana, cuja morte é apoiada através das inúmeras campanhas sobre a temática abortiva.
Como uma troca, consciente mas involuntária, de vocábulos pode ser incrivelmente lógica! E assim foi!
Diziam ainda os citados senhores manifestantes que a liberdade existia desde o Golpe Militar, ao que eu comecei a pensar: Não seremos também nós, aficionados ou simples admiradores, livres para poder assistir a uma Corrida de Touros?
Aficionadamente, TAM
sexta-feira, maio 19, 2006
O movimetos das Cruzadas
segunda-feira, maio 15, 2006
Campo Pequeno
Não que sejam necessárias recomedações à actual administração, mas tão somente um voto de que se viva sincera Aficción e grandiosa presença na estreante velha Praça.
A Primeira Grande Corrida à Portuguesa realiza-se Quinta-feira, dia 18 do corrente mês, com Toiros da Ganadaria Vinhas, os Grupos de Forcados Amadores de Lisboa, Montemor e Santarém e com os Cavaleiros António Ribeiro Telles, João Moura e Rui Fernandes.
Fica aqui o convite, para os que apreciarem, para presenciarem a "força" da Festa Brava e manterem viva uma das mais genuínas Tradições, tão sentida e digna de glória quanto o Canto III d' Os Lusíadas.
TAM
domingo, maio 07, 2006
Lutar contra os nossos Adamastores
segunda-feira, maio 01, 2006
Convite ao Excelentíssimo leitor do "C&R""
O preço é de apenas 3,50 euros e com direito a bebida. Ninharia, comparando com os preços que por aí se praticam! O dinheiro reverte a favor das Missões humanitárias do MSV - Movimento de Serviço à Vida. Oferecemos-lhe deste modo também a oportunidade de contribuir para tão nobre causa! Não perca esta oportunidade, porque nós também não! Lá nos encontramos, e até lá despeço-me com amizade,
AVC
quinta-feira, abril 27, 2006
Pintura de Júlio Resende na SNBA - a não perder!
de 3 de Abril a 29 de Abril de 2006
terça-feira, abril 25, 2006
Feriado (este vem de ferida e não de féria)
segunda-feira, abril 24, 2006
Sandokan - O Regresso
sábado, abril 22, 2006
Infelizmente, bocejos...
com Nobreza, do nascimento à acção
Simão da Veiga superou-se a si próprio nas colocações e nos quites e, apesar da dificuldade motora de Vitorino Froes, as experiências de vida e de profissão conjugaram-se, como era, de resto, de esperar, na Perfeição: o Príncipe Real coloca magnificamente cinco Ferros compridos e um curto, sem que Sua Majestade tenha permitido mais um Ferro, quando pedido em Praça por seu filho.
É, portanto, de relevar, esta lição deixada para a posteridade: independentemente do grau conferido pela valorosa carreira de cada um, ou pela proeminência que o Sangue, à nascença, lhe confere, há sempre Valores mais Altos que se levantam: neste caso, foi a Casa Real Portuguesa.
Há, ainda, contudo, a salientar, que o Toiro da Ganadaria da Casa Real era um animal de 4 anos com, diz-me a experiência e o Amigo António, mais de 400 Kg. e não um Garraio, como El-Rei havia feito suspeitar. Ao aperceber-se de tal facto, comenta o Sr. Simão da Veiga a Sua Majestade que a corpulência do toiro talvez fosse exagerada, ao que El-Rei responde: «Noblesse Oblige!».
Eis aqui o Exemplo de dois Portugueses e de uma Família Real!
P.S.- o tema pode ser aprofundado com a leitura do livro: Simão da Veiga, um nome e duas saudades, de Luís Fernando da Veiga(filho de um dos referidos Cavaleiros).
Com Respeito, TAM
sexta-feira, abril 21, 2006
A inveja europeia
Ora, "Povo Europeu" e "Identidade Europeia" são chavões que não nos soam nada bem, por muito que suem para no-los impor. Porquê? Precisamente por nos sugerirem que a base de todos os povos europeus é tão parecida que se pode tomar por igual, para compararmos todas as decisões políticas e económicas de cada país, na senda da descoberta de um modelo único, perfeito e abstracto que sirva para todos, e tudo em nome do tal "progresso" e da "competitividade" entre países.
Este esforço racionalista de encontrar o modelo único e perfeito traz o perigo de igualarmos países diferentes, potenciando a inveja nos mais fracos e a arrogância dos mais ricos, em vez do desenvolvimento económico. Para além disso, o triste é que o erro é clássico e estupidifica quem nele acredita: não será óbvio que os modelos abstractos e perfeitos estão ultrapassados? Como diria Michael Oakeshott, o racionalismo exacerbado só vê um "melhor absoluto", que se impõe a todos! Não vê soluções que possam ser "melhores consoante cada circunstância"...
Circunstâncias diferentes não devem ser alvos de comparação! Países diferentes não podem ser assim confrontados! Identidade europeia é algo que não existe! Não devemos deixar segregar a Grandiosa Portugalidade numa ignóbil tentação europeia... Lembremo-nos que esta luzidia maçã que nos tenta foi e é polida com o sebo da artificiosa manha, escondendo um buraco, cuja minhoca habitante traz os podres da inveja e da arrogância em luta! Com indignação,
AVC
terça-feira, abril 18, 2006
XVII Governo Constitucional
Como que paralelamente, surge -e muito bem- uma Política Cultural, dedicada e intransigente, que historicamente só se verificava em Conjunturas económicas prósperas. Das duas uma: ou a situação económio-financeira não é assim tão negra ou, se é, as Colecções Berardo's, os TGV's e as Ota's podem esperar(estas últimas, apesar de serem Políticas no campo dos Transportes, também só se devem desenvolver quando os aspectos essenciais à vida dos cidadãos estiverem resolvidos). A Política nos Transportes é estruturada e constitui uma aposta interessante e avultada no sector, contudo, não me parece que tenha prioridade sobre as questões, por exemplo, das Escolas do 1º Ciclo que vão encerrar e os alunos terão de frequentar outra, mais populosa e distante(que incitará, não tenhamos dúvidas, principalmente no interior rural do País, ao precoce abandono escolar). Portanto, na minha análise, as prioridades foram trocadas: eis a desilusão dos Cidadãos(dos que neles acreditaram e por isso os elegeram) perante a tomada de Poder dos Socialistas, e da Esquerda em geral, pois os seus programas de candidatura verificam-se inexecuíveis e, portanto, falaciosos.
E depois não temos uma Oposição Fide-digna: a classe Política caracteriza-se, grosso modo, por uma atitude desleixada e uma execução em conformidade, ou seja, despreocupada. Os exemplos são mais que muitos e raros são os que dignificam a Classe.
Resta aos Cidadãos, Contribuintes para o Estado, estarem atentos e, na sua maioria, descontentes.
TAM
sexta-feira, abril 14, 2006
Páscoa, a Original
A Páscoa é, indubitavelmente, uma das Celebrações mais marcantes e relevantes de toda a Cristandade. Nela se comemora a Ressureição de Jesus Cristo, vindo ao mundo para nos Salvar e que Morreu por todos nós, suportanto a Dor dos nossos Pecados e Purificando-nos, numa prova de inquestionável Amor por todos os Seus filhos.
Foi barbaramente Crucificado, tendo feito, até chegar ao calvário, o penoso caminho com a Cruz às costas, na Sexta-Feira Santa, por volta de 33 d.C., e Ressuscitou ao 3º Dia, Domingo, conforme as Sagradas Escrituras descrevem. A Páscoa( Pesach = Passagem) Celebra a Sua Vitória sobre a Morte.
A Última Ceia de Jesus com os seus Discípulos celebra-se na Quinta-feira, que precede a Sexta-Feira Santa, e a Subida para junto do Pai Celeste na Quinta-feira após o Pentecostes, a Ascensão de Cristo ou Corpus Christi.
A Páscoa é um Feriado móvel que serve de referência para outras datas, sendo calculada com base na Lua(por influência do calendário judeu, baseado na Lua). Calcula-se como sendo o primeiro Domingo(Dia do Senhor, literalmente) após a lua cheia seguinte ao Equinócio de Outono -no Hemisfério Sul- ou o Equinócio de Primavera, no Hemisfério Norte.
Agora, mais não digo do que nos diz a Bíblia, pois a Verdade e Luz, essas, só fomos realmente capazes de ver com este Exemplo: o Cordeiro de Deus que Tirou o Pecado do mundo e Morreu por nós, tendo Ressuscitado e Voltado para o Céu, onde nos Conduz e Ama como Ninguém.
Votos de uma Santa Páscoa para todos os Leitores do Curtas e Rápidas, bem como para os que para ele têm contribuído. Com Respeito, TAM
domingo, abril 02, 2006
A minha Páscoa
A Páscoa não é A ALTURA, mas é uma boa altura para começar, ou continuar, a caminhada que, como se diz, faz-se caminhando. É difícil, leva-nos por caminhos tortuosos e exige-nos Vontade, Amor, Verdade, Paz, Humildade... valores actualmente raros e barreiras, não raras vezes, consideradas, à partida, de intransponíveis. No entanto, com Fé, tudo é ultrapassável: já Moisés abriu - quando parecia impossível e por isso poucos acreditaram - uma passagem no Mar Vermelho, para que o seu Povo passasse entre as águas revoltas e alcançasse a Terra Prometida, deixando para trás o tenebroso Egipto. O Racionalmente impossível revelou-se, na realidade, um obstáculo intrasponível? Não, claro que não. Vontades há Infinitamente Maiores e mais Poderosas do que as nossas.
Assim sendo, e com este exemplo Bíblico, independentemente da nossa Religião, como já disse, tentemos viver este período em harmonia, humildade, simplicidade, sinceridade, amor e solidariedade para com todos. De facto parece, ao ler, um pedido inexequível, porém, estou em crer que, com a força e a ajuda de Cristo, a missão será penosa, mas recompensadora por si só. Isto é, podemos não ganhar uma pipa de ouro, mas alcançaremos decerto a tranquilidade da consciência e a Amizade de Deus (bens infinita e incomparavelmente maiores que quaisquer outros).
Esta Missão, que deve ser aceite por todo o bom Critão, nem sempre é, tenho a certeza, tão simpática e "leve" quanto gostaríamos. Contudo, e nomeadamente com a ajuda dos nossos "Salvadores terrenos", ela vai-se tornando num fardo leve, que passa a ser encarado como uma simples rua empedrada, medieval, onde tantas vezes caímos de bicicleta e que, nem assim, deixamos de lá passar ou de a adorar. Porque a vida não é para ser vivida com tristeza, muito menos com a ideia de que a qualquer momento nos espera o penoso Calvário, devemos sorrir e contribuir para que, amanhã, o Calvário do nosso irmão lhe seja mais suportável, mesmo que isso implique maior peso para nós.
Por tudo isto, vou passar a dedicar, aqui e a partir de hoje, um texto a cada um dos Amigos que me têm facilitado a Caminhada em vários contextos e em diferentes épocas. Não que tenha sido pesada ou que possa sequer queixar-me(do meu Calvário), mas porque lhes reconheço uma atitude tão nobre quanto a que desejo para os meus filhos: a Pureza de Carácter.
Gonçalo, meu Ultra-Caro(será que posso escrever isto?), este 1º é-te dedicado porque me motivas para reflexões complexas, és uma Pessoa de Excepção e o mais Nobre que até hoje conheci. Um atento leitor do Curtas e... não me esqueci que me enviaste a sms mais sentida que já alguma vez - pelo menos nos tempos recentes- me enviaram, ao vislumbrares a minha notória, na data, indisposição mental. Um Grande Abraço, meu Grande Aristocrata.
TAM